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Airlines abandona Confins Companhia americana parte do aeroporto pela última vez na sexta-feira. Passageiros terão que se deslocar para São Paulo . A saída da empresa foi comunicada há alguns meses, mas o governo do Estado e a Infraero tentaram impedir a suspensão dos vôos com a redução das tarifas cobradas no aeroporto mineiro. Os valores da taxa de pouso e do estacionamento das aeronaves foram reduzidos à metade, refletindo numa economia de US$ 650 a cada pouso. Mesmo assim, a empresa não mudou os seus planos. O diretor-geral da Airlines, Erli Rodrigues, explicou que o alto custo de operação, aliado ao baixo movimento de passageiros, impossibilitou a permanência da empresa em Minas Gerais. “Apesar do valioso apoio que recebemos, não será possível manter a rota.” Segundo o executivo, o custo operacional da companhia aumentou US$ 1,3 bilhão nos últimos 12 meses, por causa do aumento de preço dos combustíveis. O Boeing 777, operado pela Airlines, tem capacidade para transportar 240 passageiros, mas a média diária tem sido de 70 pessoas. Erli Rodrigues explicou que teria a alternativa de operar com uma aeronave menor (Boeing 767), vindo do Rio de Janeiro, mas o perfil dos passageiros mineiros é outro. “Esse vôo vai para Miami, enquanto os mineiros costumam ir, em sua maioria, para Nova York, com destino a Boston”, explicou. Com a medida, a Airlines fez um acordo com a TAM, que passará a operar em code-share (compartilhamento), vôo diário para o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, para conexão com os serviços diários para os destinos nos EUA. A agência H.H.Picchioni, representante da Airlines em Belo Horizonte, informou que as passagens continuam a ser vendidas normalmente, utilizando o convênio feito com a TAM. O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Wilson Brumer, lamentou a saída da companhia de Confins. “A direção da empresa reconheceu os esforços do governo para favorecer a sua permanência, mas infelizmente não conseguimos reverter a situação. Esperamos que a empresa volte a operar em Minas o mais rápido possível.” O
esvaziamento do aeroporto de Confins é um problema que o governo
vem tentando solucionar. Inaugurado em 1984, o Aeroporto Internacional
Tancredo Neves tem capacidade para receber 5 milhões de passageiros
por ano. Em 2003, passaram pelo terminal apenas 400 mil pessoas. Mas o
fim da ociosidade pode estar perto. Além da duplicação
da rodovia MG-010, entre Belo Horizonte e Vespasiano, no trecho de acesso
ao aeroporto, todos os vôos domésticos que hoje são
operados no aeroporto da Pampulha, serão transferidos para Confins,
a partir de 1º de dezembro deste ano. |
fonte:
Jornal Estado de Minas - 28/09/2004 Bianca Giannini Renato Weil |