Embalada
pela demanda crescente por material de construção, a fábrica
de Cimentos Liz anunciou, para o primeiro trimestre de 2009, o início
da implantação de sua segunda unidade produtiva, nos municípios
de Vespasiano e Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo
Horizonte. A ampliação vai elevar de 1,8 milhão
para 3,6 milhões de toneladas a produção anual
de cimento da Liz - que ocupa a sétima posição
no setor, no país. Ao custo de R$ 525 milhões, a construção
do novo forno vai durar 30 meses e criar mais 350 postos de trabalho
diretos e indiretos - hoje, são 800. O projeto está em
fase de licenciamento ambiental.
«Nosso objetivo não é ganhar participação
no mercado, mas acompanhar o crescimento da procura no Brasil pelo cimento»,
diz o diretor comercial da Liz, Bruno Borer. Para ele, a crise financeira
global, que faz alguns segmentos da indústria reverem planos
de investimentos, não deve comprometer os planos da empresa.
A demanda habitacional no Brasil existe, os investimentos privados não
deram sinal de frear, e os públicos, como as obras do Programa
de Aceleração do Crescimento (PAC), também foram
mantidos. Continuamos acreditando no potencial do mercado», avalia
Borer. Na esfera pública, a Liz fornece 40% do cimento usado
nas obras do Centro Administrativo do Governo de Minas Gerais.
A fábrica também anunciou a modernização
de equipamentos, com a troca do sistema de filtragem do ar que sai,
carregado de resíduos, do forno. As obras começam em dez
dias e vão custar R$ 20 milhões. Mais R$ 80 milhões
serão investidos na implantação de um quarto moinho
para fabricação de cimento, que entra em operação
em setembro de 2009.
Ana
Paula Lima
Repórter
Fonte:
Publicado em: 16/10/2008 - Jornal Hoje em Dia - on line
|
Empresa
de cimento recebe ultimato
A Soeicon,
de Vespasiano, só receberá novas licenças se resolver
problema de poluição.
Alvo constante de reclamações da população
de Vespasiano, a empresa de cimentos Soeicon recebeu um ultimato da
Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
A indústria não terá mais licença ambiental
até que o problema que tem atrapalhado o funcionamento do filtro
seja resolvido. A decisão foi anunciada pelo subsecretário
de Gestão Ambiental Integrada da Semad, Ilmar Bastos, em audiência
na quinta-feira, na Câmara. Instalada
no centro da cidade, a Soeicon é acusada pelos moradores de lançar
resíduos na atmosfera em índices insuportáveis.
Segundo Bastos, o problema foi percebido ao longo do ano, em função
de uma falha técnica no equipamento de despoeiramento eletrostático
do forno.
Conforme os moradores, nuvens de poeira são lançadas na
atmosfera ao menos quatro vezes ao dia.
Segundo a Soeicon, a empresa providenciou a substituição
do sistema de despoeiramento por um filtro de última geração
(de mangas). O aparelho tem previsão de entrar em funcionamento
no segundo semestre de 2008. Ainda conforme a empresa, em 2005 foi iniciado
um ciclo de modernização, com projetos de melhoria ambiental.
Mesmo com
o problema, a empresa tem mantido os níveis de emissões
dentro dos limites estabelecidos pelo Conselho Estadual de Política
Ambiental para a indústria cimenteira. Feam informou ter realizado
pelo menos três vistorias na Soeicon no primeiro semestre e não
constatou irregularidade. O presidente da Feam, José Cláudio
Junqueira, disse que vai solicitar ao Copam a revisão dos limites.
(IG)
fonte: Jornal O Tempo
- publicado em 24/09/2007 |