A sala de desembarque do Aeroporto de Confins, antes do dia 13 de março
 
Meta é chegar a 5 milhões de passageiros em 2008

" Os números que envolvem a transferência também são animadores. Salviano mostra que BH foi a capital que menos cresceu em 2004 em termos de serviços aéreos: apenas 7%, contra 45% de Salvador, 12% de SP e 20% do Rio. Tudo por causa da falta de espaço da Pampulha. Isto agora vai mudar . Esta inadequação gera trabalho dobrado. Muitas cargas que chegam ou vão para o exterior andam de caminhão: Como não há um sistema aéreo bem montado, os produtos estrangeiros chegam a SP de avião e depois seguem para cá pelas rodovias, para serem liberados. Na ida é a mesma coisa. Este sistema será revisto e consertado a partir de março .

Para corrigir esta falha entrará o avião corujão , o da madrugada, que oferecerá passagens bem mais baratas (menos de R$ 200,00, por exemplo, para o trecho BH/Salvador), além de ter outras finalidades, como transportar cargas e deixar a aeronave no local do vôo do dia seguinte.

Com estas mudanças, o Aeroporto da Pampulha deverá receber, este ano, 750 mil passageiros nos vôos regionais (dentro de Minas) e fretados. Este terminal recebeu 3,2 milhões de pessoas em 2004. Já Confins, que atendeu a 400 mil usuários no ano passado, passará para 3 milhões. A meta da administração é chegar a 5 milhões de passageiros até 2008. A Pampulha hoje gera três mil empregos, Confins 1,7 mil. De cara, mil funcionários serão transferidos de BH para a cidade vizinha. Até o final do ano, mais dois mil serão remanejados ou contratados em Confins, que terá 4,7 mil trabalhadores.

Salviano garante que não haverá desemprego na Pampulha: Se ocorrer, será muito pouco, pois a maioria continuará no terminal de BH, que vai estar operando em alta . Isto porque a Infraero está forçando as empresas a aumentarem o número de vôos regionais. Hoje, apenas 119 cidades brasileiras são assistidas por vôos periódicos. Este número já foi de 347, o que ainda era baixo: Aviões com até 50 lugares poderão ir para outros estados, mas com duas paradas em cidades importantes. Por exemplo: para chegar em SP, a aeronave deverá fazer conexão em Divinópolis e Poços de Caldas. Isto vai incrementar uma parte do mercado que está parada. Assim, a Infraero acredita que a mudança do dia 13 de março irá marcar uma nova fase na aviação mineira. Ações semelhantes estão sendo tomadas em outros estados e a idéia é modernizar o setor no Brasil. (OT)"



-Otávio di Toledo

fonte: Jornal diario da Tarde de 24/02/2005 - fotos:arquivo da www.lagoasanta.com.br