IGREJA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO EM RUÍNAS
A Igreja de Nossa Senhora do Rosário, administrada pela Paróquia de Nossa Senhora da Saúde, é a segunda Capela mais frequentada pelos católicos.
Nos meses de maio e junho, comemora-se a Festa do Divino, e, no mês de outubro, tem-se os festejos de Nossa Senhora do Rosário, protetora dos negros e escravos.
A Festa do Divino Espírito Santo nasceu em Portugal a partir de um sonho real. Conta-se que a rainha Isabel... ( 1271-1336 ).
Na Festa do Divino é eleito o IMPERADOR, que é considerada uma honra muito grande e uma benção para sua família. Ele é escolhido anualmente e acredita-se que tal escolha seja inspirada pelo próprio Espírito Santo.
A Imperatríz é a primeira-dama da festa, a quem compete acompanhar o Imperador em todas as solenidades.
Na tradicional Procissão do Império do Divino, os fiéis conduzem o andor com a Imagem do Divino Espírito Santo.

No mês de outubro, vários grupos de Congado reúnem-se na Igreja de Nossa Senhora do Rosário para iniciar os festejos de comemoração do dia da Nossa Senhora.
Após os rituais de danças, benção e honrarias aos Reis e Rainhas, próximo à igreja, os grupos de congado vão para o tradicional almoço no Centro Catequético (ao lado da Igreja ).
Após o almoço, cada grupo segue para um local da cidade, cantando e dançando ao som dos tambores, fiéis às tradições dos negros na época colonial.
Às 17 horas, todos os grupos de congado reúnem-se na praça Dr. Lund para acompanhar a procissão.
ANO DE 2004
Aproxima-se a época da Festa do Divino e as comemorações de Nossa Senhora do Rosário, mas o estado atual de abandono da Igrejinha do Rosário é alarmante. A Capela, situada na rua Marechal Deodoro, a 50 m do Centro Catequético e a 300m da Matriz de Nossa Senhora da Saúde, está cercada por uma grade que agride seu estilo barroco.
Com o telhado em péssimo estado, coberto por uma lona amarela, apresenta risco de desabamento. Apesar desta situação, parece que o Poder Público, a Igreja, e até mesmo a comunidade não se manifestaram ainda sobre uma previsão de restauração. Nota-se que uma certa indiferença com a segurança dos fiéis, pois, em plena Semana Santa, e com o tempo chuvoso, a Capela ficou aberta ao público.
Considerando que um patrimônio histórico está vulnerável, deveria haver uma intenção de todos nós, do Poder Público e da própria Igreja em zelar por ele.
Não podemos deixar de lembrar que as Igrejas são mais frequentadas pelo povo que muitos prédios públicos, e que são elas que motivam e causam a primeira impressão aos visitantes e turistas. Esperamos que seu abandono não siga o exemplo do Clube do Iate e a tantos outros casarões em ruínas, espalhados pela cidade.