Histórias pesquisadas ao pé do ouvido
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Sumário
Capitulo 1° Histórias pesquisadas ao pé do ouvido
Capitulo 2° • Lagoa Santa entra na história por dois pontos
Capitulo 3° Passagem de bandeirantes por Lagoa Santa
Capitulo 4° • Descoberta da região, sob a ótica de Maria Marilda - Felipe Rodrigues, Altivo e corajoso!
Capitulo 5° Desenvolvimento histórico do largo da Matriz e seus primeiros nomes.
Capitulo 6° • Já temos mais de cem anos, como o povoado atravessou um século.
Capitulo 7° O povoado recebe morador de modos de vida diferente: PETER WILHELM LUND.
Capitulo 8° • Após a morte de Lund, sua ausência do cientista não modificou o povoado.
Capitulo 9° Uma nova época, no inicio do século XIX, o povoado necessitava de “TUDO”!
Capitulo 10° Ano de 1897, nesta data a capital de Minas deixou de ser Ouro Preto, houve a inauguração de Belo horizonte.
Capitulo 11° “Conde Dolabela”, proprietário da fazenda S. Sebastião, na localidade de Lagoinha de Fora. Quem passa pela imensa distância que lembra um nome de monarquia e atravessa toda a rua da Várzea.
Capitulo 12° Ano de 1914: acontece a tão esperada inauguração do Grupo Escolar Dr. Lund. Enfim, há uma escola digna em Lagoa Santa. Méritos a quem lutou por ela.
Capitulo 13° A importância do município de ter um cartório. Há de se lembrar que Lagoa Santa, permaneceu por grande tempo sem registros
Capitulo 14° 1936: Lagoa Santa perde um de seus filhos mais dedicados. Morre MESSIAS PINTO ALVES.
Ano de 1937 Lagoa Santa se emancipa e desmembra de Santa Luzia
Capitulo 15° Padre Libério, nascido em Lagoa Santa em 1884 morou lá até os 18 anos, Apesar de ainda não ter sido declarado santo oficialmente pelo Vaticano,tem sua santidade reconhecida no coração do povo.
Capitulo 16° Preliminares: A importância da " Imigração Árabe".
Imigrantes Sírios e Libaneses chegam a Lagoa Santa e conseguem por muitos anos o domínio do comercio local.
Capitulo 16°, 2ª parte
Segunda parte - O sucesso da Imigração Árabe para lagoa Santa
Capitulo 17° ” COLETORIA ESTADUAL” foi fontes arrecadadora de impostos e taxas do estado, agente fiscalizador, local de pagamentos dos funcionários públicos ate a década de 1970m
Capitulo 18° Porque as aguas de Lagoa Santa enviadas em barris para Portugal deixaram de serem exportadas.
Capitulo 19° Imigração Italiana, sua influencia em lagoa Santa
Ainda que tenha sido poucas famílias, os italianos marcam sua presença em Lagoa Santa.
Capitulo 19° - 2ª parte Imigração Italiana,
a influencia da familia Boschi e a historia do famoso restaurante do Boschi.
Capitulo 20° PESSOAS QUE CONSTRUIRAM ”POR UMA LAGOA SANTA”
No tecido de uma história profissional, urdidura e trama, mãos que prepararam Lagoa Santa para os empurrões do progresso.
Capitulo 21° CONSTRUÇÕES QUE MARCARM LAGOA SANTA - IGREJA DO ROSÁRIO
Capitulo 22° Igreja de N. S. da Conceição - Morro do Cruzeiro - MEMÓRIA E HISTÓRIA AMEAÇADA
A cidade de LAGOA SANT A, se iniciou no ALTO DA CONCEIÇÃO
Capitulo 23° Escrever e falar de José Cecílio do Carmo "Zé Instruido" é enrriquecer mais a nossa. historia.PESSOAS NOTÁVEIS EXEMPLOS DE VIDA
Capitulo 24° A chave de um tesouro é o trabalho voluntário. Em Lagoa Santa há um exemplo onde este exercício é a chave:
SR. LUIZ MACHADO. CIDADÃO HONORÁRIO DE LAGOA SANTA!
 
Capitulo 25° O largo da matriz onde após a inauguração do grupo escolar passou a ser denominado “Dr. Lund
     

Veja tambem as colunas de:

Alguns Segundos, nada mais.
"
NINGUÉM É SUBSTITUIVEL"
Stefano Rodrigue

Alcoolismo
Informativo Educativo.

Dr. Vadir Campos







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Marlene Luzia
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Cronicas de
Priscila Trindade.
CUIDE DE SUA VOZ






Coluna da Erika Bányai.

Nutrição,
Tatyana F. Sales.
SACIEDADE E DIETAS DE EMAGRECIMENTO
A cada capítulo da nossa história, que você acompanha só aqui na www.lagoasanta.com.br

O LARGO DA PRAÇA DR. LUND

O largo da matriz onde após a inauguração do grupo escolar passou a ser denominado “Dr. Lund, mostrava um casarão comum, além da igreja muito precária, ainda feita pelos primeiros habitantes e com apenas uma cruz no alto do telhado.
A primeira reforma da Igreja N. Senhora da Saúde foi feita pelo povo, em mutirão, com materiais também doados pelo povo. Ocorreu no fim do século 18. A partir daí a igreja matriz passou a contar com duas torres e algumas obras de arte de pintores da localidade.
Lund não foi o primeiro estrangeiro a se radicar na cidade. Dois franceses, um de nome Foureau, era proprietário do local onde é hoje o “Big Bar”. E outro de nome Foulon, possuía várias casas na praça, como uma recém demolida no Morro do Sangradouro.
A primeira pessoa a modificar os prédios de moradia foi D. Alice Fernandes de Abreu, que edificou o primeiro prédio particular na cidade.
Mulher engenhosa, empreendedora, foi responsável pelo “GRANDE HOTEL“ em Lagoa Santa, sendo considerada uma mulher muito avançada para a época por dirigir uma construção de grande porte.
Tal construção deu impulso a outras, ocorrendo outra reforma na Igreja Matriz, sendo vigário o Padre José Porto de Menezes.
As casas que formavam o conjunto da praça não exibiam contexto histórico, marcando singularmente época.
É possível que os franceses estivessem ligados aos planos de construção da ferrovia em Vespasiano, e optaram por Lagoa Santa pelo clima.
O segundo prédio, que foi edificado em casas pertencentes ao francês Fulon, foi obra de D. Alice Fernandes. Foi o segundo prédio a surgir na praça. Não era um típico hotel, mas um prédio, que se misturava com as salas de profissionais liberais e alguns apartamentos .
Exceto o grupo escolar construída em 1914, a única edificação que se mostra bem protegida é a casa de D. Sinhá, esposa do fazendeiro Joaquim de Freitas, que é hoje uma casa de comércio muito bem conservada.
O hotel D. Pedro ll transformou-se em um prédio comercial. Ressalte-se que, a não ser o fato de que no local se hospedou o Imperador, não demonstrava motivo de historicidade maior.
E a Matriz foi então drasticamente demolida, sendo sua mesa de comunhão vendida a antiquários. E a construção da Igreja estava tão firma que foram necessários tratores para demolir o prédio de “pau a pique”. Assim, a antiga Igreja foi substituída por uma construção com influências modernas. A princípio o povo reclamou.
Tudo indica que todos se acostumaram com a arquitetura de vanguarda na praça, que foi construída com recursos das festas da padroeira, por muito tempo.
Os demais prédios são novos, como o shopping e as demais casas de comércio são construções recentes, sem demonstração artística. Tudo foi substituindo as antigas casas.
Lagoa Santa é uma cidade onde a cultura é pouco valorizada, e não houve motivo para que se conservasse nenhum prédio.
Em frente onde hoje é “Vila de Bilbao” foi o palco do fim da revolução de 1842.
‘UM POVO QUE NÃO VALORIZA SUA HISTÓRIA É UM POVO SEM MEMÓRIA. UM POVO SEM MEMÓRIA E HISTÓRIA É UM POVO QUE NÃO EXISTE”.


24°)APÓSTOLO
“SOMOS A MEMÓRIA, E TEMOS A RESPONSABABILIDADE QUE ASSUMIMOS. SEM MEMÓRIA , NÃO EXISTIMOS , SEM RESPONSABILIDADE, TALVEZ NÃO MEREÇAMOS EXISTIR! ( SARAMAGO)
A chave de um tesouro é o trabalho voluntário. Em Lagoa Santa há um exemplo onde este exercício é a chave:
SR. LUIZ MACHADO. CIDADÃO HONORÁRIO DE LAGOA SANTA!
Em sua residência, cercado de filhos, tem os olhos brilhantes que refletem sua suavidade no trato e demonstram a paz que existe dentro de si. É confiante na vida, mesmo tendo restritos seus movimentos. Preenche os dias com as lembranças do muito que fez.
Fundamentou suas ações no resumo de decálogo: “AMA A TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO”
Decano de Lagoa Santa, LUIZ MACHADO é a memória viva da história do voluntariado.
Em 1919, seus pais, Heleonora e Jacinto Machado, chegaram em Lagoa Santa vindos de Jaboticatubas . O filho Luiz retornou à vizinha cidade em companhia de sua irmã.
Em 1937, Luiz Machado retorna à casa dos pais, tendo completado na época 19 anos.
Iniciou então seus trabalhos, sendo muito dedicado ao povo da cidade que o acolheu.
Realizou grandes trabalhos na esfera social, e cita como seus dois primeiros amigos o médico Lindouro e o farmacêutico Rui de Souza.

Deixou os trabalhos no Núcleo do Parque da Aeronáutica, optando por trabalhar “com mais liberdade”.
Casou-se com HELENA, com quem teve seis filhos: SILVIA , LUIZA , EDVALDO, MARIA DA CONCEIÇÃO, GERALDO e HELENA.
Seu primeiro trabalho foi como auxiliar de obras na construção civil, numa época em que materiais de construção eram transportados por carroças de tração animal.
Foi pedreiro e logo chegou a MESTRE DE OBRAS.
Esta foi sua fonte de renda para o sustento da família e colaboração à muitas obras importantes para o povo de Lagoa Santa.
Participou da construção da linha ferroviária em Minas Gerais, Casa do Baile e o famoso Cassino da Pampulha , atual Museu de Arte de Belo Horizonte, além de muitas residências em Lagoa Santa.
Com o falecimento de sua esposa Helena, casa-se em segundas núpcias com Sinhá, filha do amigo Juquita Gonçalves, que sugeriu ao genro a conveniência de ser seu substituto como Juiz de Paz, cargo que ocupa até hoje. No momento, está sendo substituído devido a ter-se adoentado. Tal cargo era obtido por referendo popular, e , embora sem remuneração, havia empenho pela sua disputa.
O destino lhe reservaria outra tristeza: ficaria viúvo novamente! Casa-se então com Darci. Todas as esposas se mostraram companheiras, mas somente com a primeira teve seus seis filhos.
Luiz Machado foi idealizador da primeira linha de transporte urbano em Lagoa Santa: VIAÇÃO SÃO GERALDO, cujos micro-ônibus foram denominados carinhosamente Riqueta e Aurora, fazendo o trajeto Várzea e Vila Asas.
CARGOS OCUPADOS E BENFEITORIA S COMO VOLUNTÁRIO:
SSVP - PRESIDENTE
1952/ 1958- VEREADOR - PREFEITO : LINDOURO AVELAR
1959/1962-VEREADOR - PREFEITO : LACERDA
1962-DELEGADO DE POLÍCIA : INDICAÇÃO MUNICIPAL
1963- JUIZ DE PAZ : INDICAÇÃO MUNICIPAL
Também participou da organização da Lira N. Senhora da Saúde idealizada pelo padre Menezes. Idealizou e construiu a escola Cecília Dolabela, na várzea, adquirindo o terreno e construindo a escola com seus recursos. Escolheu o nome em gratidão à Família Dolabela, visto que foi doado pela mesma uma casa e um terreno no centro da cidade , hoje prédio comercial , cuja renda é aplicada na manutenção do Asilo da Várzea e outros trabalhos da SSVP.
Em 1960: IDEALIZA E CONSTRÓI a Escola da Lagoinha de Fora.
Cooperou na construção da Igreja da Várzea , e constrói com seus próprios recursos a IGREJA SÃO GERALDO, no Bairro Ovídio Guerra.
AINDA CONSTRÓI DA MESMA FORMA O GRUPO ESCOLAR DA LAPINHA E ENTREGA-O À COMUNIDADE.
ROMA –ITÁLIA Participou da equipe que testemunhou a canonização do FUNDADOR da SSVP FREDERICO OZANAN, religioso francês .
Sua preocupação com os necessitados o preencheu de virtudes ,mostrando que “HÁ UM AMOR CÓSMICO QUE SE ESBOÇA , MAS QUE SÓ SE REVELA DEPOIS DE GRANDE RENÚNCIA , UM AMOR QUE POVOA QUALQUER SOLIDÃO. DE QUANDO EM QUANDO UM MESTRE DÁ TESTEMUNHO DESSE AMOR CÓSMICO, PARA QUE O HOMEM NÃO DESCREIA DE SUA REALIZAÇÃO” ( perfil de LUIZ MACHADO em LAGOA SANTA )

Fotos ilustrativas de Luiz Machado, do exemplo de vida para a comunidade
Foi Juiz de Paz por muitos anos Sempre cuidou do Chico do Campinho
Catolico devoto
Antiga sede da Sociedade de São Vicente de Paula
Os Velhinhos que vivem no Asilo "Lar dos Idosos Coração de Jesus", na rua Alfredo de Abreu, 208, Várzea, assistidos pela SSVP - Sociedade de São Vicente de Paulo, durante a comemoração do Natal.
Após o almoço do dia 25 de dezembro os idosos posaram para esta foto : Eugenio, Rosa, Geralda, Joaquim, Maria do Carmo, Maria Martins, Virginia, Adriana, Petrina, Osvaldo, Pedro, Eloiza; nas cadeiras de rodas: Terezinha, Maria Aruda e Ana; no centro está a funcionaria da SSVP Cristina. (sentido esquerda para direita)
Na hora do almoço, esta página fez uma visita surpresa aos velhinhos, que muito dependem do nosso carinho.
Nesta data, poucos receberam visitas de seus familiares, mas, no entanto, estavam felizes, já que um grande número de voluntários da cidade se dedicam permanentemente ao trabalho de assistência a eles.
A Sociedade de São Vicente de Paulo é uma das entidades de Assistência Social mais antigas e que conta com maior credibilidade perante a população. Tudo isto se deve ao trabalho do seu fundador, o eterno presidente Sr. Luiz Machado, que também ocupa o cargo de Juiz de Paz na cidade, além de ter administrado a construção de muitas obras na cidade.
Atualmente, a ocupação média do asilo é de 29 velhinhos.
"Nenhuma obra de caridade é estranha à SSVP. Sua ação compreende qualquer forma de ajuda, por contato pessoal, no sentido de aliviar o sofrimento e promover a dignidade e a integridade do homem. A SSVP não somente procura mitigar a miséria, mas também descobrir e remediar as situações que a geram. Leva sua ajuda a quantos dela precisam, independentemente de raça, cor, nacionalidade, credo político ou religioso e posição social: daí a existência das chamadas Obras Unidas (asilos, creches, hospitais,
De pé, está o Joaquim: 1° borracheiro de lagoa Santa; ao seu lado, de roupa branca, está o Eugenio: seu trabalho como pintor está registrado em muitas paredes, portas e janelas nas casas da cidade. Maria do Carmo está sentada carregando sua boneca; e, na cadeira de rodas, está a alegre D.Terezinha.
  A neta Ângela busca seu avô Antonio Domingos, que permaneceu no asilo por 15 dias e despede-se dos colegas com a promessa de voltar. Na portaria, agradece ao funcionário Edilson, que trabalha na manutenção e ajuda na organização da casa.
Fontes:
Entrevista a Luiz machado à www.lagoasanta.com.br
colaboradores de Maria Marilda 
Neide Alves Bezerra - Vicentina
Demóstenes de Sales
Cristina maria de Sales
Romildes Batista – moradora da várzea–Lagoa Santa

-Produção e ilustração : www.lagoasanta.com.br
- junho de 2011

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23°)
Escrever e falar de José Cecílio do Carmo "Zé Instruído" é enriquecer mais a nossa historia.
Envolve: a Construção civil, a topografia onde muitos bairros e lotes ele demarcou, a Igreja Católica, o Lagoa Santa Esporte Clube, tinha o domínio fluente do Inglês, foi "Observador Meteorológico" da estação climática de Lagoa Santa, em 1962 foi eleito Juiz de Paz,vereador em 1970, e participante ativo na sociedade.
 
PESSOAS NOTÁVEIS EXEMPLOS DE VIDA
JOSÉ CECÍLIO DO CARMO
(ZÉ INSTRUÍDO - CARINHOSAMENTE CHAMADO PELO POVO DE LAGOA SANTA)
É possível que José Cecílio do Carmo, singular em nosso meio tenha a característica do mais estudioso filho de Lagoa Santa.
De origem humilde, dotado de alto conceito moral , seus pais foram Antonio Cecílio do Carmo , lavrador, e Maria Pereira de Carvalho, do lar.
1908 – Maio –Dia 28-Lagoa Santa. Data de seu nascimento
Estudou no Grupo Escolar Dr. Lund.
Reconhecendo sua vocação pelos livros , a diretora e professora Cecília Dolabela , o denominou carinhosamente de : “José Instruído” que mais tarde se popularizou por quem muito o estimava.
Pela a época de seu nascimento, a atual Rua João XXIII recebia designação de “ Rua da Barra” depois “Rua Caiçara”. Memória e história à parte; a mudança de nomes de rua à revelia da memória da cidade. Jamais houvera adequação aos fatos de origens.
O curso primário, concluído com “DISTINÇÃO LOUVOR” elogio aos alunos que se destacavam , na época.
Em entrevista a seu filho DÉCIO, o apelido foi” EPÍTETO” que com perseverança e humildade,o integrou no decurso de sua vida e o tornou muito conhecido.
“Com influência da família Dolabela Portella, seu primeiro emprego foi como balconista no Armazém da Usina de açúcar do Conde Dolabella”, em ” Granjas Reunidas”, à margem da estrada ferro “MINAS –BAHIA” região norte das Gerais.
Neste local foi vítima de “malária”, tendo sido transferido imediatamente para a capital, pela gravidade da doença. Curado, após tratamento intensivo.
Foi então encaminhado pela família Dolabela que o apoiava ao Colégio Arnaldo para o qual entrou destinado a tarefas de faxina e copa. Em contra partida, assistia aulas, tendo concluído o primeiro ano do curso que em época denominava “ginasial”.
Devido o pesado trabalho em troca de aulas, foi vítima de doença renal grave, uma vez que era de sua responsabilidade trabalhos pesados exigiam esforços além de sua capacidade física. Novamente hospitalizado. Doença renal grave!
Ainda na capital, tentou aprender. Porém sentiu-se mesmo, atraído por sua cidade natal, na tentativa de um trabalho digno, convivendo com familiares e amigos.
Não conseguira fora um ofício qualificado.
Com o inicio das obras da Fábrica Nacional de Aviões (atual PAMALS) se emprega como “seccionista” em serviços geográficos do estado de Minas Gerais. 1936- outubro.
Passa a trabalhar com autoridades da fábrica, o Comandante Victor e assessores .
O engenheiro chefe, percebe rapidamente seu interesse e facilidade de assimilação em assuntos de engenharia,e lhe é permitido pelos mesmos ,confeccionar croquis, fazer medições e muitos trabalhos topográficos além de outros afazeres que exigia boa caligrafia ; noções de matemática,e sobretudo discernimento e ética.
Seu bom desempenho e solicitude, valeu-lhe, além de confiança, e consideração um presente de seu chefe “ Caderneta de Campo, um livro do Eng. “ Dr. FRANCISCO PEREIRA PASSOS” , obra direcionada a engenheiros engajados nos serviços das estradas de ferro, edição -1920, de onde se absorve a teoria , que aliada à prática, o proporcionava condições de largo aprendizado.
Reconhecimento de engenheiros da fábrica de aviões, ( Dr. José Duarte , Dr. Otávio Roscoe, e o desenhista Décio Mauro), amigos que iriam capacitá-lo a trabalhos, e que viriam incluir seu nome nos primeiros projetos de triangulação e levantamento topográfico da cidade de Lagoa Santa.
1937: construiu sua casa própria que a denominava de “MINHA CASINHA’ em terreno de familiares , Rua Manoel da Costa Viana, (conservada o nome)

Com o término das obras da Fábrica Nacional de Aviões , a necessidade de um serviço de meteorologia , para fins de aeronáutica e gerais ,se fez premente .
Coube a “ZÉ INSTRUÍDO” a indicação ao posto .E ele próprio , uma vez; recebendo o esboço climático, demarcou e a instalou . Entrava assim para o serviço público federal, Ministério da Agricultura”
Católico praticante, pertenceu à “IRMANDADE DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO”, E participou ativamente da” SOCIEDADE DE SÂO VICENTE DE PAULA”marcante trabalho social em Lagoa Santa.
Amante do futebol, foi jogador titular do “LAGOA SANTA FUTEBOL CLUBE”, posteriormente conselheiro, presidente, treinador, tendo como seu maior “orgulho” a vitoriosa equipe juvenil que dirigia!
1943- junho: Casou-se com Dejanira Moreira de Freitas.
Deste matrimônio o filho Décio, muito amado pelos pais e consideração irrestrita pela sociedade de Lagoa Santa , lembra a cidade a principio, como músico .
Piloto civil, atualmente aposentado; assunto que é professor em cursos de capacitação para futuros pilotos e assuntos de mecânica de avião.
ZÉ INSTRUÍDO, foi estudante autodidata de língua inglesa. Aperfeiçoou seus estudos com cursos à distância, final da década anos 50, ministrado pela “NATIONAL SCHOOLS” – Los Angeles- Califórnia. Concluiu citados estudos e inicio anos 60.
Tal empenho. o transformou personalidade grande prestígio na cidade , como “ÚNICO” intérprete , com a chegada de famílias que falavam língua inglesa por inauguração e grande Centro Evangelizador em Lagoa Santa.
Atuou como professor particular de língua inglesa e foi o primeiro inspetor escolar do “COLÉGIO PIO X”.


