Quando o poder publico não tem intenção em autorizar ou ser parceiro de eventos que não atendem seus interesses políticos e causam despesas financeiras, utiliza de uma arma poderosa, carregada com normas, leis, e a tradicional falta de seguranças etc. para proibir e inibir.

Ver dona Helena vestida de baiana dançando nos desfiles de rua da cidade é coisa do passado.

Revoltados contra a não realização do carnaval de rua, moradores de lagoa santa, na Grande BH, farão uma manifestação nessa quinta-feira, às 16h, no município. Os manifestantes se reunirão na praça Doutor Lund, no centro da cidade, e farão uma passeata até a Prefeitura Municipal para protestar contra a administração que decidiu não realizar o carnaval de rua no município.
fonte: O Tempo online - online -19/02/2009

Tendo como explicação a contenção de despesas, sobrou para as Escolas de Samba.
Nem os apelos de D. Helena, uma senhora de 90 anos, dedicada ao trabalho voluntário na confecção das fantasias da escola Satãs, a mais antiga da cidade, fundada em 1972, e da boa vontade dos Vereadores, conseguiram reverter a decisão da Prefeitura de cancelar o carnaval na cidade.
H á 28 anos D. Helena desfila, coordena e confecciona as fantasias da ala das Baianas.
Na sua casa, já estão prontas as 300 fantasias para o desfile deste ano, realizadas com base nas promessas de que haveria o desfile de carnaval e as escolas receberiam uma pequena verba de 11mil reais.
A foliã e todas as agremiações da cidade ficaram surpreendidas com a notícia do cancelamento do evento, justificada pela falta de apresentação de documentos, que, segundo ela, a própria Secretaria de Turismo teria encontrado dificuldades em discriminar quais eram tais documento. Houve aindaa exigência de documentos burocráticos, que não comprometem a lisura da aplicação da verba do carnaval de 2008.
D. Helena ainda informou que em 2008, por ser um ano político, não foram exigidos documentos, sendo que a prefeitura promoveu o desfile na margem da lagoa.
As esperanças das agremiações de ainda realizarem os desfiles, estão nas mãos dos vereadores que, sensibilizados, estão empenhados em ajudar as escolas ainda neste ano.
Causou estranhesa aos presidentes das Escolas de Samba, a data da solicitação da Prefeitura para apresentar os documentos e expedir os alvarás, tendo em vista que os alvarás levam, no mínimo, 15 dias para liberação. Vale lembrar que, no universo de promotores de festas, poucas empresas e pessoas físicas conseguem este documento, além da Prefeitura com seus eventos externos, como o Festival da Canção, o Reveillon e o Carnaval.
A integração entre os todos os segmentos da nossa sociedade é fundamental para que possamos unir esforços em prol do nosso progresso cultural.

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Nos últimos 20 anos, a Prefeitura Municipal, independente de quem representa o Poder Executivo, tem demonstrado dificuldades na comunicação, tolerância, domínio e relacionamento com os dirigentes de eventos culturais, artísticos e religiosos.
Vamos citar os eventos principais que houve conflito:
- Festa de agosto: com as mudanças motivadas pela ocupação desordenada do centro e a denúncia de vandalismo, houve uma mudança radical na festa, que não agradou boa parte da comunidade.
- Festa do Divino: Há 10 anos, a festa do divino era a 2ª festa religiosa mais movimentada da cidade, sendo coroados os Reis e as Rainhas. Porém, com a indicação política de um candidato a rei, sem vínculo com a Igreja, a comunidade afastou-se da festa nos anos seguintes, que hoje não passa de uma tímida comemoração.
- As academias de danças sempre reclamam da falta de apoio da Secretaria de Turismo e Cultura.
Contamos com boas bandas de músicas locais, com vocalistas já de projeção nacional, que, após muitoas reclamações passaram a ser convidados apresentarem juntamente com as bandas contratadas de fora.
- Museu da Lapinha: O Centro Cultural foi fundado e apoiado pelos prefeitos da Velha Guarda: Dr. Lindouro, Jorge alcici, Levi, Elizeu, mas hoje segue sem apoio politico e vários intelectuais de entidades do estado querem fechar o Museu da Lapinha.
- Casa antiga tombada: Nem com todo esforço da comunidade foi evitada a demolição do Casarão localizado na rua Conde Dolabella, que serviu de cenário para o filme sobre a vida de Dr. Lund.
- Lords Clube: fundado na década de 1960 por 15 jovens adolescentes, que hoje tentam de alguma forma doar seu patrimônio (área de terreno de 2.500m2). Porém, não há qualquer manifestação de interesse dos órgãos públicos.
- O Clube Iate continua abandonado na margem da lagoa, servindo como local de abrigo para animais e indigentes. Mesmo após ter sido doado solenemente para uma entidade, que nem sequer consegue manter o local limpo. O mais indicado para o caso seria uma parceria com a entidade, e não doação integral.
- Bandas de Músicas: Reclamam que a ajuda é pequena, sendo que, na Festa de Nossa Senhora da Saúde a maioria não tinha recursos para fazer o próprio uniforme.
- Festa Country: Após o cancelamento do esperado show da dupla Zezé de Camargo e Luciano, a população até hoje aguarda a devolução do dinheiro.