ConfinsxPampulha
SETEMBRO DE 2002, 1ª MANIFESTAÇÃO
Superlotação na Pampulha dificulta novas operações


A superlotação de passageiros na Pampulha dificulta a entrada da Air Minas no aeroporto. A nova companhia aérea mineira está com toda a estrutura montada para começar a voar no Estado no próximo mês. A empresa vai funcionar inicialmente com vôos entre as cidades mineiras, contando com investimentos entre R$ 75 milhões e R$ 80 milhões. A estratégia da Air Minas é operar com o modelo de baixo-custo, baixa-tarifa , o mesmo que vem sendo adotado pela Gol desde o início de 2001.

Vamos ter dificuldades de colocar a companhia aérea na Pampulha. O aeroporto tem capacidade para funcionar com 1,6 milhão de passageiros por ano e está transportando cerca de 3 milhões , diz Ricardo José da Rosa Rodrigues, superintendente do aeroporto da Pampulha.

A Air Minas vai fazer vôos entre a capital e cidades como Varginha, Poços de Caldas, Ipatinga e Juiz de Fora.


A empresa vai atuar inicialmente com duas aeronaves, mas pretende chegar a ter oito unidades até o final do primeiro ano de atuação. Segundo João César Ottoni Barbosa, presidente da companhia, a Air Minas também tem planos de atuar com vôos em outros estados, principalmente os vizinhos de Minas Gerais, como Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. (GC)
 

 

Aviação - Empresas se dividem sobre Confins

O embate entre as companhias aéreas dificulta uma solução para o Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins). As empresas não estão chegando a um acordo em relação à transferência de vôos da Pampulha. A TAM e a Vasp aceitam até mesmo ampliar o número de vôos em Confins, mas desde que as outras companhias tomem a mesma decisão. Já a Varig e a Gol não querem sair da Pampulha nos seus vôos feitos para estados mais distantes, pois, segundo as empresas, ocasionaria aumento nos custos operacionais.

A Varig cancelou esta semana um dos quatros vôos diários que tinha em Confins. O aeroporto não faz mais vôos com a empresa para Salvador. Estávamos operando nessa rota com apenas 28% de ocupação nas aeronaves. É inviável , afirma Waldomiro Ferreira da Silva Júnior, vice-presidente de atendimento ao cliente da Varig. Até o final deste mês a companhia vai tentar encontrar uma solução para as dificuldades de seus três vôos diários de Confins para Guarulhos (SP), que estão tendo prejuízo. Do jeito que está não dá para continuar. Se o problema não for resolvido, vamos ter que deixar o aeroporto , diz Waldomiro Júnior.

A Gol não faz vôos por Confins. Montar outra estrutura no aeroporto, segundo a empresa, ocasionaria aumento de custos. A maior parte dos nossos vôos sai de Belo Horizonte para o Rio de Janeiro e São Paulo. Não justificaria criar outro atendimento em Confins só para os embarques de Salvador , observa Isaac Ferrarezi, gerente-geral da Gol. Segundo ele, a companhia nasceu com estratégias de baixo custo e tarifas e não pode aumentar tanto a estrutura sem ter demanda.

Para a TAM, que já opera em Confins com cinco vôos diários, fica mais fácil aceitar a transferência de alguns vôos da Pampulha. Mas isso teria que acontecer desde que as outras companhias fizessem o mesmo , diz Sérgio Toledo, representante da TAM em Belo Horizonte. Ele reconhece, no entanto, que dos cinco vôos da empresa no aeroporto, os que vão para Goiânia e Brasília dão prejuízo.

O gerente comercial da Vasp, Nino Bellini, também diz que as alterações nos vôos dependeria de um acordo no mercado. A empresa faz hoje oito vôos diários usando o aeroporto de Confins. O Departamento de Aviação Civil (DAC) negou na semana passada os pedidos da TAM e da Varig de transferir vôos de Confins para o aeroporto de Pampulha.

fonte: Jornal Estado de Minas - edição de 04 setembro de 2002