Na construção de Brasília, já reconhecido pelo CREA nºb 06623, como engenheiro pratico , foi convidado a dirigir obras , levando com sua autoridade , muitas pessoas da cidade a participar da construção da capital federal.
Não demonstrava vocação político/ partidária. Foi eleito vereador, cargo que ocupou na época, não remunerado. Foi indicado a ser candidato a prefeito; o que recusou. Jamais viveria com as contradições que a vida política impõe a todos que a pleiteiam.
1962-novembrio: Foi indicado para a investidura de “JUIZ DE PAZ”. ( cargo voluntário)
Como construtor e reconhecido pelo “CONSELHO REGINAL DE ENGENHARIA” CREA-MG.
Edificou os primeiros prédios da cidade: “GRANDE HOTEL”; O Primeiro “PÔSTO DE GASOLINA” em Lagoa Santa. Como também atuou profissionalmente em Belo Horizonte: “CASA DA SOGRA”. (centro) SAMARKÃ CLUBE ( Pampulha) E Foi responsável por reformas de prédio de fazenda em “BARRA DO PIRAÍ( Rio de Janeiro).
Além de grande número de casas residenciais em toda a cidade, orla da lagoa e área campestre. Foi ainda responsável por obras internas no atual “PAMALS”
Fez a marcação e foi encarregado de toda a obra do Santuário de Nossa Senhora da Saúde. Tal edificação tem assinatura de arquiteto pouco conhecido pelo povo da cidade.
1970- março - Recebem congratulações e agradecimento de repartições por onde demonstrou seus trabalhos, com dignidade ímpar, no desempenho de suas várias funções, e, por tão grandes serviço prestados à Lagoa Santa. Aposenta-se de seus ofícios.
Homem de bem, muitos amigos, de todas as esferas sociais, destacando o cronista GERSON SABINO que trouxe a Lagoa Santa o técnico “JOÃO AVELANGE”, à época, presidente da “CBD”, que homenageou ‘ZÉ INSTRUÍDO “Com elegante troféu da CBD”.
Ainda comentamos seus amigos, Mr. Walter ( vice cônsul da Inglaterra em Minas Gerais, e outros que proporcionaram a inscrição do lagoasantense, JOSÉ CECÍLIO DO CARMO , membro da NATIONAL GEOGRAPHIC SOCIETY” e receber da revista norte americana “CHRISTIAN LIFE” (pelo presidente da referida revista e editor da mesma), Robert Whalker - edição maio – ano1968. Título de “MENÇÃO HONROSA” em reconhecimento a trabalhos à famílias que vieram para Lagoa Santa ,com fins de trabalhos religiosos, em época de instalação da ”ESCOLA BÍBLICA” em Lagoa Santa onde prestou serviços de tradutor .
Sempre bem humorado rodeado de pessoas, desfrutou sua existência simples nesta cidade que tanto amou orgulhava de ser filho:
LAGOA SANTA.
“Foi vítima de doença de Chagas”.
1989 - 24 de ANEIRO - 80 ANOS. Lagoa Santa registra seu falecimento.
SAUDADES...

UM FILHO IMPOSSÍVEL DE SER ESQUECIDO!


Vejam sua galeria de fotos e documentos
Seus documentos e diplomas marcam o elevado gráu de cultura
Sempre teve um espaço de liderança na formação do time do Lagoa Santa Esporte Clube.

7 de Setembro de 1971
Palanque,

Nomes, partindo da esquerda

-Carlos Alberto
-José Cecílio
-Gercino Matos
-Pref. Jorge Alcici
-Major Ney
-Sílvio de Abreu
-Orlando Sales
-Rubens Silva
-William Souza
-Prof. Lourenço

Presença permanente nas comemorações oficiais na cidade
Desde jovem, marcava com sua elegância
Destaque para suas obras em lagoa Santa e Brasilia
Participação ativa na sociedade, foi condecorado e homenageado por varias vezes
Fontes:
colaboradores de Maria Marilda
- Décio (filho de José Cecilio do Carmo
)
-Demóstenes de Sales
-Arquivo da www.lagoasanta.com.br
-fotos: Décio (filho de José Cecilio do Carmo)
-Produção e ilustração : www.lagoasanta.com.br
- março de 2011

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22°)Igreja de N. S. da Conceição - Morro do Cruzeiro - MEMÓRIA E HISTÓRIA AMEAÇADA - A cidade de LAGOA SANTA foi originada no ALTO DA CONCEIÇÃO.
Comemora-se, 8 de Dezembro, feriado católico municipal, o dia da Imaculada Conceição,
A celebração é uma expressão de respeito por aqueles que confiam na presença de Deus nas suas vidas.

MEMÓRIA E HISTÓRIA AMEAÇADA
A todos é livre expressar sua religiosidade. A crença é um processo pessoal. A forma de crer obedece a uma cultura e civilização próprias. O Brasil é um país originalmente Católico desde a descoberta .
Há datas registradas no calendário, como feriados religiosos, baseados na igreja católica, como por exemplo o dia 08 de Dezembro: dia em que se comemora a devoção à” IMACULADA CONCEIÇÃO”
Esta devoção é origem de um dogma da igreja e os que nele acreditam baseiam sua crença em extrema fé.
Dados históricos registram este como o segundo dogma do catolicismo. E é considerado como um dos mais tradicionais da Igreja Católica. A cidade de LAGOA SANTA, Se iniciou no ALTO DA CONCEIÇÃO.
Além de ponto turístico pela magnífica vista das Serras e a visão total a lagoa, é lá que se encontra há aproximadamente 300 anos a IGREJA dedicada ao culto de“NOSSA SENHORA da CONCEIÇÃO” .
No dia 08 de dezembro os fiéis sobem ao Morro do Cruzeiro para manifestar sua fé.
É comum a reza do “OFICIO A N. S. DA CONCEIÇÃO”, que, mesmo sendo originado do século XV, na Itália, obra de um franciscano, foi reconhecido pelo papa Inocêncio XI. É considerado patrimônio do povo brasileiro; evoca louvores à Virgem Maria como RAINHA DO CÉU.
Nela o VERBO DIVINO se fez encarnado.
LAGOA SANTA ”NASCEU” sob o impacto desta região. No alto, a capela erguida foi, por muito tempo, a principal capela do arraial!
Local que evoca paz. Em frente à pequena Igreja, o significativo Cruzeiro, onde as pessoas se ajoelham e rezam, demonstrando devoção.
Uma igreja é o lar de todos. Nela se deposita a mente, o coração, o carinho e o cuidado.
Resumindo: AMOR!
COMO ESTÁ O ESTADO DE CONSERVAÇÃO DESTA IMPORTANTE IGREJINHA?
MAL! MUITO MAL! BASTANTE PRECÁRIO! DESMORONANDO!
Grande parte da arte sacra presente no local, estão à revelia do descuido; o teto desaba, as paredes estão ruindo. Será que só quando a capela ruir totalmente, como exemplo da antiga e saudosa matriz, o povo vai recordar-se do valor da Igreja do alto do Morro do CRUZEIRO .
Poderá ser tarde demais!
POVO, FIÉIS, AUTORIDADES CIVIS, ECLESIÁSTICAS, TODOS, ENFIM... TENHAM ALGUM TEMPO PARA RECUPERAR A NOSSA “IGREJINHA DA CONCEIÇÃO, SITUADA NO SIGNIFICATIVO ALTO DO MORRO DO CRUZEIRO”.
PARA MELHOR REFLETIR...
COMO ESTÁ O ESTADO DE CONSERVAÇÃO DESTA IMPORTANTE IGREJINHA?
As fotos tiradas em 08 de dezembro de 2010 mostra todas as fachadas da igreja.
As fotos tiradas em 08 de dezembro de 2010 mostra todas as fachadas da igreja.
Texto e pesquisa: Maria Marilda
Colaboração: Cristina Maria de Sales
Produção e ilustração : www.lagoasanta.com.br
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21°)A data da construção, entalhada no pé da cruz já sem os braços horizontais, fixada na ponta da cumeeira - AC18 - ano de 1858 - dá a dimensão da importância do mais antigo acervo histórico da cidade de Lagoa Santa: a Capela de Nossa Senhora do Rosário.
A igrejinha, como é carinhosamente chamada, foi tombada como patrimônio público através do Decreto n° 234, de abril de 2001. Mesmo após o tombamento ainda permanece com sua construção em estado precário, apresentando risco de desabamento e afundamento na parte do fundo.

CONSTRUÇÕES QUE MARCARM LAGOA SANTA

IGREJA DO ROSÁRIO
Pesquisa feita com moradores da cidade, há informações que a esta “IGREJINHA”, como é denominada , foi iniciada sua construção pelos idos de 1852.
A data não define uma situação nem fica claro as letras , na madeira. Pesquisas informam data das partes elaboradas pelas pessoas que fizeram tais trabalhos. Sabe-se que por várias vezes as obras foram paralisadas, uma vez que as datas encontradas , não coincidem com a referente à de continuação de sua edificação, 1852 inicio de construção, conforme data encontrada em seus pilares de madeira.
Aproximadamente trinta anos após, um grupo de pessoas se reuniram para terminar a obra, sob a liderança de dois homens: João Azeredo e Messias Pinto Alves. Neste término teve a participação de todas as famílias de Lagoa Santa.
Sabe-se que por tradição as igrejas dedicadas à N. S. do Rosário, Foram construídas por escravos, povo de menos condição econômica e trato social marcante, pela colonização. É possível que esta igreja de extrema humildade, um só altar, tenha sido iniciada por escravos pertencentes ao Major Frederico Antônio Dolabella, pai do Conde Dolabela e escravos da fazenda pertencentes a Cel. Pedro Vieira onde muitos moradores de Lagoa Santa, testemunham a vestígios de imensa senzala. Fazenda do Saco de imensa senzala, distrito de Campinho.
Muitos laudos foram feitos por autoridades , quanto às necessidades de reparos. Mas não se efetivaram.

Em cidades de cultura escravocrata, os escravos não tinham o direito de frequentar a mesma Igreja que frequentavam os proprietários de fazendas de engenho e bateia do ouro. Desprotegidos, escolheram “SENHORA DO ROSÁRIO” como protetora, e cultuavam santos como Santa Efigênia e, São Benedito. Era identificação com sua religiosidade pela coincidência da coloração da pele.
Lagoa Santa, não tem memória de “CASA GRANDE E SENZALA”. Informações por pesquisa, Cel. Pedro Vieira e o Major Frederico Antônio Dolabela, foram os únicos fazendeiros , proprietários de escravos, na região.
Afro descendentes, oriundos da fazenda São Sebastião, após a abolição, ficaram em região próxima às fazendas que trabalhavam. Outros que passaram a morar em Lagoa Santa vieram por sua própria vontade, advindos de Santa Luzia , Minhocas, Jaboticatubas e algumas cidades mais distantes, históricas, onde se registravam presença de ouro e fazendas de porte muito grande como as cidades históricas do norte do estado. C
ontudo, não coincide com a data de inicio da construção.
Pela contemporaneidade, é impossível que tenha ocorrido escravos , cujo dono seria o grande e famoso fazendeiro “Conde Dolabela”. Mas há de se considerar que o mesmo foi herdeiro do “Sobrado”,o casarão que se mostra atualmente. Portanto é possível que tenha havido escravos na fazenda antes tê-la herdado. Pois a construção tem anexa uma senzala.
Sabe-se que se alojaram em quilombos próximos a Mandí ,e em outros fora do núcleo de Lagoa Santa, uma vez que a abolição da escravatura no Brasil, se deu em 1888.
Historicidade da Igreja do Rosário em Lagoa Santa: Características :
Barroco pobre. Paredes de adobe e pau a pique, na sua parte original, tendo passado por várias tentativas de reformas. Esteve inúmeras vezes a desabar e interditada. Completamente fechada.
Durante a construção da matriz muitas celebrações religiosas aconteciam nela.
Parte interna : um púlpito elaborado em madeira , que é atribuído o Trabalho de senhor JOSÉ PEREIRA muito conhecido como ‘Juca de dona Laura”. Tem influências de arte pouco elaborada, embora, nenhum fiel, pesquisado, tenha a lembrança de haver assistido, um sermão, neste púlpito!
A parte mais grosseira de seu interior, escada que leva até o coro; bem como portas, janelas e altar tenham sido feito a mão por José Paula Pereira de Carvalho: também conhecido como “Juca de Paula”. E Messias Pinto Alves vereador do Rio das Velhas, excelentes trabalhadores em peças feitas de madeira.



Assim como o primeiro telhado, com seus cruzamentos, sem maestria de arquiteto, em madeira, própria do tempo.
O primeiro piso foi em madeira, bem como os bancos, que com o passar do tempo, foram consumidos por estragos , principalmente, cupim.
Percebe-se que foi iniciada, por amadores, e terminada também pelo povo, com alguns recursos obtidos do
Conde Dolabela, a pedido de sua irmã, Cecília Dolabela.
Esteve a ruir por várias vezes, e todos os trabalhos para evitar tamanho transtorno, foram feitos por dedicação de pessoas que se colocaram à frente das obras , como o engenheiro Demóstenes de Sales que fez bom trabalho na restauração do telhado, com parcos recursos oriundos do poder publico.
Época 1987 nesta Igreja, não se registrou nenhum traço de arte, pela época de inicio e construção em épocas passadas.
Uma emocionante cruz em frente, que exibe o ano do inicio de sua construção, e resiste a ação do tempo bem como um sino, que evoca a nostalgia de uma cidade pacata, perdida em tempo e espaço.
Atualmente, esta “Igrejinha do Rosário”, sempre é solicitada para casamentos de elegância, um contraste com sua razão.
Pertence a Paróquia central.
Nela são celebradas as festas de congadadeiros, geralmente no mês de outubro.
Pela fragilidade em que se encontra, é preocupante a rota de transporte urbano em seu redor.
O alta mor, e único, foi totalmente modificado, uma vez que vendo as ruinas , algum artesão se mostrou benévolo em recompor.
Salientam-se os trabalhos do mestre PEDRO, pela reconstituição do altar, que foi continuado por pessoa não identificada.
Época 1993 a 1997,
Logo após foi feita uma pintura, simples, e a igreja recebeu, de artistas locais, Marlene Luzia Viana , Marta Mariano de Abreu e Marlene Marques, ornamentações nas paredes imitação o barroco pobre. Época recente 1997.
O teto não corresponde ao original, e tem participação da artista plástica Leda Gontijo, assim como os tampões de portas janelas, teto, colunas, antes em madeira nobre aroeira, substituídas por material de qualidade muito inferior e sem referência de saliências, descombinando com as portas de marcenaria ja muito simples antes de boa madeira.
Bem como sua proteção com uma grade, que apesar de se mostrar extrema desconexão com a igreja.
Consta-se que foi feita uma campanha por Maria da Saúde de Matos Jensen , uma campanha afim de que famílias doassem os bancos atuais, os quais exibem o nome da família doadora. Segundo a mesma, tal campanha foi muito bem recebida.
É a maneira como as autoridades preocupam com as identidades de Lagoa Santa.
Sem memória, Sem história.
Aleatórias, à mercê de boa vontade dos moradores, que preocupam em salvar o pouco do que resta.
Resultante: Não há fatos e dados que comprovam trabalhos de outrora. Pesquisas com ancestralidades.
Levando em consideração a oralidade dos fatos. Mas coincidem.

Fontes:
Cândida Corrêa de Abreu
Rosângela Albano
Demóstenes de Sales
Marlene Luzia Viana
Maria da Saúde de Matos Jansen

Arquivo da www.lagoasanta.com.br
Colaboração: Ruth Maria de Sales
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Veja mais o que já foi publicado sobre a Igreja do Rasario.
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20°)PESSOAS QUE CONSTRUIRAM ”POR UMA LAGOA SANTA”
No tecido de uma história profissional, urdidura e trama, mãos que prepararam Lagoa Santa para os empurrões do progresso.

A cidade se compunha de moradores natos. A união entre as famílias era grande. Supremacia e confiabilidade.
Antes de habitada por esta multidão que a descobriu como segundos e terceiros descobridores...
E o local perdeu sua identidade . Tornou-se terra de bem estar ditos filhos por ver bela paisagem, clima ameno, e localidade de recepção.
Lagoa Santa agradece muito .” Pátria é o mundo”. Nosso processo de vida a dar-lhes boas vindas.

QUEM FORAM NOSSOS HERÓIS?
José Serápio Batista.
Vão se perdendo na inexistência do memorial.
Apela-se pela tradição oral, proveniente de nossos antepassados.
Olhar par traz tornou-se “asneira”A história perdeu o espaço.
Só a tecnologia que gera dinheiro e portanto , só divisas de economia , têm valor.
Nossas existências não são vistas como documentos, que trazem uma carga histórica e que, podem representar eternizarão de fatos.
O povo sem memória é o decreto lei natural do mundo: OSTRACISMO.
Em se referindo uma cultura que origina de uma civilização do homem , em épocas determinantes a fatos.
Somos civilizados pelo milênio. Não temos culturação de época. Perdeu-se não ter sido cultivada.
JOSÉ SERÁPIO BATISTA, lagoasantense, casou-se com RAIMUNDA BATISTA, de cujo matrimônio nasceram dez filhos : João, Nadir, Raquel, Lalada, Vicente, Celso, Mundica e Neusa.
Dissertar a memória desse lagoassantanse nato é falar muito mais que a história de um construtor que se tornou "Engenheiro prático", reconhecido pelo CREA-MG, notável saber e habilidade, na forma de projetos de construção civil.
Foi proprietário de uma construtora em Lagoa Santa, a primeira genuína da cidade.

Um homem que acreditava na honestidade, na família, e que sobretudo participou da construção de LAGOA SANTA.
Grande dignidade se transparecia em seu modo humilde , manifestando seu grande carinho pelos netos que seguem sua conduta.
Comentam os mesmos, o avô sempre a mostrá-los seus desenhos em seu mínimo atelier, espaço pequeno que referia carinhosamente meu “quartinho”.
Traços finos de desenhos colocados com muito dedicação sobre a prancheta, curvas e retas em papel vegetal, feitos em penas e tinta nanquim, surgindo formas geométricas,com lógica de mestre.
De uma casa simples, a um a edificação mais elaborada, sempre muito aprovada por um engenheiro.
Comentam os que o conheceram e é falado por seu neto, que foi idealizador, desenhista e construtor das primeiras lareiras que compunham as casa em Lagoa Santa.
Sempre preocupado em guardar suas construções: em sua cintura um enorme número de chaves , cujo pêso era a sua extrema competência.
Foram tantas aprovações que tais engenheiros o estimularam a pedir seu reconhecimento no CREA-MG (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura), foram reconhecidos pela entidade devido a falta de profissionais diplomados nas escolas superiores. Reconhecidos seus trabalhos pela entidade, recebeu os devidos méritos, conforme consta nos anais do CREA, dois registros sob os números 04.30000002082e0430000001836. Em se referindo o profissional José Serápio Batista. Lagoa Santa. MG.

Bússola usada por José Serapio - ferramenta importante para a engenharia.
Carteira profissional
Regua de Calculo
Seus projetos e construções seguiam a linha dedicada de 1960,explorava a as formas variadas das lajes e marquises em concreto armado
Casa da família Van Sperling e a casa de campo do Dr. Ferola ambas na margem da lagoa. Casa de Sr. Newton e Dona Nazinha, na pça F. Peixoto.
 
Casa da família do fazendeiro Janjão Escola Arnaldino em Belo Horizonte Casa de Orlando Sales rua Prof. Jose Eduardo
Uma suas construções mais importante foi a Iate Clube, margem da lagoa, local de lazer, frequentado pela classe media na década de 1970 -
Encontra-se em estado de abandono já por muitos anos - clique aqui e conheça a historia do Iate -
Fontes:
Celso batista- filho
Sandro batista neto. Mestre em biblioteconomia ufmg
Jerry Carlo engenheiro civil-lagoa Santa
Neusa Batista- comerciante- filha
Zezé Batista- filho
Romildes Batista-familiar
Assis-Neusa- Raimunda - filhas
Carlos Von Sperling-geólogo
CREA–MG

Colaboração: Ruth Maria de Sales - Cristina Maria de Sales
Produção e ilustração : www.lagoasanta.com.br - clIque aqui e envie sua opinião
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19°)Imigração Italiana, sua influencia em lagoa Santa - 1ª parte
Ainda que tenha sido poucas famílias, os italianos marcaram sua presença em Lagoa Santa.
Família Egídio destaque para os irmão Luiz, Célia, Odete e Aidê

Entre 1870 e 1920, cerca de 1,4 milhão de imigrantes provenientes da Itália desembarcaram em território brasileiro, procurando melhor fortuna. Destes, 1 milhão pisaram pela primeira vez nas terras do Brasil através do porto de Santos.
José Egidio era mercantilista. Seus pais primeiramente estabeleceram-se no estado da Bahia. Vieram
para Minas Gerais motivados pelos trabalhos da mina de ouro de Morro Velho.




