Policia Federal prende 12 prefeitos mineiros por suspeita de fraude |
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Moradores de Vespasiano estão revoltados | |||
A
Câmara Municipal de Vespasiano, na Região Metropolitana de
Belo Horizonte, ensaia uma blindagem ao prefeito Ademar José da
Silva (PSDB), preso na Operação Pasárgada, da Polícia
Federal, semana passada. Ontem, o presidente da Casa, Divino Resende de Morais, também tucano, afirmou que o chefe do Executivo municipal foi preso injustamente. A sessão semanal da Câmara, às segundas-feiras, também não foi realizada. O prédio em que funciona o Legislativo em Vespasiano passou o dia fechado. Além disso, a vereadora Marta Mansur (PR), que faz oposição ao prefeito, afirmou que vem encontrando dificuldades para recolher assinaturas para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o prefeito. O município tem 10 vereadores. A situação gerou revolta na população, que passou a tarde de ontem em frente à Câmara, gritando palavras de ordem contra Ademar José e os vereadores. Cartazes foram pregados na porta do prédio, cobrando posicionamento dos parlamentares e reclamando do prefeito. Na justificativa da Câmara, não houve sessão ontem porque a mulher de um funcionário da prefeitura morreu. “Não acho que isso seja motivo para paralisar a Casa”, disse a vereadora Marta. Um dos manifestantes que protestaram na porta da Câmara, o mecânico Hildebrando Lopes Filho, de 60 anos, resumiu o que pensa do prefeito. “Ele não conseguiu administrar uma empresa. Vai conseguir administrar um município?”, disse. O mecânico se referia a um restaurante que Ademar José teria em Belo Horizonte nos anos 1990 e que foi à falência. Na avaliação do representante comunitário Valdeir Laurenço, de 35, o comportamento do prefeito, se comprovado o envolvimento dele no esquema desarticulado pela Polícia Federal, “rouba o futuro dos cidadãos de Vespasiano. O valor que pagaram aos advogados poderia ter sido usado para investimentos em saúde e habitação, que não existem não cidade”, disse. “Se tudo isso for comprovado, o prefeito é um traidor do povo, e por isso deveria ter a nacionalidade cassada. Antes de tudo, é preciso ser patriota”, acrescentou. Pela manhã, Ademar José, que passou o dia despachando em casa, foi recebido na prefeitura com foguetes por funcionários do município. O presidente da Câmara afirmou também ter participado da recepção. fonte: Jornal Eatado de Minas - 15/04/2008 | |||
Prefeito de Vespasiano admite contrato com lobista | |||
O
prefeito de Vespasiano (Grande BH), Ademar José da Silva (PSDB),
um dos acusados de utilizar os serviços da quadrilha que conseguia
liminares favoráveis à liberação de verbas
do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) na
Justiça Federal, admitiu, ontem, que contratou dois escritórios
ligados ao lobista Paulo de Sá Cruz, apontado pela Polícia
Federal como o cabeça do esquema. A prefeitura pagou aos escritórios
R$ 507 mil como parte dos ½honorários” cobrados pelos serviços. Depois de passar quatro dias na penitenciária Nelson Hungria, o prefeito de Vespasiano foi liberado na noite de sábado. Ao voltar ao trabalho, no seu gabinete, ontem, pela manhã, o tucano disse que conheceu o lobista em 2006. Na época, o prefeito contratou o escritório de advocacia do lobista, sem licitação, para conseguir uma liminar que liberaria os 6% do FPM retidos junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), mesmo com o município em débito. ½O escritório conseguiu uma liminar que interrompia o desconto do INSS e ainda reavia parte da dívida do município que é de R$ 9 milhões”, afirmou. O prefeito contou que a liminar perdeu efeito três meses depois e, como o contrato previa que o pagamento integral só seria feito se o escritório conseguisse uma sentença definitiva, os recursos antecipados, cerca de R$ 207 milhões, foram devolvidos aos cofres do município. Sem a sentença, no ano passado, a prefeitura abriu uma licitação para contratar um novo escritório para tentar outra liminar. O contrato foi firmado com a TCQ Consultoria Empresarial, do empresário Fabrício Alves Quirino, braço direito do lobista. A empresa conseguiu nova liminar que durou dez meses. Com as duas liminares, a prefeitura conseguiu R$ 3 milhões. ½No segundo contrato, pagamos R$ 300 mil para a PCQ. A nova liminar fez com que o INSS deixasse de descontar R$ 2,5 milhões do município”, revelou. Segundo a PF, as prefeituras impetraram ações na Justiça Federal, através da celebração de um contrato de risco com a TCQ, de forma ilegal. O escritório conseguia liminares em troca de honorários exorbitantes sobre os valores retidos e recuperados posteriormente nas causas ganhas. O prefeito disse que o pagamento era de 20% sobre o valor do montante obtido na causa. ½Os prefeitos de todo o país buscam formas de regularizar o pagamento dos débitos com o INSS. O INSS, por sua vez, está descontando além dos 9% previstos na medida provisória. O desconto aos municípios chega a 15%”, ressaltou o prefeito, negando o conhecimento de que o dinheiro era repassado aos integrantes do esquema. Fonte: Jornal Hole em Dia - 15/04/2008 | |||
Policia
Federal prende 12 prefeitos mineiros por suspeita de fraude | |||
Confira reportagem da TV Alterosa no pé da pagina | |||
Além
de Ademar José da Silva (PSDB), de Vespasiano, foram presos Carlos Alberto
Bejani (PTB), de Juiz de Fora; Demétrius Arantes Pereira (PTB), de Divinópolis;
Júlio César de Almeida Barros (PT), de Conselheiro Lafaiete; José Eustáquio
Ribeiro Pinto (DEM), de Cachoeira da Prata; Geraldo Nascimento (PT),
de Timóteo; Ademar José da Silva (PSDB), de Vespasiano; José Henrique
Gomes Xavier (PR), de Minas Novas; Edson Said Rezende (DEM), de Ervália;
Walter Tanure Filho (DEM), de Medina; Claudemir Carpe (PTdoB), de Rubim;
e José Eduardo Peixoto (PSDB), de Salto da Divisa. Os investigados responderão pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, advocacia administrativa, exploração de prestígio, fraude a licitação, quebra de sigilo de dados e lavagem de dinheiro, com penas que, somadas, podem chegar a 20 anos de prisão, além de sonegação fiscal a ser apurada pela Receita Federal do Brasil. Na operação foram mobilizados 500 policiais federais para cumprir 100 mandados de busca e apreensão e outros 50 mandados de prisão em Minas Gerais, na Bahia e no Distrito Federal. Compõem as equipes de policiais 23 analistas de finanças e controle da Controladoria Geral da União. Juiz de Fora A polícia também interditou dois andares
do prédio da prefeitura que fica no centro da cidade - o quatro
andar onde fica os contratos de licitação, e o nono, onde
está o gabinete do prefeito. Alberto Bejani foi encaminhado à sede
da PF em Belo Horizonte. | |||
Veja o que já foi publicado, Prefeito Ademar briga com PM na festa. MP processa ex-prefeito de Vespasiano por desvio |
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