O
escritor José Utsch de Lima, 73, autografa "DEVANEIOS",
seu quinto livro, no dia 13 de novembro de 2010 , sábado, às
20h, no Lar dos Idosos Sagrado Coração de Jesus - Asilo
São Vicente de Paula localizado na Rua Alfredo de Abreu 208 - Várzea.
O volume traz um conjunto de crônicas que
foram inspiradas por notícias de TV e rádio. Outras, por
conversas de botequim. |
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Existem
homens que têm a capacidade de se renovar como as árvores na
Primavera: despem suas folhas e, quando menos se espera, brotam com flores
a encantar a todos à sua volta. Quando eu falo destes homens, ou destas belas árvores eu me lembro do Lima. Lima, de tantos devaneios, a nos lembrar com suas palavras, suas brisas e tempestades; Lima, a quixotear como um cavaleiro da triste figura à procura de seus moinhos de ventos; Lima, de “Mato-Dentro”, tão lagoasantense como as águas da Lagoa e as pedras de sua rua. Lima, de tantos amores a carregar pela vida afora; Lima, que vai distribuindo gomos doces a quem quiser uma palavra certa, um ajuste necessário. Que este novo livro seja como um filho que a gente imagina, gera e tenta lapidar com a ajuda precisa da natureza. E, assim como um filho, ele possa crescer e andar por aí, a iluminar com sua presença e palavra a morada dos homens e as suas pobres esperanças. Mais uma vez, parabéns. Pois em teus devaneios, deste-me a certeza de que navegar é preciso, viver, é “contornar a esmo, o cabo das tormentas de nós mesmos”. Tenório Barroso Pinho Escritor e Cirurgião Dentista |
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Escrever
um livro não é fácil e nem tão difícil.
Acabo de escrever o 5° livro. coisa que me faz feliz e alegre ao dedica-lo
a cidade que amo e que me faz feliz. Oa meus convites são oferecidos a todos sem distinção de raça, cor, credo ou posição social. Tento passar a pouca cultura que consegui com muita dificuldade. Importante elemento na vida de um homem que quer vencer. A leitura é o principio de uma vida cultural. Ficaria muito feliz com sua presença dando-me a honra de ler as minhas loucuras. Qual homem que faz um livro e não tem um pouco de louco? José Utsch de Lima Nasceu em 5 de fevereiro de 1937, em Conceição do Mato Dentro, Minas Gerais, tendo estudado até o segundo ano primário no Grupor Daniel de Carvalho. É casado com Diva de Almeida Costa Lima, tem quatro filhos (Cleber, Valéria, Márcia e Sérgio) e sete netos (Érica, Bruno, Augusto, Maria Eduarda, Sofia, Wander e Ana Clara). Aposentou-se pelo antigo DCT (Departamento de Correios e Telégrafos). Livros publicados: Retalhos Vivos. Edições Garimpo, Lagoa Santa, MG. 2005; O Próximo Vôo. Edições Garimpo, Lagoa Santa, MG. 2007; E a Vida É Assim. Edições Garimpo, Lagoa Santa, MG. 2008; Reminiscências. Edições Garimpo, Lagoa Santa, MG. 2009. |
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A www.lagoasanta.com.br Estará mostrando com exclusividade "Cronicas" escritas no livro "DEVANEIOS" |
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Aprenda
a viver Hoje eu saboreio cada momento. Antigamente preocupava-me quando falavam mal de mim. Fazia, então, o que os outros queriam, mas a minha consciência me censurava. Contudo, apesar do meu esforço para ser bem educado, alguém sempre me difamava. Como agradeço a essas pessoas que me ensinaram que a vida é apenas um cenário! Quando compreendi isto, atrevime a ser como realmente sou. A árvore anciã ensinou-me que somos todos iguais. Sou guerreiro: a minha espada é o amor, o meu escudo é o humor, o meu espaço é a coerência, o meu texto é a liberdade. Perdoem-me se a minha felicidade é insuportável, mas não escolhi o bom senso comum. Prefiro a imaginação dos índios, que traz embutida a inocência. É possível que tenhamos de ser apenas humanos. Sem Amor nada tem sentido, sem Amor estamos perdidos, sem Amor corremos de novo o risco de estarmos caminhando de costas para a luz. Por esta razão é muito importante que apenas o Amor inspire as nossas ações. Anseio que você descubra a mensagem por detrás das palavras; não sou um sábio, sou apenas um ser apaixonado