Raposos foi a cidade que primeiramente escolheram para viver. Mais tarde, passaram a residir em Belo Horizonte. Da capital, tornou-se viajante de compras e vendas, que partia da capital para a região da Serra do Cipó, chegando até a famosa Fazenda de Vacarias, a maior da região, hoje sede da ACM, onde se encontra a cachoeira “Véu da Noiva”, antes pertencente a pessoas da família Corrêa de Lagoa santa.
Além de outros locais de onde levava para a capital produtos rurais, que obtinham ótima combinação com os usos costumeiros da metrópole. Lenha que sustentava fornos de padarias de italianos na capital.




Casou-se com Maria Dalmásio, italiana de origem da cidade de Vicenza na Itália. A partir daí iniciou a influência italiana em Lagoa Santa.
A principio as viagens em lombo de burro como era costume na época, José Egidio teve a feliz idéia de engenhar uma carroça, diferente das comuns, de tamanho muito maior puxada por quatro cavalos, ajudado por um italiano de nome Monferrari.
Tal engenho motivou a curiosidade dos lagoasantenses, que paravam para ver tal proeza. Tanto na ida como na volta.
Chamou a atenção do vereador Messias, que vendo a capacidade daquelas pessoas para o trabalho, os convidou para se estabelecer em Lagoa Santa. Maria Dalmásia, a esposa, transformou-se em pessoa de imensa dignidade, trabalhando como enfermeira e parteira de extrema confiabilidade, sempre muito cuidadosa, com sua maleta de materiais necessários para acudir uma parturiente, ou mesmo um enfermo.
Tinha tanta dedicação que sempre era recomendada por um médico, caso ocorresse a falta do mesmo. Era a emergência da cidade. E o fazia sem obter remuneração! Trabalhos de almas movidas pelas mãos superiores.
Do senhor Monferrari há de se lembrar a modista D. Miquita, de onde saíram as melhores costureiras da cidade. Era um “orgulho” e certeza de bom serviço ter sido aluna desta profissional.
Mas foi José Egidio que estabeleceu definitivamente em Lagoa Santa, e sua família permanece destacando-se no cenário da cidade.


Foi José Egidio que apresentou o Sr. Gasparo Boschi e seu irmão João Boschi ao vereador do Rio das Velhas , na época prefeito de Lagoa santa.

Travou-se aí grande laço de amizade , quando também foram convidados a permanecer em Lagoa Santa , pela idéia de progresso que emanavam, além de demonstrar afetividade e empatia aos moradores.
Lagoa Santa agradece a José Egídio a operosa influência dos trabalhos dos italianos na cidade. Mudou-se para Lagoa Santa em 1917, e faleceu com 76 anos de idade. Seus filhos: Anita, o respeitado construtor Antonio Egídio, a decana sra. Odete, Zaíra Yolanda, Aída, Aidê, Célia, Zilda Luiz e Olga, sempre presentes no cenário de Lagoa Santa, mostrando dotes de valores diferenciados.



De dona Odete, casada com o famoso construtor e estimado João Guimarães. Morou por muitos anos no Sítio do Diogo, no alto do Sobradinho, onde criou toda a familia e em 1984 tendo os filhos já casados e morando afastados, já viúva, quis vender a propriedade para uma pessoa filha de Lagoa Santa, cujo local até hoje é preservado com toda a sua vegetação.
A maior lembrança entre as plantações é o pé de Cuité, arvore exotica cuja fruta por muitos anos serviu de vasilha para medir alimentos e tomar agua.




O legado de beleza de sua neta Vanessa, cuja mãe Aparecida Guimarães se esmera em mimos para mostrar a elegância lagoasantense nas passarelas de beleza.
Trouxe para Lagoa Santa títulos de Miss lagoa Santa 2008, 3° lugar Miss Minas Gerais 2008, 5° lugar Miss Intercontinental 2008, Miss Intercontinental da Americas na Polonia mostrando sua graciosidade na esfera nacional, , atingindo classificações , intercontinentais, bem como o glorioso Rafael, desportista internacional do qual Lagoa Santa tanto se orgulha.

 
Jaira
Antonio Egídio
Ida
Anita
Volta ao topo Fontes: Célia Egídio,Luiz Fernando Egídio filho De Célia Egídio.
Ronaldo Boschi - Teatrólogo – Professor Universitárioe Aparecida Guimarães
Colaboração: Ruth Maria de Sales - Studio Martinez

Produção e ilustração : www.lagoasanta.com.br

19°)Imigração Italiana, sua influencia em lagoa Santa - 2ª parte
Restaurante Boschi ocupava um casarão de época, sem detalhes especiais de arte na edificação. A sua grandiosidade, mostrava a cozinha italiana, cujo prato de referência era o macarrão.

Na década de 50 e 60 a famosa "praia do Boschi" tinha o nome devido aproximidade do famoso restaurante do Boschi na margem da lagoa, era o principal ponto de lazer e turismo da cidade.
Como referencia seria a margem defronte ao Espaço Arena na Av. Getulio Vargas.
Chiquito, esposo de Célia Egidio segura a foto do presidente Getulio Vargas em visita a obras no estado.

GASPARO BOSCHI: EMPREENDEDOR foi um italiano que se destacou na imigração italiana em Minas Gerais. Em Lagoa Santa carinhosamente respondia pelo nome Gasparino.
Veio a convite do vereador Messias, pela época de 1930. Sua esposa Tizília, Tornou-se amiga de Albina, viúva do vereador/prefeito, que rigorosamente esperava o casal nos fins de semana, para uma convivência de amizade, troca de agrados .
Tal convivência não passou para filhos de ambos. Sr. Gasparino foi proprietário do primeiro estabelecimento comercial na parte que se denominava, pitorescamente “Rua de Cima”, uma venda, com mercadorias variadas que servia o comércio de produtos para toda a cidade incluindo a aeronáutica.
Perdurou por longo tempo tal estabelecimento. Só não vendia materiais destinados à roupas.





Seu neto Ronaldo Boschi, (Filho de Hélio Boschi), teatrólogo, é preocupado com a cultura de Lagoa Santa, onde tenta manter casa de espetáculo de teatro , nada reconhecido pelas autoridades locais.
Sustentou por longo tempo uma casa de cultura em Lagoa Santa, ligada a espetáculos teatrais, onde um elenco muito entusiasta mostrava a história da cidade, sua saga pela pré-história e suas lendas, criadas à crença dos milagres operados pelas águas com rica literatura.
Anexa à escola infantil QUINTAL MÁGICO, recentemente fechada. Coincidência fatal: a proprietária escola, Clélia Sales, neta de Albina a grande amiga de Tizília, e Ronaldo, neto da mesma. Muito amigas as famílias no passado.
JOÃO BOSCHI,




Irmão de Gasparo Boschi participou da historia da cidade como proprietárioa do Restaurante Boschi, em casarão alugado do também italiano cujo nome só se sabe ser “PEZZI”
“RESTAURANTE BOSCHI”
Ocupava um casarão de arquitetura de época, sem detalhes especiais de arte na edificação. A sua grandiosidade, se mostrava pela cozinha italiana, cujo prato de referência era o macarrão, que cumpria as exigências de pessoas mais sofisticadas e de nomes, ilustres freqüentadores, como Getúlio Vargas , Juscelino Kubistchek E pessoas de ciência e artes que deixavam ali em livros de visitas um elogio e autógrafo. Dona Cárola, esposa de João Boschi, se esmerava em temperos de deliciosos sabores.






O “RESTAURANTE BOSCHI” marcou a cidade por longo tempo,
Mesmo quando o proprietário deixou a direção, para pessoa de confiança, Célia Egidio, filha de José Egidio o grande amigo, continuou como ponto de encontro de intelectuais artistas e filósofos, como mostram as assinaturas no livro de visitas. João Boschi deixara a direção para prestar serviços a JK, quando dos trabalhos na CASA DO BAILE E O MUSEU DA PAMPULHA.
Tal restaurante passou a ser então dirigido pela filha de José Egidio em sociedade com seu cunhado carinhosamente chamado por Xanduca e sua esposa Nair, muito querida na cidade.
Passados os trabalhos na Pampulha, o restaurante passou novamente às mãos do casal fundador, e teve a frente direção de pessoa da família.
Mas por outros trabalhos envolvendo o proprietário, voltou as mãos, de Célia Egídio e seu esposo , também carinhosamente conhecido como Chiquito, que souberam conservar o nome do restaurante e toda a clientela. Entre os melhores parceiros.
Era o ponto máximo de agradabilidade e bem servir que toda a região reconhecia mais tarde este casal não podendo dirigir o estabelecimento, passou para mãos que não reconheciam seu valor e nem sabiam que o mesmo fazia parte da memória desta cidade. Foi uma lacuna para os que lá admiravam. Passou grande tempo fechado para boas lembranças dos que freqüentavam o casarão, como continuidade de sua casa. A pedido de muitas pessoas, movidas pelo que representavam para as mesmas, o valor do local, o restaurante foi reaberto e também dirigido pelo casal já experiente, que antes o dirigira: Célia e Chiquito. Embora o casal , tentasse recuperar o prestígio do restaurante , eis que o prédio, ainda do Proprietário do casarão , Sr. PEZZI, optou pela venda do imóvel que já necessitava de reforma para fins de um restaurante. Foi fechado em definitivo. Parte da cidade lamenta até hoje a saudade da freqüência ao “BOSCHI”.( 2004)
Sr. José Egídio enriqueceu o turismo local, como entusiasta, proprietário de uma raridade suprema; um cavalo de nome “ALAZÃO”, circense, ia à frente de bonita charrete, com passeios à beira da lagoa. Alazão, tinha peculiaridades similares a “MITOLOGIA”: possuía bigodes, cumprimentava pessoas com as patas , piscava os olhos , transformando o passeio em espetáculo de curiosidade, e graça que era um motivo de se deliciar ao ser puxado por tão sofisticado animal!
A perda do ”RESTAURANTE BOSCHI” foi uma imensa lacuna na vida social e gastronômica da cidade. Perda de grande memória.


Do fogão de lenha saia as deliciosas macarronadas apreciada pela elite de Belo Horizonte e políticos famosos.

Célia e Chiquito sempre trabalharam juntos para atender melhor os clientes.
Volta ao topo Fontes: Célia Egídio,Luiz Fernando Egídio filho De Célia Egídio.
Ronaldo Boschi - Teatrólogo – Professor Universitárioe Aparecida Guimarães
Colaboração: Ruth Maria de Sales
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18°)Por que as águas de Lagoa Santa enviadas em barris para Portugal deixaram de serem exportadas.
A mesma água que o povo banhava-se na prodigiosa lagoa que operava cura e milagres.
As águas receberam sua primeira análise a nível científico feita por Dr. Cialli.

Em 1749, O médico italiano Dr. Cialli, também denominado o médico baiano ( vindo dão estado da BAHIA) sabendo das águas milagrosas que existia em um povoado de nome Lagoa Santa veio conhecê-la.
Criteriosamente feita, com métodos da época. O médico encontrou entre os componentes, minerais bioquímicos e biofísicos, que em reações químicas eram muito benéficas, à saúde.
Tais componentes também se registravam nas águas de cidades famosas por suas fontes de águas minerais: Araxá, São Lourenço Poços de caldas (BRASIL) e muitas outras, que se conservam como cidades” veraneio” e para tratamentos específicos com fontes de águas minerais para assuntos de saúde e estética.
Além de destacar a biodiversidade de flora e fauna, de Lagoa Santa, cujas ações fito terapias, eram ainda desconhecidas.
Havia em Portugal uma cidade de nome “Caldas”, na qual encontram ricas fontes de águas minerais. Tais fontes pertenciam à rainha, que a tratava com rigor as potencialidades farmacológicas das águas de Caldas (PORTUGAL). Eram denominadas “FONTES DA RAINHA”
Hospital de termas em Caldas da Rainha Portugal
Comentam historiadores, que era e é um “HOSPITAL TERMAS”, O qual é preservado na atualidade. Portugal teve mais de uma rainha com o nome de LEONOR.
A fundadora do “HOSPITAL TERMAS, teria sido LEONOR DE ARAGÃO, antes de o Brasil ter sido descoberto.
Admistradores das termas, MEMBROS DA MONARQUIAPORTUGUESA, tendo sido informados dos valores das águas de Lagoa Santa, solicitou que fossem enviados barris de águas, para Caldas. O que aconteceu por determinado tempo.
De critério religioso, as águas não concorriam comercialmente, com as águas de CALDAS- PORTUGAL.

A paralisação das exportações se deu devido religiosidade. Ocorreu na França, à aparição de Nossa Senhora de Lourdes, nas margens do Rio GATE.
E segundo a história desta aparição à BERNADETE, esta revelou que apareceu em uma gruta onde jorrava água milagrosa.
Muitos milagres se evidenciaram. E afama de das águas de Lourdes, foram além das águas de Lagoa Santa. Aquelas águas não eram cársicas, portanto mais leves, e pela distância ficava muito mais perto ter águas milagrosas em território europeu. Então ficaram suspensas as exportações das águas de Lagoa Santa para Portugal. Também pela monarquia portuguesa
Razão e motivo: FÉ. Como aconteceu em Lagoa Santa.
As águas de CALDAS – Portugal foi devidamente conservado.
A prodigiosa Lagoa sofreu a influência do desgaste e também, outro tipo de água, com outra formação rochosa, características diferentes. Contendo altas concentrações de elementos próprios a águas cársicas.
Evidenciando que não era uma fonte específica de determinado tipo de água, como ocorre em instâncias muito conhecidas, como, exemplo as fontes: “HIDRO MINERAIS DE MINAS GRAIS”, Bem como Termas de Caldas em Portugal.
Quanto à religiosidade Nossa Senhora se manifesta com muitas denominações, mas em realidade é uma só. Por tal, as águas de LOURDES da FRANÇA substituíram as águas da prodigiosa lagoa das Congonhas de Sabarabussu. LAGOA SANTA. (padroeira NOSSA SENHORA DA SAÚDE)

ANEXO:
Imagine um canteiro imenso onde um jardineiro virtuoso, trata com obediência e fé pela devoção, centenas e centenas de rosas de todas as cores e tamanho. Muito florido, aparentemente diferente, são rosas e rosas. Representa a idéia de todas as Nossas Senhoras, a mesma MARIA mãe de JESUS. MARIA é este imenso canteiro. Parece que mostram diferenças Mas na realidade são todas, a mesma flor! São todas “NOSSAS SENHORAS” simbolicamente demonstradas: LOURDES, em França, SAÚDE em Lagoa Santa!

Fontes: Charles Kolher Cientista, geógrafo, Prof. de geociências UFMG
Fonte secundária: PROF.CHARLES KOLHER- Águas de Lourdes. (pesquisas)
Rosangela Albano Silva- Graduada em Filosofia UFMG, Especialização em ARQUEOLOGIA UFMG, ambientalista, escritora, Família Dolabella Lagoa Santa.
Marlene Luzia Vianna (Rodrigues Mariano) pedagoga professora escritora descendente da família de Felipe Rodrigues, fundador da cidade de Lagoa Santa.
ANEXO: relembrando em catecismo a sinonímia de Nossa Senhora: Mãe Carola

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“Um povo que não tem história é um povo que não tem memória. Um povo sem história e sem memória é um povo que não existe

17°) Com a emancipação do povoado, uma das exigências foi a instalação da ” COLETORIA ESTADUAL” fontes arrecadadora de impostos e taxas do estado, agente fiscalizador, local de pagamentos dos funcionários públicos
Para a emancipação do povoado, no ano de 1937, ao se desmembrar do município de Santa Luzia tornando-se cidade de "Lagoa Santa" foram necessárias importantes mudanças, entre elas a instalação do poder legislativo e do poder executivo com a nomeação de um prefeito para comandar o ex-povoado.
Contudo, a cidade ainda era dependente da comarca de Santa Luzia.
Já havia funcionários públicos e impostos a serem arrecadados pelo município. Por exigência da legislação, o "Estado" teria uma representação fazendária na cidade. Assim, no ano de 1939, foi instalada a "Coletoria Estadual".
As atividades básicas da coletoria eram:
Fonte arrecadadora de impostos e taxas do estado, agente fiscalizador, emissão de guias para o transporte de mercadorias, pagamentos de funcionários públicos, que na maioria eram professoras.
O titulo de Coletor era o nome dado ao administrador da coletoria, representante do governo mais próximo no município. Também tinha a função de gerente da Caixa Econômica na cidade.
A cidade não apresentava renda suficiente com geração de impostos. Havia dificuldade de se manter pela atividade agropecuária e cultivo de frutas como principal fonte.
O abacaxi, "massa amarela", passou a ser exportado, mas não oferecia carga de impostos para uma manutenção de renda suficiente para a demanda necessária de despesas da coletoria.

O primeiro coletor a ser nomeado era irmão do prefeito José Valadares.
Com a baixa arrecadação de impostos, muitas vezes a cidade ficava sem pagar salários a professores e outros funcionários por meses! E chegava ao ponto de serem pagos através de coletorias de outras cidades vizinhas. Mas era muito difícil uma transferência de pagamentos.
Pouca arrecadação motivou vários coletores a pedirem suas transferências para cidades maiores.

Relação dos Coletores que trabalharam em Lagoa Santa:
Paulo Leite Neves de Carvalho - transferido para Vespasiano
Sebastião Edson Neves - transferido para Contagem
Elizeu Alves da Silva - transferido para Ribeirão das Neves
Geraldo Neves da Silva
- período de 1964 a 1966 quando foi transferido para Uberaba
Ildeu Viana de Matos - deixou o cargo por falecimento
Orlando Sales - período de 1967 a 1971 quando foi transferido para a Superintendência de Belo Horizonte
Edson de Matos Cruz Homem -em 1972 foi transferido para a Superintendência de Belo Horizonte
Em 1972 foram extintas as coletorias no estado. Toda a arrecadação foi transferida para sistemas bancários.

Espaço reservado para fotos do 1º, 2º e 3º coletor

Coletores que se destacaram na vida pública e política

Coletor Elizeu Alves da Silva,
Depois de se aposentar, seguiu a carreira política, sendo eleito prefeito da cidade no período de 31/03/1975 a 30/01/1977.
Destaques da sua administração:
- Adquirido em 1976 o primeiro caminhão de coleta de lixo. O modelo do veículo era tipo tanque, com parte superior removível. Assim, foi oficialmente iniciada a coleta de lixo na cidade.
- Na sua gestão foi criada, em 08 de dezembro de 1975, a  Comarca de Lagoa Santa, sendo o Presidente do Tribunal de Justiça o Desembargador Edésio Fernandes.

- Construiu o primeiro reservatório de água no alto do bairro Joá, onde o  DEMAE LS- "Departamento municipal de água e esgoto de Lagoa Santa"- era responsável pela captação e distribuição de água, sendo diretor o ex-prefeito Raimundo Salomão.
- Teve empenho importante na retificação do mapa geográfico feito pelo IGA -Instituto Geociência Aplicada - na década de 80 que atendeu a solicitação política do prefeito de Vespasiano para deslocar a linha de divisa entre os municípios bem  próximo à Vila dos Civis da PAMA_LS.  Foi baseado na cláusula de "águas e vertentes" do documento onde o município de Lagoa Santa cedia para Vespasiano a área da fazenda pertencente ao  prefeito Sebastião Fernandes .
Mesmo a cidade perdendo toda a encosta, onde foi construído o  conjunto habitacional Morro Alto, o ex-prefeito Elizeu conseguiu negociar com o IBGE nova RETIFICAÇÃO, com novo traçado, dividindo o Bairro Vista Alegre ao meio.
Por negligência e irresponsabilidade política a cidade já perdeu 25% de seu território após sua emancipação.

Coletor Orlando Sales
Funcionário publico de careira, casado com Iracema Salomão Sales, filha do comerciante árabe Jose Salomão Filho.
Iniciou seus trabalhos na coletoria no ano de 1956, onde ocupou os cargos de auxiliar, sub-chefe e coletor de Lagoa Santa.
Sempre foi reconhecido pelos funcionários estaduais, em especial pelas professoras, pelo apoio dado à classe, e pelo comércio varejista e atacadista. Estava sempre à disposição da comunidade para resolver problemas e solicitações junto às secretarias estaduais.
Foi vereador em 1952 pelo partido PSD, do Governador e Presidente Juscelino Kubitschek. Também sempre esteve presente  nas campanhas políticas. Foi amigo e compadre do saudoso prefeito Lindouro Avelar.
Suas amizades e o prestígio político foram além de Lagoa Santa, destacando os amigos fieis como  Ex-Presidente Juscelino Kubitschek, o deputado estadual Renato Azeredo, o deputado federal Ovídio de Abreu, o Gov. Israel Pinheiro e  Jose Maria Alkimin. Com este leque de amigos políticos importantes tinha livre acesso ao palácio da Liberdade e às Secretarias.
A amizade e confiança que Juscelino tinha por Orlando Sales era tão grande que, nos dias que antecederam sua fuga para o exílio político, ficou abrigado em Lagoa Santa por poucos dias, na casa campo do seu aliado deputado federal Ovídio de Abreu, e somente duas pessoas da cidade tiveram contato com ele, Orlando Sales e dona Niní de Pagão - assim carinhosamente chamada por nós.

