Câmara Municipal
de Lagoa Santa convoca reunião ordinária para tratar
da utilização do Aeroporto de Confins |
Com as recentes notícias publicadas pela imprensa a respeito do adiamento da transferência de vôos do Aeroporto da Pampulha para Confins, de 1º de dezembro deste ano para 1º de março de 2005, confirma-se que tal medida atende a um pedido do Prefeito de BH, Fernando Pimentel, que, claramente inconformado, tem a intenção de agir de todas as formas em parceria com a imprensa da capital e alguns empresários locais, de Contagem e de Betim, para impedir a transferência. A medida provocou reação entre os Vereadores da Câmara Municipal de Lagoa Santa, que, através do pedido do vereador Jadir Guilharme ao Presidente Antonio F. da Silva (Toni), será realizada uma reunião na Câmara Municipal, no dia 26 de outubro, às 16:30h, com a presença de diversas lideranças regionais, públicas e da iniciativa privada, com a finalidade de unir forças em prol da transferência e utilização plena de toda a área ociosa do Aeroporto de Confins. No final da referida reunião, será elaborada uma Carta Aberta, dirigida às Autoridades Estaduais e Federal, que conterá as reivindicações dos presentes. A título de informação, lembramos que, qualquer pessoa que embarcar em um dos dois aeroportos em questão, tem, necessariamente, de chegar até à Pampulha. Assim, o tempo real do deslocamente deve ser o adicional, ou seja, da barragem da Pampulha até Confins, que conta com 26 Km, sem congestionamento, o que faz com que o percurso nunca ultrapasse o tempo de 25 minutos. Então, chegamos à conclusão que, se o percurso até Confins aumenta para os habitantes das regiões sul e oeste da capital e cidades vizinhas, o mesmo diminui para a população da região metopolitana, destacando-se as cidades de Vespasiano, Pedro Leopoldo, Lagoa Santa, Matozinhos, São José da Lapa, Sete Lagoas, Santa Luzia e muitas outras, que somadas, têm um parque industrial maior que o da Capital, Contagem e Betim. Setor hoteleiro diz que atitude foi provinciana O recuo imposto pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) na transferência dos vôos da Pampulha, em Belo Horizonte, para o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, não foi bem recebido por representantes do setor turístico e dos trabalhadores nos aeroportos. “Uma atitude provinciana", reclamou o presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira de Minas Gerais (ABIH-MG), José Aparecido Ribeiro. A expectativa do setor é de que a mudança - e a possível transformação do aeroporto internacional em um ponto de convergência de vôos - incremente a ocupação hoteleira e o turismo como um todo em Belo Horizonte e acelere o crescimento da cidade em direção ao terminal. “Vamos perder o trem da história outra vez. Isso demonstra a incapacidade que nós, mineiros, temos para tomar decisões e agir rapidamente. É lamentável", criticou Ribeiro. O representante da hotelaria mineira classificou ainda a atitude como um desrespeito aos profissionais e entidades que se reuniram em Confins, no último mês de agosto, quando ficou decidida a mudança de vôos em 1º de dezembro. “Isso gera descredibilidade e não aconteceria em outra capital. Basta ver como as coisas acontecem em São Paulo, no Rio e mesmo no Triângulo Mineiro. A mentalidade dos nossos representantes é pequena e trabalhamos burramente em silêncio. Talvez por falta de conhecimento da importância do turismo, damos esse passo para trás", disparou Ribeiro. Leandro Castro Pinheiro, diretor do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, também criticou o pleito da PBH e refutou o argumento de que a transferência de vôos precisaria de mais comunicação. “Houve 13 audiências públicas, inclusive com a participação de deputados estaduais do partido do prefeito", afirmou. “A sociedade discutiu amplamente." Independentemente da polêmica, o esgotamento do Aeroporto da Pampulha foi previsto para 2008 pelo Estudo de Demanda Detalhada do Instituto de Aviação Civil - órgão vinculado ao Departamento de Aviação Civil - feito em 2003. Com capacidade para 5 milhões de passageiros por ano, Confins recebeu 364,9 mil usuários no ano passado. O IAC não prevê limitações para a operação de Confins até 2023. (R.S. e M.C.P)
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Veja como foi a reunião. |