pela vida. A melhor forma de despertar é deixar de questionar se nossas ações incomodam àqueles que dormem ao nosso lado. A chegada não importa, o caminho e a meta são a mesma coisa. Não precisamos correr para algum lugar, apenas dar cada passo com plena consciência. Quando somos maiores que aquilo que fazemos, nada pode nos desequilibrar. Porém, quando permitimos que as coisas sejam maiores do que nós, o nosso desequilíbrio está garantido. É possível que sejamos apenas água fluindo; o caminho terá que ser feito por nós. Não permita, porém, que o leito escravize o rio, senão, em vez de um caminho, você terá um cárcere. Amo a minha loucura que me vacina contra a estupidez. Amo o amor que me imuniza contra a infelicidade que prolifera, infectando almas e atrofiando corações. As pessoas estão tão acostumadas com a infelicidade que a sensação de felicidade lhes parece estranha. As pessoas andam tão reprimidas, que a ternura espontânea as incomoda e o amor lhes inspira desconfiança. A vida é um cântico à beleza, uma chamada à transparência. Peço-lhes perdão, mas… DECLARO-ME VIVO! |
Acabaram-se os tempos
dos sonhos No meu tempo de mocinho eu falava muito de amor e parecia que tinha para dar, emprestar e vender. É o que as moças diziam. Hoje não discorro sobre o amor, talvez nem o viva. Falo apenas sobre os sentimentos, já que, para muitos, o tal do amor não se acaba, pois ele é perpétuo, tornando-se o ápice da felicidade dos casais. Discorro muito também, nos livros que já escrevi, sobre esse amor, que hoje me enche de dúvidas. Às vezes, sou surpreendido na rua e as pessoas me perguntam: mas, afinal, o que é este amor de que você tanto fala? E esperam, com os olhos muito abertos, a minha resposta que pensam ser profunda. Eu penso, penso e acabo dizendo: “Sei lá...” Não sei, ninguém sabe, mas existe no ar um lamento profundo pelo fim do sonho de uma harmonia completa. Sinto dizer que a glória do amor não existe mais, em tempos de coisas que não terminamos, de problemas sem solução. São poucos aqueles que seguem fielmente sua religião, os políticos não são confiáveis, uma grande parte de padres e bispos são pais e avôs, não existem alunos que respeitem suas mestras, são poucos os homens que respeitam a justiça. Alguns cometem um crime e são presos; passam a ser, dentro da cadeia, religiosos fervorosos (de fachada) e, com pouco tempo, estão na rua repetindo o crime. Se eu fosse citar todas as incongruências que vejo, teria de escrever uma bíblia repleta de exemplos como estes. Mas o que acho eu? Penso estarmos no tempo das coisas incompletas. Os tempos que vivemos hoje parecem ser o fim da crença na plenitude, na certeza, seja no sexo, no amor, ou na política. Mas, voltemos no tempo. Quando eu era jovem, o amor era um desejo mais romântico e nobre; com o tempo foi virando uma coisa comercial (como uma mercadoria do Ceasa). O ritmo do tempo acelerou o amor e, aí, foi assassinando seu mistério. O amor não tem onde se ancorar, não existem mais as famílias coesas visando o futuro dos filhos, sempre priorizando esse sentimento belo. As pessoas hoje ficam muito, transam como se toma um sorvete, sem compromisso, sem pensar que daquela transa pode vir uma vida, mais um bastardo, quem sabe para um sofrimento perene! Se bem que, há anos, nós já líamos nos grande sábios, que o amor é uma demanda da terra para atingirmos a calma e a felicidade dos animais. Temos que parar de sofrer romanticamente porque se acabou o AMOR. Não adianta lamentar a impossibilidade do amor total. Temos que celebrar cada vez mais o parcial. Temos de parar de sofrer por uma plenitude que não chega nunca. Aceitar a derrota neste sentido, talvez seja a melhor forma para sofrermos menos. No entanto, vejamos: sem a promessa de amor eterno, tudo vira uma aventura. Trocamos a felicidade por fortes emoções. A deliciosa dor, as lágrimas, os hotéis, os motéis delirantes, as perdas, os retornos, os desertos, as luzes brilhantes ou opacas, a chuva ou o sol ou o nada, esta é a vida que estamos sempre trilhando, queiramos ou não! |
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