Implantação dos conjuntos habitacionais Vila Maria, Bela Vista e Ovídio Guerra
No auge do BNH - Banco Nacional de Habitação, na década de 1970, conseguiu montar três cooperativas junto às instituições credenciadas INOCOOP MG E INOCOOP CENTRAB. Negociou os terrenos com os proprietários, fazendeiro Acácio de Paula e o empresário Manoel Pavão (empreendedor do bairro Lundceia).
Estes conjuntos habitacionais são modelos de sucesso do empreendimento devido à escolha dos cooperados, localização privilegiada e numero máximo de 250 unidades por conjunto.
Deve-se lembrar também o apoio técnico e administrativo que recebeu do seu genro economista Lucio dos Santos Costa, casado com Ofélia Maria Sales, que trabalhava no BNH  e do seu filho engenheiro Demóstenes de Sales.
Os coletores eram grandes amigos, caçar passarinhos, bater um papo na farmácia do Lilíu e viajar eram os hobs favoritos.

O progresso chegou nas regiões norte e oeste da cidade com a implantação dos conjuntos habitacionais da Vila Maria, Bela Vista e Ovídio Guerra


Constrangimento politico
- Em virtude da aposentadoria do Geraldo Neves, o Sub chefe da coletoria Sr. Orlando Sales passou a ocupar interinamente a chefia da coletoria de Lagoa Santa e tendo como seu auxiliar o Sr. Iildeu Viana de Matos, casado com a professora dona Reparata, sobrinha do ex prefeito Lindouro Avelar.
Causou grande surpresa para toda a comunidade e meios políticos de Lagoa Santa a publicação do ato 42170/68 pela Secretaria da Fazenda e liberada pelo vice-governador designando o auxiliar o Sr. Iildeu Viana de Matos para a chefia da coletoria em substituição ao coletor Orlando Sales transferindo-o para a chefia da coletoria da cidade de Vespasiano.
Houve grande movimento para a permanência de Orlando Sales na direção da coletoria, com abaixo assinados dos funcionários públicos, cartas de políticos influentes como Israel Pinheiro Filho, prefeito João Daher, deputado Guilherme Machado, Deputado Demerval Pimenta, mesmo assim foi mantida decisão do secretário da fazenda.


Fontes:
Edson de Matos Cruz Homem e esposa Elizete Ávila
Jose Julio Alves - filho do coletor Geraldo Neves da Silva
Demóstenes de Sales - filho do coletor Orlando Sales
Marlene Luzia Viana
Diva de Paula
Secretaria de Estado de Fazenda - MG.
Produção e ilustração : www.lagoasanta.com.br
fotos - arquivos da pagina e pesquisas
C olaboração: Adv. Elton Ornelas Caldas e Ruth Maria de Sales
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16°)Preliminares: A importância da " Imigração Árabe".
Imigrantes Sírios e Libaneses chegam a Lagoa Santa e conseguem por muitos anos o domínio do comercio local.
Para melhor entender a importancia da colônia Árabe, para melhor ilustração mostramos no mapa abaixo a localização de suas residências e comercio.
Antes de descrever as famílias de descendência árabe que escolheram lagoa Santa para morar, vamos mostrar as motivações que causaram suas imigrações para o brasil.Todos trouxeram na bagagem muita vontade de trabalhar e sonhos de riqueza. Vieram aqui estabelecer suas residências, suas lojas e sua segunda terra natal.

Motivação da imigração Arabe para o Brasil.
-A Imigração árabe no Brasil começou por volta do seculo XIX e a maioria vinha do Império Turco-Otomano, os primeiros imigrantes deixaram seu país de origem pressionados pelo governo turco, até o início do século XX.
A região que reúne hoje países como Síria, Líbano e Palestina. “Por isso os árabes eram conhecidos aqui como turcos”.
A maioria eram sírios e libaneses, antes do ano de 1943 sírio-libaneses, ocupavam região da Síria e Líbano que era um só país.
A maioria dos nossos imigrantes vinha de aldeias agropecuárias do Líbano e da Síria.
-Por volta dos anos de 1877 e 1887, a Siria_Libano recebeu a visita do então Imperador do Brasil, D. Pedro II, que visitou Damasco, o Egito , Beirute e Jerusalém. O imperador notou a situação do povo e seu sofrimento e convidou a população a imigrar para o Brasil para trabalho em novas oportunidades de vida e também para contribuir com o desenvolvimento do País. Quando esteve em Damasco compôs um poema sobre esta cidade, afirmando o desejo de que fosse aceito seu convite para imigrar ao Brasil.
D. Pedro II mostrou-se fascinado pela cultura local e pela cordialidade do povo árabe. fez o convite para que os arabes imigrassem ao Brasil.


Partidas, embarque nos Portos
-A viagem para a América tinha como pontos de partida os portos de Beirute e Trípoli. Por meio de agências de navegação francesas, italianas ou gregas, dirigiram-se para outros portos do Mediterrâneo como Gênova, na Itália, onde às vezes esperavam meses por uma conexão que os levassem para o Atlântico Norte ou Sul (Rio, Santos ou Buenos Aires).
O Brasil era um país quase desconhecido no mundo árabe. Os imigrantes apenas sabiam que estavam indo para a América e, por muitas vezes, imaginavam estarem indo para os Estados Unidos. Ao chegar ao Brasil, muitos árabes se chocaram ao descobrir que estavam, de fato, aportando na América do Sul. Muitos sentiam enganados pelas companhias de navegação. Afinal, explicavam, tudo era América.

Calcula-se que, até o ano de 1900, chegaram ao Brasil 5.400 árabes. Cresceu muito a Imigração em direção ao Brasil, no ano de 1920 já viviam no País pouco mais de 50 mil árabes.

Integração dentro da sociedade brasileira

Os árabes foram um dos grupos de imigrantes que menos sofreram para se adaptar ao Brasil. Em sua maioria árabes-cristãos, os imigrantes não encontraram uma realidade religiosa divergente. Além disso, encontraram no Brasil uma sociedade extremamente miscigenada, acolhedora e acostumada com a diversidade étnica.
Os árabes, agarrados ao costume da preservação familiar, formaram famílias enormes por todo o Brasil, incluindo-se casamentos dentro da colônia árabe e, também, diversos com não-árabes.

Atualmente milhões de brasileiros são descendentes de árabes, devido a esse forte costume de possuir famílias numerosas.

Estimativas do IBGE,
Referendadas pela Liga Árabe, o Brasil possui a maior colônia árabe fora de seus países de origem. Estima-se que vivam no Brasil em torno de 15 milhões de árabes, alguns pesquisadores apontam números da ordem de 20 milhões. Números substanciais, dado que a população do Líbano atualmente é de 4 milhões e da Síria é de 19 milhões.


Culinaria
Os imigrantes sírios e libaneses trouxeram também sua cozinha. E a difundiram tão bem entre nós que, atualmente, quibes, esfihas e coalhadas fazem parte do cotidiano alimentar dos brasileiros. A lentilha e o grão de bico são quase tão comuns quanto o feijão e o arroz. As especiarias tornaram-se indispensáveis. Não há prato brasileiro sem pimenta, coentro, alho, cominho, cravo e canela.
Alguns exemplos de palavras árabes incorporadas ao vocabulário brasileiro: alface, almanaque, alfaiate, bazar, mascate, almofada, alcaide, arroz, açúcar e alfombra.

Religião
Os árabes que imigraram ao Brasil eram, em sua grande maioria, pertencentes a igrejas cristãs, sendo a maioria dos libaneses católicos maronitas. Chegados ao Brasil, rapidamente se associavam à Igreja Católica.

Negócios
Em todo o Brasil eles se tornaram conhecidos como "homens de negócios".
São os filhos e netos de imigrantes que levam adiante centenas de lojas e indústrias, hoje estão também no setor de serviços, na política e na saúde.

Todos estes eventos levaram a um grande número de habitantes da região da Grande Síria e Líbano a migrarem para as Américas, em especial para Lagoa Santa. Trouxeram na bagagem muita vontade de trabalhar e sonhos de riqueza. Vieram para aqui estabelecer suas residências, suas lojas, muita vontade de desbravar o país que na sua pátria era descrito como o paraíso do trabalho, a terra das oportunidades.
Preliminares: Eng. Demóstenes de Sales, neto de José Salomão Filho
fontes: Enciclopédia Wikipédia, colônia Árabe do Rio de janeiro,
Levantamento de dados, arquivos, imagens: www.lagoasanta.com.br

Estas famílias que moraram aqui por muitos anos, de origem Síria Libanesa, sendo algumas expostas nas fotos abaixo serão personagem do nosso próximo capitulo porque fazem parte da nossa história.
 
Elias Alcici e esposa Dona Saaid
comerciante
Moraram:Rua conde Dolabela 30 - centro

José Salomão Filho e esposa Sofia Alcici Salomão
Comerciante e atacadista
Moraram: Pça. M F. Peixoto (Pca do Lindouro )

José Nassif
Comerciante
Morou: Rua Pinto Alves - centro
Jorge Alcici - casado com dona Marta Salomão
comerciante
Pça. Dr. Lund
Alexandre Alcici esposa Baduia
Comerciante
Local: Rua Barão do Rio Branco
Família de Elias Alcici e esposa Dona Saaid
Local: Residencia no Libano, antes de embarcar para Lagoa Santa
 

16°)Segunda parte - O sucesso da Imigração Árabe para lagoa Santa
1888 - ano em que foi iniciada a imigração árabe para Lagoa Santa
-Jorge Nassif Daher, libanês, já há muito conhecia a nação brasileira e também Lagoa Santa, ocupava alto “Posto” na marinha internacional. Chegou além mar. Era dado à valorização de ciências naturais.
Conheceu Lagoa Santa pela fama dos estudos do dinamarquês e as descrições de ancestrais indicam ter ficado fascinado pela região de Lagoa Santa.
Concluiu, que “Aqui era, sim, um lugar bom para recomeçar uma vida em convívio de paz”.
Conhecendo o mundo como inspetor de Portos Internacionais convenceu a todos a trocar ricas terras de campos de oliveiras, em troca de melhor viver.
A região estava sempre revolta com guerras ideológicas.
Alguns imigrantes procuravam região de água e dirigiram-se para a região da Serra do Cipó. Foram recebidos com receio, pois poderiam concorrer com a Companhia “Mascarenhas”.
Foi com a engenhosidade desta gente que a companhia Mascarenhas passou a ser movida a eletricidade na região do Cipó.
Outras empresas os olhavam como concorrentes mais hábeis e foram hostis.
Assim resolveram se estabelecer em Lagoa Santa.
Aqui foram muito bem recebidos por toda a comunidade.
Ocorreram simpatias recíprocas, perceberam naquele povo de “escritas diferenciadas” possibilidades de grandes progressos para a região.
Muitos, porém, se estabeleceram na capital e cidades vizinhas: Vespasiano, Pedro Leopoldo, Santa Luzia, São Vicente e Baldim.
Mas passaram antes por Lagoa Santa.
Cada qual se estabelecia em determinado tipo de comércio tais como “VENDAS” ou “EMPÓRIOS”, pequenos armazéns, como eram denominadas na época.
Há de se recordar a imensa amizade que uniu Messias, o vereador, aos novos moradores.
Contava D. Albina, esposa do político Messias, que Elias Alcici e família, após o desembarque no Brasil, chegou até o povoado de Lagoa Santa na companhia do conterrâneo já residente, Alexandre Alcici.
Seu filho Jorge Alcici, comerciante de tecidos, foi o terceiro prefeito de descendência árabe a governar Lagoa Santa nos períodos de:
Primeiro mandato de 31/01/1971 a 30/01/1972 e de 31/01/72 a 30/03/1975
Segundo mandato de 31/01/1977 a 31/01/1982.

Sua loja era variada, com produtos de requinte, como louças finas, peças de toucador (raríssimas). Comenta-se que havia influência do marinheiro, pois não havia por perto, incluindo a capital, tais produtos.
Outros “patrícios”, como era a forma que se tratavam socialmente, exibiam lojas de comestíveis, adaptados às exigências brasileira e mineira.
A culinária em suas residências, a qual perdura, era diferente do que vendiam; conservavam o sabor de suas origens, à base de azeites sofisticados, grão de bico, doces folhados, carne “incrementada com trigo”, gergelins, quibe, especiarias e folhas de tempero exóticos.
Atualmente a apreciada comida “ÁRABE”, que acompanhou a história de povoado até categoria de cidade, perdura ainda hoje.
Sobrenomes que se destacam na ciência, artes, política, comércio e todos os segmentos: NASSIF, DAGHER, SALOMÃO, DAHER, ALCICI, HISSA, MANSUR.


-Pedro Salomão casado com Aarachid Salomão construiu o primeiro prédio de três andares na praça Dr. Lund, que abrigava o famoso “Big Bar”, os nostálgicos picolés, anos 50 e o Palace Hotel. -As linhas de ônibus que faziam o trecho de Lagoa Santa a Belo Horizonte com os nomes “Empresa São Jorge” de Miguel Antonio Salomão e “Empresa Nossa Senhora da Saúde” de José Antonio Salomão “Barão“.
-A famosa “venda” do Sr. José Nassif onde se encontrava tudo o que se precisava  
  -O primeiro comércio Atacadista do povoado foi de José Salomão Filho, respeitosamente denominado, “ZÉ CANGALHA”, apelido que ganhou devido ao fato de que muitas vezes entregava mercadorias transportadas dentro de uma mala pendurada com alças em sua costa.
Com muita dedicação, em poucos anos adquiriu uma frota de caminhões, dirigidos pelos seus filhos, atendendo aos clientes das cidades localizadas na rota da Serra do Cipó, chegando até Santa Maria do Suaçui e região, que erroneamente naquela época era considerada ZONA DA MATA”.
Era possivelmente o homem mais rico da cidade naquela época! Os caminhões retornavam com madeiras para a construção civil, laticínios “queijos e manteigas”, banhas de porco e parte desta mercadoria seguia rumo ao mercado de São Paulo. Vendia também gasolina e querosene.

-A família de Sr. Alexandre Moisés Alcici e esposa Badavia Alcici vieram do Líbano com seus filhos Moisés Alcici e Berros Alcici. Fixaram residência e loja na Pça. Mal. Floriano Peixoto.
Em Lagoa Santa nasceram os filhos Farid Alcici (já falecido) esposo de Helena Salomão Alcici, Elci Alcici e Rauinha Alcici.

- Miguel Antonio Salomão, morador na praça Dr. Lund por muitos anos, teve a concessão do transporte coletivo intermunicipal, transportando usuários de Lagoa Santa a Belo Horizonte e Vespasiano a Belo Horizonte.
Empresa puramente familiar, com o nome de Viação São Jorge, onde as tarefas e administração eram divididas com os filhos. Lembramos que o ultimo filho homem ainda vivo, o saudoso Vicentino Miguel Salomão, mantinha a mesma atividade do Pai, o ramo de transporte coletivo, faleceu no dia 07 de março de 2010 quando nós redigíamos esta matéria.

-Não podemos deixar de mencionar a família de Dona Maria Daher, destacando seu filho Dr. João Daher, chamado pelos patrícios de Rána; foi o segundo prefeito Árabe a comandar Lagoa Santa, no período de 31/01/1967 a 26/03/1969 – faleceu em pleno mandato e até hoje é considerado um dos prefeitos mais queridos da cidade.
Lembramos também das suas filhas: Sucena Daher, D. Milute e o filho Chalita, que, ao visitar o Líbano, conheceu dona Badia, com quem se casou.

- O primeiro cinema da cidade o Cine Lagoa Santa, localizado na Praça Dr. Lund, antiga padaria Tuti Pane, foi mantido por muitos anos pelo sírio Sr. Harmed.

Recebiam o jornal “Cedro do Líbano”,quando chegava a hora do noticiário, reuniam-se todos para saberem notícias da terra natal. Tio Jorge já velho voltara ao Líbano, onde trabalhava com ouro. Não conseguiu conviver com cultura e civilização tão diferentes.
Há de se mencionar a carismática pessoa de D. Amélia Mansur, esposa de Sr. José Nassif, também recentemente chegada do Líbano, cuja mãe, D. Cecília Salomão Mansur mandara buscar.
Ainda que se considere a formal importância do parque industrial, foi sem dúvida a “imigração árabe” a alavanca que moveu o comércio de Lagoa Santa e que perdura até hoje!
Curioso saber que tanta era a afeição na época ao vereador Messias que a denominada Rua Pinto Alves foi um ato de afetividade do filho de José Nassif, Sr. NASSIF SALOMÃO DAGHER. O nome desta “PASSAGEM” foi uma homenagem à família: RUA PINTO ALVES.
Foi o terceiro logradouro público a receber como homenagem o nome de uma pessoa da cidade, gesto apoiado pelo povo!
A princípio, os patrícios eram muito unidos e mantinham o hábito de um ajudarem uns aos outros financeiramente.
Alguns sobrenomes coincidem, mas não são parentes entre si. Há duas famílias “ALCICI”, mas sem parentesco.
Pesquisas revelam que o sobrenome “Issa” tem como significado ”JESUS”. Tal família teve influência na citada imigração, principalmente no relacionamento com a família do comerciante José Nassif e com a família do atacadista José Salomão Filho.

- O primo Raimundo Salomão, como carinhosamente chamava seus conterrâneos, foi o primeiro prefeito Árabe de Lagoa Santa, ocupando o cargo em 1948, em substituição ao prefeito Aloizio Barbosa.
Também tinha uma grande visão em finanças; foi através do Sr. Raimundo Salomão que ocorreu a instalação do primeiro sistema bancário”PARTICULAR” na cidade. Ativou negócios na agricultura e no comércio.


Fontes:
Arquivo público mineiro.
Antonio Salomão Nassif (Nico Nassif).
Albina Luiza de Jesus
Amalim Correa Nassif.
Cecília Salomão de Abreu
Vitoria Salomão Farias
Helena Salomão Alcici
Demóstenes de Sales

Produção, correção de texto e ilustração : www.lagoasanta.com.br - Demóstenes de Sales
colaboração: Adv. Cristina Maria de Sales
Para enriquecer mais a nossa história envie fotos, criticas, comentários e complementação de texto.
e-mail: lagoasanta@lagoasanta.com.br
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15°)Padre Libério, nascido em Lagoa Santa em 1884 morou aqui até os 18 anos, mudando-se para Mateus Leme onde ficou por quatro anos. Apesar de ainda não ter sido declarado santo oficialmente pelo Vaticano, Padre Libério tem sua santidade reconhecida no coração do povo.
LAGOA SANTA
Nasce um menino LIBÉRIO RODRIGUES MOREIRA que mais tarde se tornaria um santo canonizado.
De família que conheceu o extremo da humildade, pela falta de condições
matriculou-se no Grupo Escolar Dr. Lund, onde demonstrou sua exuberante piedade, que por tal foi dirigido ao seminário.
Prestou serviços religiosos nas cidades de Divinópolis, Pará de Minas , Leandro Ferreira, onde deixou uma história de muitos milagres.
Tais locais reconhecem os valores de Padre Libério .
Lagoa santa não participa deste processo de canonização.
Sua moradia foi demolida por desconhecimento do valor de sua memória. Nasceu no Bairro Francisco Pereira.
Sua casa muito pobre é descrita por vizinhos que a conheceram .
Casinha com uma porta e duas janelas. Na entrada junto à porta uma pedra grande formando um degrau. Paredes pintadas com cal e janelas em madeira sem pintura. Comentam os que a conheceram que era de chão batido. Nasceu tal personalicade de rígida respeitabilidade, em moradia à Rua José Maria de Carvalho, esquina com a Rua da Varzea, atualmente Conde Dolabela.


Milagres já foram apurados e a canonização está em adiantado processo no Vaticano.
Nas cidades onde prestou serviços religiosos, a comunidade se entusiasma com a canonização. Pouco é lembrado e comentado na terra onde nasceu. Terra onde foi criado: Quando ainda era arraial ou povoado: Lagoa Santa.
Crescem em outras cidades movimentos em prol de sua canonização. Muito comentado por fieis que participaram de sua vida religiosa. Há um livro que conta passagens de sua vida, seus milagres e sua canonização.
Seu nome é deveras respeitado. Em Lagoa Santa acanhadamente conhecido e comentado.
De sua última visita em Lagoa Santa, foi recebido na residência do casal José Sebastião Viana (Zé ferro) eCarmosina Fernandes Afonso.
Fontes: Maria José de carvalho-(D. ZEZÉ)-
Albina Luiza de Jesus( Machado Pinto Alves)
Carmosina Fernandes Afonso
“UM POVO QUE NÃO VALORIZA SUA HISTÓRIA É UM POVO SEM MEMÓRIA. UM POVO SEM MEMÓRIA E SEM HISTÓRIA É UM POVO QUE NÃO EXISTE.”

