O fantasma da oposição |
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Há
muitos anos a comunidade lagoassantense não assistia a uma eleição
municipal com cinco candidatos a Prefeito, indicados e apoiados por várias
classes da sociedade. Aparentemente, as campanhas políticas tiveram como alvo a população de baixa renda, que já representa mais de 70% dos eleitores, tendo ainda como objetivo a permanência na gestão do Poder Público. Ao aproximar-se o mês da eleição/04, como já é costume, começam a chegar na Justiça Eleitoral as denúncias de irregularidades dos candidatos, partidos e coligações. Após a eleição na qual saiu vencedor o então candidato Antônio Carlos Fagundes, vários partidos se uniram para tentar, pela via judicial, impedir a posse do eleito e seu vice, tendo em vista que a Justiça Eleitoral é o único meio legal de apuraração e punição das irregularidades cometidas ou não pelos denunciados. Vários informativos sem a devida identificação vêm circulando em grande quantidade pelas ruas da cidade. Neles, ocorrem pre-julgamentos acerca das decisões do TRE, além de acusações diretas a vários políticos. A liberdade de expressão é para ser exercida, no entanto, o anonimato é uma forma covarde de protesto, que ofende e atinge toda a comunidade. Tais atitudes nos remetem a uma matéria publicada no jornal Leão da Lagoa em 1980, escrita pelo já falecido advogado, Dr. Carlos Alberto Rodrigues Avelar: Lagoa Santa, cidade sem poder político. Além disto, a mágoa nas relações políticas afasta o surgimento dos novos líderes e afeta os relacionamentos sociais e econômicos de toda uma sociedade. 24/03/2005 |
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