Produção, correção de texto e ilustração : www.lagoasanta.com.br


Apesar de ainda não ter sido declarado santo oficialmente pelo Vaticano, Padre Libério, tem sua santidade reconhecida no coração do povo. Muitos são os relatos de pessoas que conseguiram graças através de suas orações ou posterior a sua morte, por meio de pedidos á Deus, com sua intercessão.

Já foram publicados muitos milagres atribuídos ao Padre Libério ao longo dos anos. Vale ressaltar que isto não ocorreu apenas depois que o mesmo faleceu. Nos últimos anos de sua vida em Pará de Minas, ele foi proibido de celebrar missas em igrejas, mas recebeu autorização do bispo da Diocese de Divinópolis para celebrar em sua própria casa todos os dias, além de aspergir água e dar bênçãos. Mesmo com tantos relatos afirmando que os milagres aconteciam por seu intermédio, Padre Libério aos 93 anos dizia que não fazia milagres, apenas rezava e abençoava as pessoas.

Isto pode ser comprovado em matéria publicada pelo Jornal Independente, que circulou em Pará de Minas no dia 11 abril de 1977, com o número 835, edição de 04 páginas que custava Cr$2,00 (Dois cruzeiros). Este jornal estava em seu ano 18, tendo sido fundado em 1959 com o registro de Patente Federal 309.136.

O exemplar utilizado na pesquisa faz parte do acervo do Museu do Padre Libério, em Leandro Ferreira, cidade escolhida para o sepultamento do santo padre.

Naquela edição, o Jornal Independente destacava: “Milagres de um padre de 93 anos. Com a simplicidade e humildade que lhe são peculiares em 61 anos de sacerdócio, o padre Libério Rodrigues Ferreira, um velhinho de 93 anos de idade, e tá atraindo centenas de fiéis em sua casa. Proibido de rezar missa ou dar bênçãos em igrejas, foi autorizado a utilizar sua residência também humilde, para atender os devotos. Magro, de rosto anguloso, bastante marcado pelas rugas do tempo, está sendo apontado como um santo pela população.

Ao benzer água, objetos, roupas e alimentos têm conseguido realizar milagres só atribuídos às pessoas dotadas de um poder espiritual supremo, como peregrino que foi desde sua ordenação em 1916”.

Na mesma edição o jornal acrescentava outros fatos e falas do santo padre:

“Padre Libério apenas benze a água e o milagre realiza. Para o padre Libério, um velho magro de rosto anguloso bastante marcado por rugas de olhos que lembram os traços dos orientais, pois raramente se abrem, cabelos ralos e atualmente brancos, esta afluência dos fiéis já se tornou um elemento comum nos seus 61 anos de sacerdócio. Nascido em Lagoa Santa em 1884 morou lá até os 18 anos, mudando-se para Mateus Leme onde ficou por quatro anos.

Em 1906, chegava a Mariana para estudar no seminário ordenando-se em 1916. Começa aí sua vida de peregrinações e caridade. Foi coadjutor em Pitangui durante oito anos. Depois foi vigário em Pequi por cinco, em Varginha por 10 e Nova Serrana por sete anos e Leandro Ferreira por 19. Finalmente em Pará de Minas, onde já não é Capelão, nem vigário, celebrando missa em sua própria casa com ordem do bispo de Divinópolis, a cuja diocese pertence.

“Ás vezes vou a Divinópolis, onde descanso na Vila São Vicente de Paula, outras vezes vou a Belo Horizonte”, diz o padre, mas já faz bastante tempo que não viaja, pois está muito velho, cansado e doente, apesar de insistir em celebrar missa todos os dias.

Tereza de Freitas, criada por ele desde os nove anos, pois seu pai era sacristão dele, fala sobre o Padre Libério: “muita gente tem alcançado graça por seu intermédio. Sua vida foi sempre humilde e de caridade. Nunca teve nada seu, nunca se importou em ganhar nada.

Tudo que tem, está casa e o que tem nela foi o povo quem deu. E [...] ajuda, dando-lhe donativos para se manter. Vem gente de todo o lugar para falar e pedir graça ao Padre Libério, até Brasília, São Paulo e Rio”.

A missa é uma celebração rápida, pois o padre já não consegue ler muito bem, devido a idade avançada, sendo ajudado por um diácono, que lhe indica as partes da missa e o que deve ler. Ao final há a benção das águas, quando conclama o povo a erguer todos os objetos que receberão as bênçãos. Surgem alimentos, pacotes de sal, farinha, pães e até quadro de santos. Com um tubo desodorante spray ele borrifa água nos mais próximos e a ânsia para receber um pingo de água que cai de suas mãos nesse momento é grande, com todos se comprimindo mais, a fim de chegar mais perto. Após as bênçãos se retira para o quarto e a porta é trancada pois o povo insiste em permanecer lá para falar lhe pessoalmente.

_ “Padre Libério o senhor tem feito muitos milagres? “Eu não faço milagres, eu só abençôo as pessoas. É preciso rezar muito agora na quaresma né? Minha vida não tem nada, a gente não pode lembrar de tudo. Vou fazer 93 anos dia 30 de junho. Se já celebrei em Belo Horizonte? Em muitas igrejas de lá. Eu tenho que celebrar missa em casa né? Não tenho mais igreja, nem paróquia, nem nada. O bispo mandou-me celebrar aqui, porque o povo pede. Mas eu não curo não, eu só rezo e peço para Deus as graças que me pedem”.

Enfermo, Padre Libério faleceu em Divinópolis no dia 21 de dezembro 1980, foi velado em Pará de Minas e sepultado em Leandro Ferreira dia 22 de dezembro de 1980. Mas esta é outra história.

Projeto Resgate Histórico: Alaércio Delfino, Geraldo Rodrigues, Joandre Oliveira Melo. Contato: resgatehistorico@grnews.com.br
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14°) MESSIAS PINTO ALVES morre após acidente com a explosão de um tubo de ensaio atingindo seu rosto.
"Tenho dez horas de vida!" Radicalmente passado este tempo por ele mesmo calculado, morre, cercado dos mais eminentes médicos de cidades vizinhas e da capital e amigos.
Lagoa Santa desmembra de Santa Luzia e torna-se cidade.
Lagoa santa
1938: Lagoa Santa perde um de seus filhos mais dedicados e torna-se cidade.
Morre precocemente o filho do político que mudara a face do povoado. O escrivão Elmon Pinto Alves.
Messias Pinto Alves se detém em sua angustia e toda a família “PINTO ALVES” é cercada pelo duro golpe.

O vereador sente por demais a morte do filho amado, e procura refúgio no silêncio e pouco convívio. Perde em muito o interesse pelas ações políticas.
Mas o povo continua a procurá-lo. Em todos os aspectos.
Convidou um farmacêutico portador de diploma para substituí-lo, mas não se deram bem por motivos de interpretações de receituário.
Metodologia diferente de trabalho aliada a modificação de fórmulas, por trocas de componentes químicos.
Sentiu-se traído.
Dera tanto apoio a tal pessoa.

Evitou comentários. Afastaram-se. Mas não ficaram inimigos. O profissional continuou na cidade.
Reiniciou algumas atividades em farmácia a pedido de amigos que confiavam nele.
Em determinado dia, um de seus correligionários o encontra em seu laboratório onde manipulava uma fórmula muito séria.

E sem o devido recato, conta-lhe uma desastrosa história de largo assunto “politiqueiro”.
Cansado e desistente de “fofocas políticas”, o tubo de ensaio explode em seu rosto. Foi fatal. Ainda que imediatamente médicos, amigos e admiradores se inteirasse desta ocorrência nada se podia fazer.
Muito o vereador entendia de reações químicas.
E exclamou: ( segundo sua esposa dona Albina e filhos) tenho dez horas de vida! E radicalmente passado este tempo por ele mesmo calculado, cercado dos mais eminentes médicos de cidades vizinhas e da capital e amigos, “MESSIAS PINTO ALVES,”deixava o mundo dos vivos.
Ratificava a saga de Lagoa Santa na história da região do Rio das Velhas, onde por dezenas de anos (toda a época da ditadura de Getúlio Vargas no poder ) dedicara sua vida.
Ocorreu uma comoção social.
Era muito novo em idade, e Lagoa Santa devia tudo o que conquistara àquele homem.
Comenta-se que cerca de mil pessoas do povoado e adjacências tenha prestigiado o sepultamento.

EM SEU TÚMULO O POVO DEDICOU A INSCRIÇÃO: ”AO BENEMÉRITO MESSIAS PINTO ALVES A HOMENAGEM DO POVO DE LAGOA SANTA.
Nenhum de seus amigos e correligionários manifestou a vontade de substituí-lo.
Demonstravam demais a dor de perdê-lo.
Entre a famílias que lhe eram dedicados há de se lembrar os corajosos “MARIMBEIRO”.
Muitos opositores insinuavam que os mesmos obedeciam ao vereador com tanta fidelidade que seriam capazes de “qualquer” atitude a mando do mesmo.
Nunca se registrou nenhum fato que justificasse tal comentário com conseqüência desastrosa.
E ao morrer inscreve Lagoa Santa muito mais nas mãos da história: Lagoa Santa não poderia ficar
acéfala.



SOLUÇÃO: Emancipar o povoado.

Ano de 1938 LAGOA SANTA ( desmembramento da comarca de Santa Luzia pelo decreto lei número 148 de 17 de dezembro) se emancipa e desmembra de Santa Luzia - Transforma-se em cidade: CIDADE de “LAGOA SANTA.”
Mas ainda totalmente dependente de Santa Luzia pela Comarca DO “RIO das VELHAS.”
Iniciaram mudanças necessárias, entre elas a mais importante :nomear imediatamente um prefeito para o ex povoado. E, concernente a tal, todas as organizações necessárias ao conjunto de uma estrutura de prefeitura.
LAGOA SANTA, foi criada pelo decreto 17 de dezembro de 1938, quando passou de arraial (povoado ) de Santa Luzia, Comarca do Rio das Velhas , província de MINAS GERAIS.( termos de época).
Minas Gerais tem como governador Benedito Valadares.
O mesmo, tendo em vista a emancipação nomeia o primeiro prefeito com respectiva responsabilidade uma vez que desaparece o cargo eleito de vereador do Rio das Velhas.
Nenhum lagoasantense, foi consultado.
Os amigos de Messias não aceitaram uma disputa desleal. . Lagoa Santa cái em mãos de pessoa pouco conhecida de sua vida simples.
Segundo a história , nada consta que tal prefeito tenha mostrado qualquer trabalho que pudesse ser lembrado como melhoramento para o ex povoado. Atual cidade. Com uma significante diferença: Antes para um eleito, e colaboradores voluntários. Idealismo.
FAMÍLIAS: Manoel de Paula Pereira de Carvalho, Francisco Rodrigues Gomes, Dolabela Portela, Tristão Mariano, Antonio Fernandes, Lindolfo Viana, família Severiano, Freitas , Gonçalves, Ferreira, Batista Machado, Sabino, Moura, Cadete, Rezende, amigos do vereador, aceitam continuar em cargos relevantes. Eram sobretudo filhos de Lagoa Santa! Ocupavam cargos delegados de polícia, juízes de paz, inspetores escolares,( e membros de associações religiosas).
Muito Lagoa Santa deve a estas pessoas e suas famílias. Mas nenhum assimilou qualquer cargo eleitoreiro.
Familia de imigrantes só muito mais tarde tornaram-se políticos. Contudo se mostraram progressos no comércio e empresas.
fonte: Marlene Luzia Viana, profesora, pedagoga, diretora escolar, escritora, artista plástica, ex presidente do “Lions Club”de Lagoa Santa.
D. ZEZÉ família Santos e Carvalho, carinhosamente conhecida como “CALABOUCA” Francisco Pereira. Lagoa Santa.
Produção, correção de texto e ilustração : www.lagoasanta.com.br
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13°) ,A importância do município de ter um cartório,
Há de se lembrar que Lagoa Santa, permaneceu por grande tempo sem registros de nenhum porte! Alguns através da igreja, pendente a permanência de um religioso . Nem sempre havia esta autoridade em um povoado. (ou arraial).
A importancia do municipio de ter um cartorio,
Através do sistema de registros públicos tem-se a segurança jurídica de todos os cidadãos, é a segurança dos diversos atos praticados e dos diversos fatos jurídicos que acometem às pessoas ao longo de suas vidas. Vejam, por exemplo, o serviço de registro civil das pessoas naturais. Neste serviço são registrados os atos e fatos jurídicos mais importantes na vida da pessoa, como o nascimento, a emancipação, o casamento, a separação, o divórcio, a interdição daqueles que, por qualquer motivo, perderam a capacidade de discernimento, e a morte.
Há de se lembrar que Lagoa Santa, permaneceu por grande tempo sem registros de nenhum porte!
Alguns através da igreja, pendente a permanência de um religioso. Nem sempre havia esta autoridade em um povoado. (ou arraial).
Muitos, portanto esquecidos!
1888: é instalado o registro civil no Brasil.
Lagoa Santa tem seu próprio cartório.
Os dois primeiros responsáveis por cartórios
João de Freitas Caldas 1888.
João Batista Gonçalves Couto 19000 a 1903. José,Américo Fonseca Coutinho até 1933, cálculo aproximado), substituído por Elmon Pinto Alves,( filho de Messias Pinto Alves).
1933: O tabelião concursado é Paulo Ferreira da Costa, genro de Messias Pinto Alves
Interinamente exerceu o cargo José de Paula, que se graduou-se em engenharia e ocupou alto cargo na “Light”, S. Paulo, O tabelião de Lagoa Santa passou a ser Otávio Coelho Magalhães.

Um único cartório tratava de todos os assuntos registros. Eram averbados em Santa Luzia devido a dependência dessa cidade, mesmo já emancipada.
Necessitava de uma comarca.
ano de 1978: Uma vez estabelecida a comarca com seus respectivos juízes e promotores, os cartórios trataram de seus assuntos específicos. O Cartório Camilo, de notas, registros, óbitos, protestos , assuntos extra judiciais ficaram ao encargo do Tabelião Ernany Camilo.
O cartório de Registro de imóveis , Cartório Ferreira da Costa, dirigido por Otávio Coelho Magalhães.
E o cartório de assuntos eleitorais , ligado ao fórum local sob a responsabilidade de um juiz sediado na Comarca.
HISTORICIDADE:
Primeiro Certidão ou Assento de registro de nacimento: Euclides da Costa Viana.
... nascido em 02 de janeiro de 1889... filho legitimo de João da Costa Viana e sua mulher dona Ana Aurora de Oliveira
Padrinhos: Daniel Araujo Valle, negociante e sua mulher Maria Araujo Valle... residentes neste arraia...
Foi administrado o sacramento do batizado o Padre Vigário José dias Costa.Lavrado pelo escrivão interino João de Freitas Caldas
10 de janeiro de 1889..
Euclides da Costa Viana casou-se com Helena Augusta de Matos em 10 de junho de 1922.. lavrado no livro 03B fls 152 termo 02223-03.
Juiz de paz: João da Costa Viana.
Rubrica do livro: Joaquim Rodrigues Gomes ( delegado fiscal conforme época
Primeiro óbito : Arlindo Seuves, menor declarado por Odorico Seuves.
Primeiro casamento: Idalina Mariana . declaração de casamento ocorrido em religiosidade,
Com finalidade de averbação civil.(não se registrou o nome do marido.) o casamento ocorrera muito antes de 1889.
Cartório Ferreira da Costa:: Otávio Coelho Magalhães:

Primeiro registro de imóvel:
Nossos livros de registros religiosos se encontram na” Cúria Metropolitana”, onde o acesso é fácil. Lá se encontram toda a nossa história de registros “possíveis” quando a igreja era a única fonte, desses registros . Alguns livros muito danificados pala ação do tempo, e, cupim. Pesquisas revelaram que tais livro foram encaminhados à Cúria para maior proteção do acervo, pois a não havia segurança para guardá-los. Páginas e páginas perdidas!
UM POVO QUE NÃO VALORIZA SUA MEMÓRIA É UM POVO QUE NÃO TEM HISTÓRIA. UM POVO SEM MEMÓRIA SEM HISTÓRIA, É UM POVO QUE NÃO EXISTE!

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12°) , Ano de 1914: acontece a tão esperada inauguração do Grupo Escolar Dr. Lund. Enfim, há uma escola digna em Lagoa Santa. Méritos a quem lutou por ela, quer de forma direta ou indiretamente.
Ano de 1914, a tão esperada inauguração do Grupo Escolar Dr. Lund
O governo de Minas Gerais e toda a comunidade de Lagoa Santa inauguram o Grupo Escolar Dr. Lund.
A população não se continha de tão rara alegria. A esperada inauguração do necessário “Grupo Escolar”.
Mesmo os alunos que recebiam aulas de professores idealistas seriam admitidos no educandário. Era destinado a todos os jovens de Lagoa Santa. Todos receberiam um sonhado diploma! Muito amor pela espera. Um grande passo para o povoado.
1914 - Solene inauguração. Toda a população se manifestou; o povo não teve participação na escolha do nome.
O governador o denominara ”GRUPO ESCOLAR Dr. LUND”, e, a partir de tal decisão, o Largo da Matriz passa a ser reconhecido como “PRAÇA DR. LUND”.
Segundo logradouro público a receber nome de pessoa no povoado. Segue texto do “LAGOA SANTA’, (jornal da época se referindo à inauguração do Grupo Escolar – documento copiado na íntegra)
Com a presença do Cel. Modestino Gonçalves, do Deputado Estadual, Antônio Gomes Horta, do
Inspetor Escolar e muitos outros representantes do governo, inaugurou-se o Grupo Escolar desta localidade.



Todos os vastíssimos salões do Grupo estavam artisticamente adornados com flores naturais e durante todo esse dia grande massa popular postara-se defronte do festivo prédio.
Às 11 horas, precedidos da banda de música local, ficaram na entrada do salão principal do Grupo Escolar os dois cavaleiros acima referidos, além dos Srs. Manoel de Paula, inspetor escolar, Messias Pinto, vereador do distrito, Cel. Joaquim Tiburcio, Presidente da Câmara e muitos outros cidadãos cujos nomes nos escapam a memória.
Neste momento, um grupo de gentis senhoritas, ostentando ricas ‘TOYLETTES’ armavam ala à passagem dos ilustres personagens.
Dada a palavra a senhorita Marieta Starling, digna professora do grupo escolar, esta salientou o importante melhoramento que acabava de ser dotada Lagoa Santa, elogiando os exmos Srs., Modestino Gonçalves, Antonio Horta, Joaquim Tiburcio, Messias Pinto Alves, e a banda de música Santa Cecília.
Seguiu com a palavra Dirce Dolabela, expondo seu entusiasmo aos três mestres dirigentes do município que tão empenhados se mostraram pela criação do grupo escolar. Agradeceu em frases brilhantes.
Eloqüência a cada referência das simpáticas oradoras, os Cels. Antonio Horta e o distinto amigo Benjamim Alves da Silva.
Depois de erguerem muitas palmas aos governos do Estado e do Município, e de belos recitativos pronunciados pelas meninas Georgina Alves, Carmelita, Helena Siuves, Elias Chalita, Menininha, e Luiza, fechou aquela significativa e inesquecível festividade a leitura da ata que foi por todos assinada.




A filarmônica local, durante toda a festa inaugural do grupo escolar, tocou peças musicais do seu vasto repertório.

Todos os representantes do Município seguiram para o hotel de D. Josefina de Matos Viana, onde lhes foi oferecido um lauto jantar, regado a cerveja. Aí, tomou novamente a palavra nosso presado amigo Benjamim A. da Silva, que brindou à diretora do grupo, Cecília Dolabela, que respondeu emocionada.
À noite, a banda Santa Cecília, precedida de populares, visitaram a Exma diretora do grupo escolar Dona Cecília Dolabela, as professoras Dona Marieta Starling, Dona Julia Chalita, Dona Antonieta de Oliveira, e Dona Elce Coutinho.
Devido à carência de espaço, deixo de fazer referência a pormenores desta visita, cujo brilhantismo excedeu a expectativa.
O ‘Lagoa’, (jornal) congratulando com os lagoasantenses por mais “ESTE IMPORTANTE MELHORAMENTO” deu calorosos parabéns ao representante do distrito, Messias Pinto, pelo feliz êxito com que foi coroado na realização deste sonho de nossos antepassados.


Clique no na figura ao lado, e leia o Registro do Imovel da casa do Lund, adquirida pelo Estado de MG, para a construção do Grupo.
Reflexão histórica: Em nenhum momento foi registrada uma referência ao antigo morador do antigo prédio: o cientista dinamarquês Peter Lund! Muita festa e nossa história abandonada!
ENFIM, passa a existir uma escola digna em Lagoa Santa. Méritos a quem lutou por ela, quer de forma direta ou indiretamente.
De longe, Albina e Maria Clementina se mostravam felizes. Realizações da alma.
Dotadas de valores internos que integram a pessoa humana. E, seus filhos seriam sem dúvida alunos do educandário tão almejado! Não importavam o espetáculo! Foram afinal as principais protagonistas desta façanha. Lutaram pelo educandário. E conseguiram.
Não se tem notícias que o governador tenha vindo à festa. Mas viera prometê-lo. Alegrias da alma!
Fontes: Albina Luisa de Jesus. Aluna de”minha Mestra Cota”e, esposa de Messias Pinto Alves
D. Biinha, Maria da Ascensão Correa (família CORREA).
Marlene Luzia Viana (professora, diretora escolar, escritora, descendente do Bandeirante Felipe Rodrigues)
Celma Rodrigues- advogada, diretora pedagoga compositora- filha de Maria Clementina de Jesus. Família do Bandeirante descobridor da cidade.
Marlene Luzia Viana- professora, pedagoga, diretora, escritora. Família do Bandeirante descobridor da cidade.
Diva de Paula Tolos, professora, diretora, pedagoga. Sobrinha de Messias Pinto Alves
Maria Albano Dolabela (MARIINHA) família Dolabela (fazenda das Veredas Lagoinha de Fora)
Maria Helena Dolabela- (por intermédio de Marieta Albano Dolabela) Belo horizonte.

08 de dezembro de 2009 - enviado por Maria Marilda Pinto Correa
Produção, correção de texto e ilustração : www.lagoasanta.com.br 
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11°) “CONDE DOLABELA”, proprietário da fazenda S. Sebastião, na localidade de Lagoinha de Fora. Seu nome foi dado a primeira rua a receber um nome de pessoa em Lagoa Santa! E foi o povo quem a denominou! Em homenagem a rua da Várzea, local de passagem da comitiva do Conde Dolabela, sempre era um raro espetáculo de pompa que durava horas.
Quem passa pela imensa distância que lembra um nome de monarquia e atravessa toda a Várzea até atingir a curva que chega na fazenda às margens do Rio das Velhas, está fazendo o mesmo percurso que antes o fazia Alfredo Dolabela, o senhor que recebeu o título de “CONDE DOLABELA”, proprietário da fazenda S. Sebastião, na localidade de Lagoinha de Fora.
Tornou-se muito rico, com trabalhos de mercantilismo. Mandara construir uma imensa morada às margens do Rio das velhas, extremando com Santa Luzia.
Neste local, mostrou sua visão de homem de negócios, descobrindo uma mina de ouro. A única fazenda de Lagoa Santa que mostra a opulência de um verdadeiro proprietário de casa elegante, tipo rico de ”Brasil Colônia”, embora tenha sido edificada após a época colonial.
Teria erguido sete Oratórios (igrejas) elegantes para a Igreja Católica Apostólica Romana, o que
teve grande influência em seu título de “Conde”. Em Lagoa Santa registra-se a construção da Igreja de Santo Antonio, no citado distrito. Sem nenhuma opulência. Muito bem cuidada pelos fiéis. Segundo comentários de parentes seus, era filho exemplar, e tinha alto conceito de família. Com suas primeiras economias presenteara sua mãe com elegante casa muito bem situada em Belo Horizonte. Era muito solícito para com os irmãos.
Enquanto enviava o ouro bateado em seus domínios por via do Rio das Velhas, levados por pessoas que lhe prestavam serviços de muita confiança, fazia seu trajeto pela Rua da Várzea. E sua tropa era tão expressiva que, quando passava com tantas pessoas e animais, chamava a atenção dos moradores pela demora de sua ocupação na rua. Comentam os antigos moradores que, segundo seus pais, a passagem da comitiva do Conde Dolabela era um raro espetáculo de pompa que durava horas. Tanto era o que levava para sua viagem e a cena de tal acontecimento, que o povo ficava ansioso pela sua volta.
Todos ficavam à frente de suas casas para assistir a passagem de tão diferente pessoa. Impressionava a imaginação dos demais. Pessoas de outras partes da cidade iam assistir. Era um fenômeno! Lagoa Santa inteira participava!
Então a Rua da Várzea passou a ser denominada a rua da comitiva do Conde, e, mais tarde, Rua do Conde Dolabela, e, enfim, Rua CONDE DOLABELA.
De temperamento arredio a Lagoa Santa, teria participado nas construções das igrejas a pedido de sua irmã, Cecília Dolabela.
“Pela pobreza que o povoado mostrava e sua condição de titulado, bem como o majestoso estilo de sua” ”Casa Grande e Senzala”, uma Capela interior, destinada a exercícios religiosos em família e uma igreja bem junto à fazenda muito bonita e acolhedora, para o ponto religioso, que se destinava às pessoas de seu entorno.
Atualmente, o casarão da fazenda é residência particular, cuja família mostra sentido de grande privacidade. Em suas terras há um “haras” onde se praticam equitação com torneios de rara elegância.
1938. Após a perda prematura de seu muito estimado filho, Conde Dolabela deixa seu convívio entre os mortais. E mostrou-se generoso com os que trabalharam com sua pessoa, deixando bens de sua sesmaria a seus serviçais, que se tornaram proprietários das terras onde ajudaram a construção daquela fortuna.
Pessoas da região lúcidas e com tempo salutar de vida ainda lembram-se da passagem de sua comitiva e recordam-se com saudade de tal maravilha!
É a primeira rua a receber um nome de pessoa em Lagoa Santa! E foi o povo quem a denominou!
O povoado continua com sua luta por dias melhores.
Dr. Lund, cientista de valor internacional, não deixara em Lagoa Santa o legado de uma escola.
Cônego Calazans Correa, filho da terra e ordenado em Mariana, tampouco preocupou-se com um povo que crescia apenas soletrando palavras! E ocupara o cargo de religioso do primeiro colégio para moças em Minas Gerais: Macaúbas, magnífica construção em Santa Luzia! Além de convento, era colégio. É ponto turístico da região.
Conde Dolabela, homem de prestígio e fortuna, também não tivera esta preocupação.
__... Uma Escola é de fundamental importância !
Complementação: enviada por Rosângela Albano, arqueóloga, descendente da família Dolabella, moradora na Fazenda Veredas.
O sobrado da fazenda "SÃO SEBASTIÃO" foi construído pelo Major Frederico Antônio Dolabella, que veio do Rio de Janeiro, para participar da revolução com o Duque de Caxias.
O Major Frederico, recebeu do Imperador do Brasil, uma grande sesmaria que são as terras vindas da margem do Rio da Fazenda dos Pilões, onde se depara com um "mata burro", que se atravessa até chegar Lagoinha de Fora. As terras onde está Lagoinha de Fora foi doada pelo major desde 1888.
Alfredo Dolabela o Conde Dolabela herdou junto com vários irmãos as terras e, ficou com a parte onde se instalou o sobrado.
“A estrada de terra que é segmento da Rua Conde Dolabela segue até o Rio das Velhas, foi denominada ‘ESTRADA DO IMPERADOR”, porque na mesma passou por ali, por estar indo até a Fazenda S. Sebastião.
Tais informações estão citadas no livro do escritor Richard Burton "VIAGEM DE CANOA DE SABARÁ AO OCEANO ATLÂNTICO."
Neste livro ele cita as plantações de algodão do citado Major, às margens do Rio das Velhas.
Rosangela Albano - enviou em 09/02/2010.
Torna-se obstinação de D. Albina a valorização de empreendimento tão necessário: Um Grupo Escolar, como era a denominação na época!
1912-1914-Minas é governada por Bueno Brandão.

Messias recebe a visita do governador e reúne-se com seus correligionários. O assunto gira em torno da parceria e apoio entre ambos. D. Albina prepara a deliciosa refeição.
Reconhece em Maria Clementina, grande amiga, que junto à mesma ajuda no preparo esmerado de variedade de pratos de comida mineira.
Está pronto o “ajantarado”; muito raro almoçar neste horário! Quase duas horas da tarde!
Está sempre a despachar o almoço diário, às dez horas. A lida no trabalho exigia!
Sentam-se à mesa e as mulheres acompanham seus maridos.
O governador elogia o magnífico tempero.
E diz dirigindo-se ao vereador: CEL MESSIAS: O que o senhor quer que o governo do Estado faça para Lagoa Santa?
Albina e Maria Clementina se olham. (Esta, cujo esposo tem o sobrenome do bandeirante, descobridor do povoado: Sr. Francisco Rodrigues Gomes, mais conhecido por Chico Rodrigues, que muito participou da vida social e política, ocupando cargos de destaque junto a Messias Pinto Alves) esperam pela resposta do líder.
O vereador se mostra pensativo. Albina fica com o coração a palpitar. Mulheres acompanhavam seus maridos, porém, era difícil assistir a um comentário feminino.
Mulheres não participavam dos diálogos. A elas não era dado o direito de votar àquela época! Mas Albina não se contém. Olha fixo para o marido e arrisca seu palpite: Senhor governador, necessitamos de um “GRUPO ESCOLAR”. A amiga Maria Clementina é solidária para com a amiga. D e suas mãos, pelo seu coração, ouve-se vigorosa salva de palmas, que é acompanhada pelos presentes. Inclusive os cavalheiros!Cecília Dolabela está presente e é professora em Lagoa Santa. Tímida, não se manifesta. Mas aprova. Muito precárias as condições para ministrar as aulas. Um local em ruínas! Faz-se necessário uma construção para abrigar todos os alunos e oficializar documentos.
Evidencia-se aí a primeira participação da mulher na história de Lagoa Santa: D. Albina e Maria Clementina! E, muito bem recebida pelas autoridades! Ao lado de homens fortes, mulheres inteligentes e audaciosas.
1932- a mulher conquista direito do voto! Dezoito anos mais tarde.
Albina e Maria Clementina ousaram antecipar os direitos da mulher na história! E foram respeitadas.
A estrada que liga o povoado à capital é cheia de curvas. E muita poeira. Muito tempo de viagem ainda que se apresente a elegância do automóvel.
Despedindo, o governador dirige-se a D. Albina e garante: - SENHORA, peça ao senhor seu marido o terreno e mandaremos construir o Grupo Escolar.
Despedidas com sabor de alegria, todos aguardam onde será construída a escola.
Melhor seria no Largo da Matriz.
D. Albina tem uma solução: A casa onde morou o cientista está precária para suportar uma escola. Em ruínas. Tentaram consertá-la. Mas era pequena demais.
Procura a autoridade religiosa da época e obtém do mesmo como conseguir contato com Padre Corrêa, em Congonhas do Campo. É ele o responsável pelas terras do Cônego Calazans
Correa. Obtida a resposta é enviado um emissário a fim de conseguir o terreno.
Padre Correa (CONGONHAS DO CAMPO) não dificulta a entrega. Imediatamente manda a ordem de construir a escola em tal local.
“O emissário retorna com mais um representativo SIM”.
Documentos são entregues ao Governador.
Messias acerta à custa e inicia a construção do tão almejado “GRUPO ESCOLAR” no Povoado. Ainda que tenha sido grande o empenho, ninguém se preocupou em conservar um MÍNIMO DETALHE da residência do ilustre morador. Nem em réplica! Há tempos ocorrera seu falecimento.
Muito rara uma notícia das irmãs de Messias, que foram para Dinamarca. Maiores contatos eram feitos a seu irmão João, fazendeiro em Santa Margarida.
De pouco conhecimento em Lagoa Santa, o valor do trabalho de Peter Lund no local onde vivera, sua casa é substituída por uma arrojada construção para a época.
O país está sob o impacto do primeiro governo constitucional, chefiado por João Pinheiro.
Leis promovem a reestruturação da nação brasileira. Muitas mudanças.
Obs. Segundo dados do Arquivo Público Mineiro, Dr. Lund teria sido “grande educador”, promovendo estudos e “alargando” as mentes de crianças e jovens em Lagoa santa. Fica aí uma corrente de opinião. Afinal, era estudioso de fauna e flora , como também de paleontologia, e não há evidências de sua convivência com o povo. São correntes de opiniões.
Respeitáveis! Não coincidem com depoimentos do povo. Tal modo de convivência não modifica o imenso valor de suas pesquisas científicas.
Nossa saga tem fundamentos de pesquisas a depoimentos, pelo tempo de D. Albina e D. Maria Clementina. Endossadas por moradores da cidade que assistiram a emancipação do povoado.
Ambas foram conhecidas por muita gente que a está entre nós.
D. Albina faleceu em 1960.
Para melhor situar, Maria Clementina é mãe de Dra. Celma Rodrigues que ocupou em Lagoa Santa o cargo de professora e diretora escolar. É advogada e autora do “hino” a Lagoa Santa. Maria Clementina deixou nosso convívio em 1966.
Ambas deixaram em Lagoa Santa netos que honram seus nomes.



 
A partir deste capitulo o Grupo Dr. Lund passa a fazer parte da nossa historia.
 
Fontes: Albina Luiza de Jesus (Machado Pinto Alves). Esposa de Messias Pinto Alves.o vereador
Maria das Ascensão Correa Nassif- Falecida aos 105 anos em 2004(PLENAMENTE LÚCIDA)
Márcia Mangerotti- Diretora da Escola municipal Dr. Lund antes denominado “Grupo Escolar Dr. Lund.”
Arquivo Público Mineiro.
Pesquisas ao povo de Lagoa Santa.
Celma Rodrigues- advogada, diretora pedagoga compositora- filha de Maria Clementina de Jesus. Família do Bandeirante descobridor da cidade.
Marlene Luzia Viana- professora, pedagoga, diretora, escritora. Família do Bandeirante descobridor da cidade.
Diva de Paula Tolos, professora, diretora, pedagoga. Sobrinha de Messias Pinto Alves
Maria Albano Dolabela (MARIINHA) família Dolabela (fazenda das Veredas Lagoinha de Fora)
Maria Helena Dolabela- (por intermédio de Marieta Albano Dolabela) Belo horizonte.

-Produção, correção de texto e ilustração : www.lagoasanta.com.br

Há de ressaltar que toda história de qualquer época e local oferece pontos divergentes.
É MUITO BOM. PROMOVE PESQUISA. ENRIQUECE A HISTÓRIA!
Toda fonte de pesquisa leva o povo a estudar. E é muito bom a existência de estudos comparativos.
Uma verdade não se apóia em um único fato ou uma só pesquisa.
“Um povo que não tem memória é um povo que não tem história. Um povo sem história e memória é um povo que não existe”
-PROCURE CONHECER SUA HISTÓRIA. ANALISE E PESQUISE. PONDERE! OFEREÇA FATOS. EM TODA HISTÓRIA E ESTÓRIA HÁ PONTOS A PONDERAR E COMPARAR. PARTICIPE! É SUA HISTÓRIA. E SUA HISTÓRIA É A HISTÓRIA DE UM POVO! LEGADO PARA SEUS SUCESSORES.
TOME UMA POSIÇÃO HISTÓRICA NA TERRA QUE O ACOLHE.
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10°) As lideranças políticas de Santa Luzia , na pessoa do correligionário Modestino Gonçalves, prestigiam Messias Pinto Alves . Ocorre facilidade do vereador de Lagoa Santa comunicar com o governador. “Naquela época tal cargo, ‘vereador” correspondia à categoria de “prefeito” na região.
Ano de 1897, nesta data a capital de Minas deixou de ser Ouro Preto, houve a inauguração de Belo horizonte. Elevada à categoria de Município, esta cidade passa a ser a capital de Minas Gerais. A Câmara do Rio das velhas fica próxima à mesma. As lideranças políticas de Santa Luzia , na pessoa do correligionário Modestino Gonçalves, prestigiam Messias Pinto Alves . Ocorre facilidade do vereador de Lagoa Santa comunicar com o governador.
“Naquela época tal cargo, ‘vereador” correspondia à categoria de “prefeito” na região. Lagoa Santa era dependente de Santa Luzia. Todos os registros do povoado, submetidos à cidade vizinha. Tal situação permaneceu por muitos anos!
Pela historicidade, e pelas primeiras passagens terem sido feitas pelos bandeirantes, a capital se comunicava com cidades históricas do norte do Estado, como, Conceição do Mato Dentro, Ferros, Teófilo Otoni Guanhães por via de estrada passando por Lagoa Santa.
Tal fato facilitava a possibilidade de chegar à capital, porém com demanda de tempo muito difícil. O meio de transporte era a cavalo. (lombo de burro).
A esse tempo, adjacências do “Largo da Matriz” continham poucas casas. Um cálculo de 60 moradias aproximadamente. Duas casas de comércio para fornecimento básico.
Para o local hoje denominado “Várzea”, menos casas, mas melhor local de compras, sendo a maioria em casas particulares. A lagoa sem nenhum traçado no seu entorno, era fundo de quintal, de casas da Rua da Várzea. Em época de chuva, misturavam-se os terreiros. Flora e fauna exuberante. Clima muito salubre.
Muito do se necessitava era fornecido por pequenos vendedores, que forneciam produtos em residências, como queijos, frutas, rapaduras, fubá, farinhas. Tudo de fundo de quintal.
A freguesia era certa. Extinguira a forma de comércio de “BARGANHA”.
Messias sentiu a necessidade de estimular lideranças locais, e procurou por pessoas, os quais lhe demonstraram imensa boa vontade. Todos investiram em alguma forma de ajuda.
O povoado já se mostrava, aos poucos, alguma diferença!. Nos arredores, Cel. Messias procurou famílias que hoje, seus membros são os alicerces da cidade.
Dr. João Azeredo Coutinho Portela, casado com Cecília Dolabela, adotara a cidade como morada. De formação religiosa católica, percebe a necessidade de reconstruir a igreja de N. Senhora da Saúde, feita pelos primeiros moradores. Junto com o líder do povo, fazem parcerias com todas as famílias da região e, promovem a reconstrução da Igreja de N. S. da Saúde. Inclui-se aí os adeptos de seu antagonista e irmão, Benjamim. Toda a população se manifestou e muito trabalhou pela causa da matriz. Para reformá-la, o mérito: não mudam o estilo da antiga casa de oração. (Mais tarde demolida).
Percebem também a precariedade da “Igreja do Rosário, e, junto com as mesmas lideranças, de muito boa vontade, promovem a sua reconstrução. Como fala a história as Igrejas dedicadas a N. S. do Rosário são edificadas em homenagem à protetora do afro descendente, na qual são celebradas as Festas de Congadas.
Também edificada em parceria com o povo, a igreja de Palmital, com a valiosa ajuda das famílias dos fazendeiros Joaquim Gonçalves (Gonçalvão) e Raimundo Henriques de Freitas, conhecido como (Raimundo Tamboril), dado a grande mata desta árvore em sua fazenda.
Para outra igreja, a de N. S. do Perpétuo Socorro, todo material necessário foi doado pela família Dolabela Portela. E, a construção em parceria com o povo
Comentavam os conhecidos que junto a Messias, João Azeredo Portela, parodiando o Conde Dolabela, que houvera construído sete oratórios em Minas Gerais, reformaria ou construiriam sete igrejas, em Lagoa Santa. Todas em parceria com o povo.
Nenhuma das igrejas, construídas ou reformadas, receberam obras de arte.
Comenta-se que toda a parte de madeira tenha sido feita pelo próprio Messias o qual
demonstrava grande habilidade como torneador de peças em madeira, como a “mesa de comunhão, e altares, trabalhados em “enxó”, com entalhes simples. Não havia arte. Havia habilidade. e, boa vontade.
Ambos faleceram antes de cumprir o idealizado.
Lagoa santa não tem o perfil de fazendeiros escravocratas. Os descendentes de escravos que aqui se estabeleceram, foram por motivo de escolha para e viver. Vieram de fazendas próximas, e, se estabeleceram aqui. Mas não houvera trabalhos forçados em Lagoa Santa.
Sabe-se que duas Fazendas da região, possuíam senzalas. A do Conde Dolabela (Fazenda S. Sebastião) e a Fazenda do Saco, (hoje Morada dos Pássaros).
Mesmo pela época. A abolição da escravatura ocorreu em maio de 1888.
Na região do “Mandí” ainda se observa um quilombo. Com formações de pedras feitas por mãos humanas, em um salão de uma lapa. Está em terreno particular. Contudo, indica que foi para permanência de escravos libertos da região de Santa Luzia, e, outros locais muito pertos.
Segundo pesquisas, moradores destas “SENZALAS” eram descendentes de escravos e que os fazendeiros construíam moradias para os mesmos, bem junto à sede da fazenda, facilitando a lida no trabalho.
E, possuíam independência relativa de seu patrão. Tinham sempre Igreja própria.
Em se referindo a Fazenda do Conde Dolabela, foi possivelmente a única lavra de ouro que se registrou em Lagoa Santa, e, o transporte deste rico minério era feito pelo leito do Rio das Velhas. E comercializado na Fazenda das Minhocas. Era mais fácil o trajeto pelo rio, usando embarcações. Esta fazenda funcionava como uma espécie de “PÔRTO”, para passagens de mercadores. Era um ponto estratégico na região.
Tal ponto de compra e venda, foi-se extinguindo, devido à facilidade que a nova capital oferecia.


Fontes de consulta:
Waldemar de Almeida Barbosa- Historiador
Rosângela Albano Silva arqueóloga –família Dolabela
Albina Luisa de Jesus- (Machado Pinto Alves- esposa de messias Pinto Alves
Maria da Acenssão Correa (Nassif)- Biinha
D. Zezé Santos Carvalho- (família Calabouca)- Moradora em Francisco Pereira
-Produção, correção de texto e lustraçao : www.lagoasanta.com.br

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9°) No inicio do seculo XIX, o povoado necessitava de “TUDO”! Era muito difícil conseguir a água de consumo doméstico. Subidas da lagoa com latas de água cansavam demais. Idealizou então a primeira rede de fornecimento de água limpa, vinda de terrenos pertos e construiu um chafariz no Largo da Saúde!

LAGOA SANTA,
Uma nova Época
Fim de 1800: Mestre Bruno segue com a família para a capital. Seu genro, Pedro Dinamarquês, como era chamado no povoado, e barão pela monarquia dinamarquesa, desenvolve estudos na Escola de farmácia de Ouro Preto. Era o farmacêutico de Lund. Tem seus últimos dias no Brasil. É sepultado naquela cidade. O músico da Banda Santa Cecília e sua família seguem para a Dinamarca onde são assistidos pela monarquia. Falece na Europa e é sepultado na terra de Peter Lund.
Messias, seu filho, é destinado à Escola do mestre Mário Correa, com o qual se incompatibilizou desde o primeiro dia de aula. Teria irritado o mestre e recebera uma “palmatória”.
Recusou-se a retornar as aulas. Melhor destino o compensaria.
É enviado a principio para a Fazenda das Minhocas, e, imediatamente, para a fazenda de seu irmão, João, na região da cidade de Santa Margarida. De inicio, o irmão percebe sua imensa vocação para fito-terapia e o coloca em trabalhos com farmacêutico amigo.
Messias não se contentava apenas em trabalhar como ajudante. Transforma-se em autodidata e adquire livros ousados na época em assuntos de farmácia. Estuda o livro de Chernovis e outros autores em patologia clínica, atlas de anatomia, manuais de farmacologia e fisiologia, adquire conhecimento profundo em tratamentos. Estuda semiologia. Promove uma farmácia no povoado. Pretendia ser reconhecido como farmacêutico em Ouro Preto.
Dos dados de “origens” comenta-se de uma parente muito próxima, que teria se graduado em farmácia naquela cidade. Não se entende bem se uma irmã mais velha ou tia. Tantos exemplos poderiam ter-lhe influenciado a vocação.
Ao tentar entender a idéia formada dos dados dinamarqueses, foi mais compreensível uma “linhagem” de pessoas brasileiras, que se casaram com membros da monarquia dinamarquesa e que foram para Dinamarca, além da posição dos que ficaram.
Para Lagoa Santa, era de imperiosa necessidade um homem de pulso feroz, para inverter a posição de um povo tão acanhado!
Viajara, conhecera métodos políticos e vida mais audaciosa!
A exigência do povo falou alto em sua consciência.
Entra definitivo para a vida política! Em contato com as lideranças da região do Rio das Velhas, é recebido com simpatia pelos correligionários. Inicia sua carreira política. Entra em contatos com médicos de renome na vizinhança. Recebera médicos belgas e o próprio rei DOM ALBERTO da BELGICA, quando é recebido pelo mesmo em sua residência.
Impressiona-os com seu vasto conhecimento.
Reúne-se constantemente com os que se tornaram grandes amigos.
E torna-se além de político, o procurado para tratamentos.
Era sem dúvida o homem mais respeitado no povoado.
Paralelismo implacável!
TORNA-SE ÍDOLO DO POVO!
O povoado necessitava de “TUDO”! É muito difícil conseguir a água de consumo doméstico.
Subidas da lagoa com latas de água cansavam demais. Havia grande demanda de reclamações de dores pelo sacrifício da busca de água. Idealizou então a primeira rede de fornecimento de água muito limpa, vinda de terrenos relativamente pertos e construiu um modesto, mas muito proveitoso, chafariz no Largo da Saúde! Foi aclamado, principalmente pelas donas de casa. Muito do cansaço se extinguira. Era político e curador de doenças; fazia pequenas cirurgias; aliviava pessoas, sempre em concordância com um médico amigo reconhecido na região: Dr. José de carvalho, autoridade em medicina em Pedro Leopoldo.
Recebia autoridades, muitos médicos, curandeiros, farmacêuticos, parteiras, e pessoas que procuravam Lagoa Santa para aqui se estabelecer.
Casou-se com Albina, cujo nome de família seria “MACHADO”, pelo pai, oriundos de Santa Catarina. Instalaram-se primeiramente em Sabará. Sua mãe era da família Neri e Oliveira, da região de Paraopeba. Vieram poucos do sul e nunca se soube de alguma comunicação. Nem com os que aqui ficaram.
Por devoção, seus pais a batizaram com o sobrenome “Luisa de Jesus”. Ao se casar com Messias Pinto Alves, preferiu o nome de fé escolhido pelos pais.
Fora aluna da “MESTRA COTA” e, embora surgissem professores muito queridos no povoado, seu grande sonho era uma escola oficializada, cujos alunos poderiam obter um diploma.
Com o esposo formou numerosa família.
Por ironia, o maior inimigo político era o irmão, o qual residia em sua própria casa.
Eram amigos. Menos em ideologia política. Benjamim Pinto Alves.
Em reuniões políticas preocupavam-se em afastar, afim de evitar transtornos de estratégia eleitoreira.
Chega a Lagoa Santa a família Azeredo Coutinho Portela, casado com Cecília Dolabela. Numerosa família! Tornaram-se grandes amigos do respeitado Messias. E o ajudaram muito na direção do povoado. Instalaram-se em casa construída perto da matriz, doada mais tarde à Associação S. Vicente de Paulo. Esta residência foi por bom tempo o Hotel de Ingleses, principalmente médicos, que faziam de tal hotel passagem para a Fazenda da Jaguara e das Minhocas, onde ocorriam grandes comércios. A fazenda da Jaguara pertence à Matozinhos e a das Minhocas pertence à Jaboticatubas. Ambas funcionam como Pousadas.
Fins de 1800 INICIAM 1900.
Lagoa Santa não recebia nenhuma verba estadual ou federal!
O cargo político era gracioso. A farmácia e os tratamentos não lhe rendiam dinheiro.
Transformou-se em agricultor. Foi seu meio de sobrevivência. Associara aos próprios filhos.
Lagoa Santa permanecia além de suas possibilidades.
Não tinha nenhum planejamento urbano. Becos que se alargavam ao dispor das necessidades diárias: o meio de transporte era cavalo, carroça ou a elegância de uma “charrete”. Era, portanto preciso maior espaço de passagem. Os terrenos urbanos ou roças para plantio maior eram em forma de posse de terra e não ofereciam valor monetário nenhum. Era necessário uma excelente “COXEIRA”, para o cuidado com animais de transportes. Humano e de carga.
Surge em Lagoa Santa rentável profissão: selaria, paramentos para cavalos.
Continuava recebendo pessoas impressionadas com o poder curativo das águas!
Os becos iam se alargando, seguindo as trilhas abertas pelos bandeirantes, e acertadas por cientistas, que as deixaram como passagens mais fáceis para suas pesquisas de flora e fauna, e que chegavam até a região onde Warming pesquisou o cerrado, sem qualquer nome na época. Foi sem dúvida a equipe de Dr. Lund que conseguiu ligar Lagoa Santa à região da Gruta da Lapinha e Sumidouro (antes pertencentes a Lagoa Santa). Como citado, métodos mais eficientes que os dos bandeirantes, aproveitando suas ações desbravadoras como Sumidouro, onde LUND muito pesquisou, e Fernão Dias muito sofreu!
Muito desta expansão se deu pelo grandioso número de grutas que a região continha e ainda contém, embora grande parte detonada, em nome do progresso! E, distribuídas geograficamente em regiões vizinhas, sob nome de ‘REGIÃO ARQUEOLÓGICA DE LAGOASANTA!’
Há de salientar os extremos: desbravamentos de bandeiras, à procura de riquezas materiais e locais cuidadosamente abertos por mãos de cientistas, elevando a beleza natural.
Se deparam com a uma” leveza” só permitida por interferência de ação misteriosa
Superior: AS MÃOS DE DEUS!
“Nunca se vira tanta beleza aos olhos da ciência e da arte” Lund
De MESSIAS PINTO ALVES a qualquer mandatário de Lagoa Santa, em qualquer época terá que conviver com este magnífico ângulo: a saga das “bandeiras” e a “ciência pré histórica!”

Fontes:
W. DE A. BARBOSA (historiador)
ALBINA LUIZA DE JESUS. (MACHADO) (PINTO ALVES)
MARIA DA ASCENSSÃO CORREA. ( NASSIF)” BIINHA”
TODO A POVO DE LAGOA SANTA QUE CONHECEU MESSIAS PINTO ALVES. MUITOS CONTEPORÂNEOS)
DOCUMENTOS ADVINDOS DE MARIA LUISA PIMENTEL( FARMACEUTICA E MEMBRO DA ASOCIAÇÃO DE ENGENHARIA SANITÁRIA - MG)
MAGDA PINTO ALVES (NETA DE MESSIAS PINTO ALVES.)
-Produção e correção de texto: www.lagoasanta.com.br

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8°) A ausência do cientista não modificou o povoado.
Só mais tarde, netos viriam saber a importância das magníficas descobertas. Com a rara convivência, poucos se manifestaram.

Lagoa Santa
Após a morte de Lund

Sentiram sua morte como a de um estranho que passara pelo povoado. Não obtiveram instruções suficientes para entender o valor das pesquisas científicas realizadas.
Não celebraram missa pelo falecimento, ação muito valorizada pelo povo de religiosidade radical. O padre nada comentou.
Outro fator de silêncio: não assistiam mais os serviçais, preocupados com afazeres de exigência do estrangeiro.
Em pouco tempo seu herdeiro já se desfizera de sua casa, “porteira fechada”.
Os mais simples passaram a conviver na casa da família Correa de Almeida, vizinhos do
Dinamarquês.
Os mais letrados e comprometidos por casamento hospedaram-se na residência do mestre Bruno. Eram descendentes da monarquia.
O povo não entendia um cemitério particular! Tudo muito lacônico. Respeito aos mortos.
Passara o tempo. Companheiros de Dr. Lund já eram lembrados com saudades.
Conviveram com moradores, freqüentaram suas casas. Sociabilidade diferente.
Procurou o bem viver com o povo.
Tentavam aprender a língua e comunicavam-se. Aqueles que não retornaram à Dinamarca tomaram rumos de melhores cidades, mais ricas, e não voltaram.
Mestre Raimundo Correa, homem pouco letrado, dividia sua sala em um pequeno lugar de ensino. Uma mínima escola; advinda de sua boa vontade. Embora de bom tamanho, no recinto cabiam poucos alunos.
Promovia aulas para parentes e algumas pessoas muito amigas. Perduraram por muito tempo suas aulas, ministradas graciosamente.
Cada aluno aprendia o necessário para interpretar letras e números e o orgulho de escrever seu próprio nome.
Mestre Raimundo demonstrava temperamento severo. Muito exigente. Mas deveras estimado! Já idoso, o tempo o tornara cansado. Pelos seus ensinamentos era insuficiente cultivar o hábito da leitura. Somente livros religiosos, de fundamentos católicos, ladainha e orações.
Nem se pensavam em uma mínima biblioteca. Sua esposa, D. Cota do “Mestre”, o ajudava, preferindo assumir as aulas dedicadas às moças. Tal forma de ensinamento acontecia sem nenhum registro e, portanto, sem diploma, mas uma honra para os que recebiam as aulas. Suas alunas por tamanha dedicação a denominaram de “Minha Mestra”.
***Permitam-me, um fato que deveria ser demonstrado antes.
Revolução Liberal de Minas. O primeiro confronto ocorreu em Lagoa Santa onde os revoltosos tiveram uma vitória avassaladora sobre as forças da província.

Ocorreu-me uma passagem de grande importância que a comento fora desta cronologia.
Deveria tê-la citado pouco após a vinda de Lund para o povoado.
Em tempo:
1842: Ocorre em Minas a Revolução Liberal. Barbacena foi escolhida como sede do governo revolucionário. Lutas foram travadas na região do Rio das Velhas.
Os combates chegaram à Lagoa Santa.
Tropas de Teófilo Otoni cercaram o Largo da Matriz e houve muitas vítimas.
A casa da família Paula ficou cravada de balas.
Ninguém do povoado possuía armas.
Uma mulher de rara coragem enfrentou os soldados, fornecendo pólvora para reagir com armas rudimentares.
Por tal acontecimento, surgiu Dr. Lund, com sua ajuda, socorrendo militantes da revolução.
Foi sua única participação registrada como médico no povoado.
Sensibilizou-se com a causa, mas sem entrar no mérito político.







Os interessados pelo assunto encontrarão detalhes desta saga nas biografias de Duque de Caxias e Teófilo Otoni, ou nos livros de histórias de Minas Gerais.
Os revoltosos saíram vencedores em Lagoa Santa, sob a liderança de Teófilo Otoni
Retorno a nossa história com minhas desculpas.
Novamente o povoado sem escola, sem líder religioso, nem político e totalmente dependente de Santa Luzia e Sabará, em seu aspecto civil
Muito difícil contatar com tais ainda povoados.
E pouca vontade também. Registros ficavam aos cuidados de livros de apontamentos da Igreja Católica.
E, perdia-se muito, dada a demanda de tempo de possibilidade de um padre na região. Recuperavam em ordem de memória o que podiam, através de depoimentos idôneos.
Mas muito ficava sem registros.
Surge no povoado primeiro homem com vocação política.
MESSIAS PINTO ALVES. (O filho de Bruno Pinto Alves).
Lagoa Santa se envolve com autoridades do governo mineiro.
Surgem os primeiros pactos políticos com a região de Santa Luzia e Sabará.
JÁ SOMOS AUTORIDADES. O POVO DEIXA DE SER "BOBINHO."
DE AGORA EM DIANTE , SÓ PROGRESSOS.
Lagoa Santa entra na primeira disputa do governo da região do Rio das Velhas.
E participa do cenário político da época: primeiras décadas de 1900.
Já se formam as primeiras lideranças locais.

“MESSIAS PINTO ALVES” é vitorioso como vereador da câmara do Rio das Velhas. Ocupa o cargo máximo da região.
Recebe o título de “CORONEL”
Iniciam-se tempos melhores para o povoado!

Fontes: Albina Luisa de Jesus. Aluna de”minha Mestra Cota”e, esposa de Messias Pinto Alves
D. Biinha, Maria da Ascensão Correa (família CORREA)
Marlene Luzia Viana (professora, diretora escolar, escritora, descendente do Bandeirante Felipe Rodrigues)
Época: últimas décadas de 1800.

11 de outubro de 2009 - enviado por Maria Marilda Pinto Correa
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7ª) O povoado recebe morador de modos de vida diferente: PETER WILHELM LUND.
De sua primeira visita ao Brasil, pesquisara formigas e aves exóticas....

LAGOA SANTA
CONTRASTES

Revisão: 05 outubro de 2009

No início do século 19, Lagoa Santa tinha cerca de 80 casas e 500 habitantes
Acostumado ao macio que o pequeno povoado oferecia, os habitantes cediam aos hábitos e costume dos pobres. A pesca na lagoa e a facilidade de trocar alimentos, tornava a convivência boa, sem se importar com o dinheiro.
A culinária era mineira com influência da alimentação sertanista: feijão com arroz e carne suína ou bovina, e o regalo de um frango do fundo do quintal, aos domingos.
Então o povoado recebe morador de modos de vida diferentes: PETER WILHELM LUND.
De sua primeira visita ao Brasil pesquisara formigas e aves exóticas.
Em Lagoa Santa estudou fósseis imensos, e se preocupou com a importância da vegetação
dos campos do Brasil. Realizou estudo arrojado do cerrado.
Dr. Lund preocupava-se com o meio ambiente.
Com seus estudos, Lagoa santa é visitada por outros cientistas como Gorceix e pelo Duque de Saxe, genro do Imperador Don Pedro II.
Mais tarde, a visita do Conde D”EU. Referindo-se à visita do Conde, esposo da Princesa Isabel, o mesmo teria enviado a Lund um “bilhete” comunicando o horário de sua visita. Tal “bilhete” não agradou o cientista. No mesmo papel, o naturalista enviou resposta pouco educada: Recebo-os às três horas. E completou:
“Em minha casa quem manda sou eu.”
Só mais tarde o Imperador visitou Lagoa Santa.
Tinha grande assessoria de cientistas, todos vindos da Escandinávia. Obteve o apoio da monarquia dinamarquesa e da Sociedade Científica da Dinamarca.
Eugenio Warming, seu colaborador, permeou suas pesquisas pela região do atual aeroporto internacional.
E concluiu o primeiro tratado de “ FITO ECOLOGIA” para o mundo.
Para evidenciar a segunda vinda de Lund ao Brasil, a Dinamarca o apoiou, admitindo que estudos de botânica encontrariam medicamentos pra males de tísica, doença preocupante em todo o mundo.
Brant, artista norueguês, ilustrador das pesquisas de ambos.
Todos os profissionais que o atendiam eram de origem semelhante. Atendiam a Lund, mas não atendiam so povo.
Comentários de filhos de contemporâneos de Dr. Lund:
O cientista tinha temperamento nervoso quando se tratava da passagem de gado, perto de sua residência. Então, fez um pedido aos vaqueiros que não passassem em sua porta, ou seja, no largo da matriz, onde residia em modesta casa conforme foto original.
Enviou com o pedido uma pequena quantia, e foi obedecido. Os vaqueiros mudaram a direção do gado.
Outro depoimento: era exigente com o bem vestir. Suas fatiotas, sempre impecáveis, eram lavadas nas águas da lagoa e passadas em ferro em brasa, com goma de polvilho. Protegendo-se com um chapéu dirigia-se até o local onde previamente descobrira uma flor de cerrado. Convocava músicos e seguiam em direção à flor recém aberta. E fazia reverência à natureza, sob som harmonioso!
Como conviver, um cientista, de origem rica, com um povoado sem recursos?
Comentários desmentiam qualquer relacionamento de Peter Lund com o povo. Outras correntes de opiniões garantem que o cientista era bondoso e assistia a todos.
Sabe-se que a única amizade feita na região foi com um habitante de hábitos educados, Sr. Américo, que era pai de três muito bem prendadas filhas. Chamou a atenção de Lund poder conviver com alguém de cultura, e teria sido amigo da família.
Uma das filhas de Sr Américo teria se apaixonado pelo cientista, e permitia-se tocar piano para o mesmo, em visitas do cientista à sua residência.
Mas nada se comprova se houvera um romance com a brasileira. São apenas cogitações.
À esse tempo, duas monarquias conturbadas: Portugal e Dinamarca.
Cada uma com suas características. Uma escandinava, a mais antiga monarquia européia (região dos vikings, conquistadores da região polar, da Europa), e Portugal cujo reino preocupava com as grandes navegações além mar e conexões com a Inglaterra.
A autoridade religiosa na época não tinha excelente relacionamento com o pesquisador.
Difícil para ambos. Um luterano e um católico romano.
Conforme relatos de antigos habitantes, Dr. Lund, como era referido no povoado, teria adquirido sua casa por compra de um terreno do Cônego Calazans Correa.
Dr. Lund adotara um brasileiro, Nereu Cecílio do Carmo, cujos bisnetos são contemporâneos e não informam muito a respeito do bisavô.
Sabe-se que o filho adotivo herdara a fortuna pessoal de Lund e a vendera ao próprio ex - proprietário, o Cônego citado. Ambos viveram épocas contemporâneas em Lagoa Santa.
Nereu, o filho adotivo, escreveu documentário, cujo assunto é referente à vida de Lund.
O cientista comunicava-se através de cartas com Sociedade Científica da Europa.
Peter Lund faleceu em 1880. Foi sepultado em Cemitério particular, idealizado pelo mesmo, à sombra de dois pequizeiros. (árvore característica do cerrado mineiro)
É conhecido como ”TÚMULO DE LUND”, fixado, à R. Caiçara, Bairro Brant, Lagoa Santa.

O religioso do povoado vivera pouco tempo mais que o cientista.
O então médico de Peter Lund e um de seus colaboradores casaram-se com moças de Lagoa Santa e partiram com destino à Dinamarca. (tais moças eram irmãs de Messias Pinto Alves).
Bruno Pinto Alves foi o organizador da Banda de Música Santa Cecília em homenagem a padroeira dos músicos e foi convidado por Lund para dirigir a mesma. Idealizada pelo cientista dinamarquês, do qual recebera todos os instrumentos. Dr. Lund não interferira na escolha do nome. Foi ético para com os músicos respeitando a religiosidade dos mesmos.



Tal Banda de Música permaneceu ativa por grande período de tempo. Após impossibilidade da direção por Mestre Bruno, foi dirigida pelo Mestre Mário, substituído, pelo Mestre José Marcos. Ambos após época de estudos do dinamarquês nesta cidade.
Em viagem para apresentações os músicos foram vítimas de acidente de carro. Ocorreram mortes. E os instrumentos, em sua totalidade, se perderam amassados devido ao acidente.
Lund é estudado por pesquisadores. Elevou o nome da cidade para a ciência internacional.
É fácil a qualquer interessado encontrar dados científicos do ‘GRANDE CIENTISTA”. Sua biografia é relatada em tratados e teses Universitárias.
Focalizamos o cientista como morador desta cidade na época de 1845 a 1880, onde é lembrado com entusiasmo pelos atuais moradores.
Todo o material de suas pesquisas foi enviado para a Dinamarca.
É considerado o “PAI da PALEONTOLOGIA BRASILEIRA”
Se referindo a LAGOA SANTA, o cientista exclamou:
“AQUI SIM! AQUI É UM LOCAL BOM PARA SE VIVER!”


Fontes: Depoimento de D. Albina, esposa de Messias Pinto Alves (Filho de Bruno Pinto Aves)
Maria a da Ascenssão Correa (D. Biinha) família Correa.
02 de outubro de 2009 - enviado por Maria Marilda Pinto Correa
Revisão: 05 de outubro de 2009 - enviado por Maria Marilda Pinto Correa
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Veja o que já foi publicado sobre a vida e os trabalhos do Lund:
-Perfil do Lund
-
O enterro festivo de Dr. Lund
-Diretor de cinema, o fotografo mineiro Renato Menezes documenta a vida e a obra do Paleontólogo dinamarquê Piter Lund.
-A filmagem da saga do Homem de Lagoa Santa iniciou dia 15/10/2001 e terminara 10/11/2001,
- Bicentenário do nascimento Peter Wilhelm Lund
-DNA do Homem de Lagoa Santa já foi extraído dos ossos.
-Resumo Histórico de Lagoa Santa
Arquivos da www.lagoasanta.com.br
6ª) JÁ TEMOS MAIS DE CEM ANOS . ESTAMOS PERTO DE CONTAR AS FAÇANHAS DE CONHECIDOS.
É A DESCRIÇÃO DE COMO O POVOADO ATRAVESSOU UM SÉCULO.
LAGOA SANTA
ORIGENS,
Construída uma igreja maior e traçadas as primeiras trilhas, que mais tarde se tornaram becos, a Freguesia de N. S. da Saúde se tornava cada vez mais procurada. Era a maior necessidade, uma autoridade para dirigir a religiosidade do povo. Havia muitas famílias se formando. E um povo tão temente a Deus e à sua padroeira, pediu à Diocese de Mariana, um religioso.
Para Lagoa Santa foi enviado o Padre João Batista Correa de Almeida.
Chegaram com alguns parentes, que o ajudavam em ofícios religiosos, na elaboração das hóstias e outros trabalhos de catecismo e formação religiosa do povo. Com tal religioso, a freguesia se transformou em um arraial.
E foi celebrada a primeira missa, em campo aberto bem perto das águas milagrosas. Seguiram com uma procissão até a igreja , do largo da Saúde, conforme a época. Aproximadamente 1739.
Foram celebradas ações como casamentos, batizados, extremas unções e catequese.
Muitos becos ligavam o largo à lagoa.
O arraial foi recebendo novos moradores que cercavam, a revelia, um local para suas moradias. Já se transformava em um povoado.
Cada novo morador trazia uma novidade. Grãos, mudas de planta de alimentação e animais, o Comércio era a “barganha”.
Iniciaram as primeiras plantações de fundo de quintal.
O povoado se estendeu à procura de local próprio para plantios de arroz. “Encontraram um “excelente local ao qual deram o nome de” Vargem” e após melhor dizendo “Várzea”.
Aí, entram os trabalhos da família “BATISTA”, que predominou por muito tempo,” hegemonia” da região. Foi com membros da mesma , surgiu a primeira casa de comércio em Lagoa Santa. Era ainda tipo , de fornecimento a base de troca, e caderneta para anotações de dívidas.
As casas eram muito pobres, geralmente muito semelhantes. Uma porta e duas janelas.
Cada família que se aproximava, era bem recebida, pois apareciam pequenas melhorias.
Não corria dinheiro. Nem o bandeirante trouxera fortuna.
Uma vida de sacrifícios. Tal situação perdurou por longo tempo.
Lagoa Santa só inspirava fé.
Com passagens muito estreitas, era um povoado sem condições de uma escola. Pais ensinavam seus filhos o que sabiam. E sabiam muito pouco.
Padre Corrêa mostrava sinais de senilidade. Aposentara.
Novamente o povoado sem líder religioso por longo tempo.
Já se contemplavam cem anos da descoberta do povoado!
Cônego Calazans Correa, assumiu os trabalhos religiosos. Foi o primeiro habitante possuidor de fortuna, também veio da diocese de Mariana.
Surgiu então a primeira casa de alpendre característica de casas portuguesas, com largos alpendres que davam para o jardim na parte interna. (Destruíram –na.)
É atualmente estacionamento de carros. Situada na esquina da Rua João XXXIII, (antes rua caiçara) e Rua Conde Dolabella (antes morro do sangradouro) Inicio da década de 1800.
Cônego Calazans Correa adquiriu grande parte da terra que formava o largo.
Inaugurou-se o primeiro sistema de hospedaria em Lagoa santa. Era casa familiar, onde hospedavam pessoas que vinham apenas para conhecer a lagoa milagrosa.
O povoado continuava sem nenhuma escola.
A fama do poderes das águas chegava a Portugal.
D. Pedro II assumira a regência do Brasil. Iniciam-se os primeiros progressos no povoado.
Dr. Cialli, médico italiano faz as primeiras pesquisas das águas.
São descobertos elementos com poderes de cura nas águas milagrosas.
Lagoa Santa recebe os primeiros habitantes luteranos.
Peter Lund passa a residir em lagoa santa.
E, com suas explorações científicas, encontra uma região de raro valor científico.

27 de setembro de 2009 - enviado por Maria Marilda Pinto Correa
5ª) LAGOA SANTA
DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO: DO LARGO DA MATRIZ E SEUS PRIMEIROS NOMES
Padre Miranda, da Diocese de Mariana, procurado pelo sertanista, conheceu a Lagoa Milagrosa, através do veio Rio das Velhas. Pela trilha dos bandeirantes.
Chegou, mirou as águas. Constatou as curas das águas através de depoimentos dos que fizeram o uso das mesmas e, se curaram. Era evidente os poderes da lagoa. Contudo percebeu muito limitado o espaço para até então, prodigiosa descoberta. E, sentiu muito acanhada e distante por via de difícil acesso a igreja da Conceição. Demonstrou aos poucos habitantes , a necessidade de expansão da freguesia.
Partiu impressionado!
Foi fácil para os moradores procurar tal expansão. Com tantas experiências em grandes explorações, seria fácil pequena façanha pela mata que deram o nome de ”Mata da Jangada”. E, muito rápido, encontraram um descampado onde mostrava excelente ponto de ligação com a lagoa milagrosa. Aí surgiu o Largo da Lagoa Grande, e a posição tão necessária para estar bem perto das águas.
Do primeiro nome Lagoa Grande passou a denominação de Lagoa Grande das Congonhas de Sabarabuçu, uma vez que todos tiveram influência da passagem da bandeira de Fernão Dias por Sumidouro à procura de pedras valiosas. Após a visão das curas pelas águas, discutiram entre os mesmos e deram o nome de Lagoa Santa .
Desmatada toda a área era por maior exigência uma igreja. Maior que a da Conceição. E iniciaram, a construção, com os recursos de época. Adobe e pau a pique.
Também um nome cuja razão seria “fé”.
A principio foi escolhida Nossa Senhora dos Remédios. E, em aclamação, optaram pelo nome Nossa Senhora da Saúde. Escolhida carinhosamente “PADROEIRA” , da pequena Freguesia.
Ao lado um cemitério como era de praxe na época. ( Mais tarde deslocado pela própria Igreja.) Neste local é possível que tenha sido depositado o corpo do religioso descobridor.
Por longo tempo tal local foi conhecido pela denominação de “Largo da Matriz de N. S. da Saúde”. Muito mais tarde, o nome de Praça “ Dr Lund.”
Fontes : Waldemar de Almeida Barbosa, V. de Taunnay
20 de setembro de 2009 - enviado por Maria Marilda Pinto Correa
Veja o que já foi publicado sobre nossa historia
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4ª) LAGOA SANTA
Descoberta da região, sob a ótica de Maria Marilda
FELIPE RODRIGUES,
Altivo e corajoso! De porte esguio.
Muito temente a princípios religiosos.
Não concordara com métodos de seu sócio “ Arzão” . Preferiu caminhos próprios.
Procurou embrenhar-se por nova região. Desenvolveu sua caminhada guiando-se pelas constelações e pelo veio do Rio das Velhas. Com poucas armas e, muita fé.
Abriu trilhas. Machucou-se muito. Contraiu inflamações nas pernas. Seu estado se mostrava grave! Não possuía remédios . Estava demais atormentado pela dor.
Em determinada noite, seu corpo pediu descanso. E, ao relento, o cansaço o venceu!
Adormeceu sob um pequizeiro. Não tinha noção de onde estava.
Ao acordar, mirou como privilégio, magníficas águas, que formava maravilhosa lagoa.
Desceu a seu redor, e banhou-se em suas águas.
Admirado notou que seus males se curaram em pouco tempo.
Agradeceu ao céu!
É o perfil do sertanista FELIPE RODRIGUES . O bandeirante que descobriu estas águas , que hoje é a cidade de Lagoa Santa.( Prof. Lincoln Continentino em sala de aula. )
Felipe Rodrigues, voltou à suas antiga passagens, e, comentou com amigos e companheiros que encontrara águas milagrosas, superiores aos ungüentos utilizados pelos desbravadores, para males de machucados no sertão!
Vieram os amigos. Famílias estabeleceram perto das águas.
Surgiu o lugarejo, de Lagoa Grande.Uma pequena e hospitaleira ”freguesia”.
Procurou, na cidade de Mariana, recursos religiosos. Contatou-se com o padre Miranda. . Obteve credibilidade.
Foi a primeira pessoa que proclamou a fama das curas pelas águas santas.
Por dedução de sobrenome, portava parentesco com Antonio Rodrigues Arzão, o qual descobriu a primeira mina de ouro em Sabarabuçu. ( W. A. Barbosa) bem como a Manuel Rodrigues Arzão, grande descobridor de riquezas de Minas das Gerais.
Da cruz que se edifica em terreno particular ,( rua Conde Dolabella, até a subida do Morro do Sangradouro, incluindo a Fazenda do Pastinho ( hoje terreno pertencente ao estado) e, Limitando com a antiga trilha que subia para o morro da Conceição, (atualmente Morro do Cruzeiro) , era o Vilarejo Lagoa Grande .
Sempre procurado por pessoas a procura de milagres.
Desmatando suas margens, e oferecendo um clima de rara salubridade, foi escolhida aos poucos por pessoas que procuravam local de excelente descanso.
Formou-se um “lugarejo” de belezas magníficas.
Assim surgiu esta cidade que conhecemos ser Lagoa Santa!
Surgiu sob o impacto da fé!
Época: período de bandeiras seiscentistas, à procura de pedras preciosas , e, minas de ouro e prata . A lagoa era cercada de matas adjacentes.
Oficializou-se tal descoberta em acontecimento ocorrido em 1733.
Para alguns historiadores divergentes de época ocorreu em 1713.
09 de setembro de 2009 - enviado por Maria Marilda Pinto Correa
Veja o que já foi publicado sobre nossa historia

3ª) Passagem de bandeirantes por Lagoa Santa
Bandeirantes
Conversas com o prof. Waldemar de Almeida Barbosa.
Passagem de bandeirantes por Lagoa Santa
Borba Gato

Genro de Fernão Dias Paes, fora convidado pelo sogro a participar de sua bandeira. Nasceu em 1649, e, faleceu em 1718. Tem uma biografia muito controvertida.
O historiador Waldemar de A Barbosa admite que Borba Gato tenha recebido ordens do sogro, e foi o executor do enforcamento do cunhado. E, teria permanecido, em sumidouro, porque seu objetivo era procurar ouro e prata.
Estabeleceu perto da região, onde construiu uma casa, e, em frente, uma igreja em devoção a Santana. A região recebe o nome de “Fidalguinho”,
Permaneceu por lá pouco tempo. . Após a morte de Fernão Dias, Borba gato recebeu a visita do administrador geral das minas, D. Rodrigo Castelo Branco.
Tal fidalgo chegou com grande arrogância, exigindo respeito, e criando sérios aborrecimentos a Borba Gato, o qual demonstrou sua posição de não obedecê-lo. Dizia que recebera informações de D. Garcia sobre a descoberta das pedras verdes. O bandeirante recusou qualquer ordem desta autoridade.
D. Rodrigo adiava sua partida. Borba Gato se manifestava irredutível.
De tal visita não se resultou um bom final. D. Rodrigo foi morto.
Há várias versões sobre sua morte: uma delas, foi empurrado por Borba Gato e, caiu morto. Outra teria sido abatido por dois criados de Borba Gato. Também uma calha teria caído em sua cabeça e, teria levado a morte.
Há na região uma cruz onde se comenta ter sido o local onde se travou a briga entre o bandeirante e o fidalgo. Segundo o historiador W Barbosa lá se encontraria os restos mortais do fidalgo D. Rodrigo. Na época a maior autoridade da côrte em minas. A cruz, antes de aroeira agora substituída por outra a madeira.
Esta região pertence à lagoa santa. Denominada fazenda do fidalgo.
A cruz, de aroeira, perdurou por muito tempo. É um local sempre visitado por estudantes. Tal cruz, não resistiu ao tempo. Foi substituída por outra por uma pessoa zelosa pela região. Está em domínio particular. Bem perto da igreja de Santana. Descaracterizada em partes interiores, mas reservada em sua mostragem externa, barroco pobre, sem bilateralidade das janelas, e, de uma janela, um sino muito expressivo.
Por tal morte de D. Rodrigo Borba Gato, indiciado por crime de “lesa pátria, tornou-se um foragido e, ocultou-se por muitos anos. Mas mesmo foragido não perdeu o contato com a família em S. Paulo.
Ficou muito rico com descobertas de minas de ouro. Seus familiares negociaram seu perdão, em troco de revelações de minas descobertas.
Obtido o perdão da corte estabeleceu em Sabará.
Teve a função de coronel do mato. E, 1700, foi nomeado guarda- mor do distrito das minas do Rio das velhas.
Em 1702, foi nomeado tenente general das minas do Rio das Velhas. Toda esta história, anterior à descoberta de Lagoa Santa.
Faleceu na região de Sabará, mas não se tem certeza, onde foi sepultado. Ou na igreja de S.. Francisco ou na igreja de Santana. Ou mesmo em Paraopeba onde era proprietário de um sitio.
Texto baseado em sua maior parte nos relatos de Waldemar de Almeida Barbosa.
Também: apontamentos históricos de Manuel Marques, Afonso Taunay, Dicionário dos bandeirantes seiscentistas do Brasil, de Francisco de Assis santos.
Há de ressaltar que nossa intenção é mostrar a história de lagoa Santa, da qual Borba gato faz parte.
Muito controvertida sua saga.
31 de agosto de 2009 - enviado por Maria Marilda Pinto Correa
clique e veja tambem: CONVITE À NOSSA HISTÓRIA
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2ª) Lagoa Santa "Pesquisas e Escutas"
Lagoa Santa entra na história por dois pontos:
Pelas bandeiras de Fernão Dias Paes e Borba Gato. ( história do Brasil Colônia)
Pelos estudos de Peter Lund pré história.
Curiosamente a bandeira de Fernão Dias, marca Lagoa Santa, mesmo antes de ser descoberta.
Historiadores dividem opinião se o bandeirante é natural de São Paulo. Filho de família rica e de prestigio junto à corte, nasceu em 1608, faleceu em 1681.
Conhecido como o caçador de esmeraldas, foi bravo desbravador do território nacional. Em 1664 a coroa solicitou seus serviços, para a procura de pedras preciosas, partiu de São Paulo em 1674 com 67 anos, acompanhado de seu genro Borba Gato e dois filhos. Segundo Waldemar de Almeida Barbosa não há dúvida que foi a bandeira de Fernão Dias que descobriu Minas Gerais, foi a mais importante da América do Sul. Permaneceu por 04 anos na Quinta do Sumidouro, entre Lagoa Santa e Pedro Leopoldo, a três km do rio das velhas.
A pequena distancia da Quinta, na época na região de Lagoa Santa ainda pode se ver a casa e a igreja que mandou edificar. Lá plantaram roças, e criaram animais domésticos. Há uma grande controversia entre os vários historiadores, quanto as façanhas de Fernão Dias.
Sua expedição contava com 40 homens, além de grande número de mamelucos e índios.
Foi uma viagem terrível!
Foi no sumidouro que viveu o drama da traição liderada por seu próprio filho.
Foi palco de todas as calamidades possíveis! A longa trajetória cravou-se em lágrimas por combates e misérias. Aguardava víveres que viriam de S. Paulo. A demora irritou alguns companheiros. Foi vítima de insurreição contra sua vida.
Chegou aos seus ouvidos por uma índia guiana, em sua residência tomou ciência do perigo que o cercava e, jurou matar o líder da conspiração.
Caiu-lhe a decepção de saber ter sido traído por seu própro filho.
Ordenou sua execução, por morte de enforcamento.
Perdoou os demais e, para espanto de todos chorou copiosamente ( Diogo de Vasconcelos).
Defrontava com questões sérias como, doenças, fome assassinatos,.O destino se mostrava inclemente! Com a chegada das necessárias condições, deu ordem a Borba Gato que partisse a procura dos minérios. E partiu do sumidouro a procura das pedras verdes, as esmeraldas. Vítima de febre morreu no ano de 1681 em delírio febril, pensando ter encontrado as verdadeiras pedras. Mas em verdade encontrou turmalinas. Foi sepultado em cova rasa , e, por vinte dias queimaram seu corpo. Enviaram seus restos mortais para São Paulo. Mas os mesmos afundaram no Rio da Velhas e, só foram encontrados em 1722. Foram enterrados no convento de S. Bento, o qual foi construído por sua pessoa.
Conserva-se ali o tipo dos primeiros habitantes. E acorda nossa piedade! Dizem os historiadores.
Sua história é cantada em prosa (teatro) e versos. De Olavo Bilac em sua última estrofe da poesia: “ Caçador de Esmeraldas”:
É cantada em prosa e versos :
Peças de teatro e poesias .
Relembrando a última estrofe de “O CAÇADOR DE ESMERALDAS” DO POETA OLAVO BILAC:
“Aí não iam ecoar o estrupido da luta...
E, no seio matriz da natureza bruta,
Resguardava o pudor teu verde coração!
Ah! Quem te vira assim, entre selvas sonhando,
Quando a bandeira entrou pelo seu seio, quando
Fernão Dias Paes Leme invadiu o sertão.
( TEXTO BASEADO EM WALDEMAR RDE ALEIDA BARBOSA, TAUNNAY, DIOGO DE VASCONCELOS )
---aí, não ia ecoar o estrupido da luta...
E, no seio matriz da natureza bruta,
Resguardava o pudor teu verde coração! ah! Quem te vira assim, entre selvas sonhando, quando a bandeira entrou pelo seu seio, quando
Fernão Dias invadiu o sertão.
21/agosto de 2009 - enviado por Maria Marilda Pinto Correa
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1º) Histórias pesquisadas, e ao pé do ouvido
Comentando com o historiador prof. Waldemar de Almeida Barbosa que aqui foi professor, escutei do mesmo, algumas questões de lagoa santa, que mais tarde se tornaram polêmicas.
Muito o pesar de não estar mais conosco. Adentrou-se pelos caminhos de luz.
Tais conversas, por dedução se revelam também, nos relatos do historiador Taunay.
Coincidem.
Lagoa santa teve sua origem, na região da capela de Nossa Senhora da Conceição,
Só muito mais tarde, recebeu um cruzeiro, em sua frente e passou a chamar "Morro do Cruzeiro".
Tal capela foi motivo de polêmica de sua origem. Não havia documentos que já justificasse.
Mas o motivo da polêmica se dava pelo fato desta capela ter sido, "capela" pertencente à fazenda do bandeirante Felipe Rodrigues. Portanto, era capela particular. Tal igrejinha como era denominada separou-se da fazenda, por direito de passagem para as pessoas proprietárias de terras além do morro do alto da igreja da conceição.
Não tinha documentação legal.
Proprietários destas terras além morro do cruzeiro, procuraram melhorá-la.
Cel. Messias Pinto Alves, vereador da região do rio das velhas, liderou a primeira reforma, junto com seu irmão, cel. Benjamin, amigos, cel. Tristão Mariano, e familiares do fazendeiro descobridor da cidade.
Se irmanaram e foi reformada a igrejinha.
Daí o cel. Messias fez uma promessa de construir um cruzeiro, em frente à capela. Contudo, foi vítima de acidente, e faleceu antes de cumprir tal promessa.
Pouco tempo depois seu filho Waldemar pinto Alves o qual, vítima da perda do sentido da visão. Mesmo cego, liderou a construção do "cruzeiro" em frente à igreja de nossa senhora da conceição, totalmente elaborado pelo povo de lagoa santa. Foi um mutirão histórico. Todas as famílias de lagoa santa contribuíram com a construção do cruzeiro. Totalmente de graça.
Mais tarde, a igreja passou a ser mais organizada, por uma senhora de alta sensibilidade, que além se reformá-la, a ornou com obras de arte, de artistas reconhecidos.
Tal façanha se deu pela devoção de d. Ephigenia de Freitas.
Após a perda de grandiosa devota, a igreja não foi mais conservada. Encontra-se em péssimo estado de conservação incluindo as obras d arte.

17/agosto de 2009 - enviado por Maria Marilda Pinto Correa
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