DEBATE
SOBRE A SEGURANÇA PÚBLICA No dia 26 de setembro de 2003, os vereadores promoveram um encontro no Plenário da Câmara Municipal entre autoridades, entidades de classe e vítimas de roubo e violências. Como era de se esperar, os resultados e conclusões não diferem muito das reuniões anteriores. Policiais manifestaram dificuldades em exercer plenamente a segurança e investigação junto à população, devido à falta de equipamentos, pessoal, instalações adequadas e boa frota de viaturas. A esperança da população é o trabalho integrado da Policia Civil, Militar, Ministério Publico, Prefeitura, Entidades de Classe e Conselho Tutelar. Conforme a época e as condições, os ladrões focalizam os assaltos em determinados setores: - Comércio varejista instalado ao longo das vias principais, como Av. João Daher, Ac. Nilo figueiredo e Conde dolabela - Veículos semi-novos e antigos - Atualmente, os assaltos em residências da classe média é o alvo preferido das quadrilhas, que prendem as famílias e permanecem por um longo tempo na casa, ameaçando os moradores e praticando abusos, como o consumo de bebidas encontradas no local. O que precisamos é de uma ação efetiva do Estado e do Poder Municipal. A população já está cansada de ouvir das autoridades as seguintes desculpas: falta de dinheiro, troca de responsabilidades. Tais expressões são as mais ouvidas dos políticos. Na falta do Estado para cumprir suas obrigações com a segurança, o Poder Publico Municipal, por estar mais próximo da população, deveria amenizar os problemas e assumí-los. A contribuição municipal deveria ir além do fornecimento de combustível para as viaturas, pagamentos de oficinas mecânicas, alimentação dos detentos e pequenas reformas dos prédios. Na primeira reunião, feita em 2000 para tratar dos problemas da segurança, a Prefeitura prometeu doar uma moto. O gesto poderia ser repetido este ano, já que não sacrificaria o caixa do município, pois seu faturamento se aproxima de 2,0 milhões por mês. Tal veículo reduziria o índice atual de 10 mil habitantes por viatura em operação. |
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
O
delegado de Lagoa Santa, Dr. Edson José Pereira, vem lutando para
separar o prédio da delegacia do prédio da cadeia na Rua
Caiçara, 540. Com a mudança teria-se mais segurança
para as pessoas que transitam na delegacia em busca de informações
e documentos, além de disponibilizar um maior tempo para que os
detetives fizessem as investigações, já que os mesmos
não teriam que assumir a função de carcereiros.Por
causa disto o banho de sol e as visitas para os presos foram reduzidos.
Outro setor que ocupa boa parte do efetivo da delegacia é o de
trânsito. |
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Na
hora do perigo, a primeira providência é chamar a Polícia
Militar pelo número de telefone 190. Desta forma, sentimos que a
PM está mais próxima de nós. O pedido cai lá na praça da Liberdade, depois é distribuído para a patrulha local mais próxima. Assim, a chance do chamado ser atendido num curto espaço de tempo é quase impossível. Normalmente quando os policias chegam os ladrões já fugiram e o que resta a fazer é somente o Boletim de Ocorrência. Isto acontece não por incompetência da polícia, mas sim pela falta de estrutura, soldados, viaturas e uma central de inteligência. O Capitão Rômulo tem feito o possível para amenizar a situação. Porém, com os recursos que tem no momento é impossível oferecer à comunidade uma segurança eficiente. O pelotão de Lagoa Santa tem 34 soldados assim distribuídos: - Recepção e rádio - Férias - Administração - Fórum - Afastados por doenças, cursos - Programas de resistência à drogas - Guarnição de rádio patrulha Assim, sobram 10 soldados para atender as ocorrências, trabalhando em dois turnos. A cidade tem uma população de 40 mil habitantes, tendo então uma cota de 8mil hab. por soldado, 2.5mil casas por soldado e 10mil habitantes por viatura. Não incluindo nos dados os proprietários e visitantes de sítios e casas de campo, além dos turistas. Tais pessoas acrescentam mais de 30% no número de habitantes da cidade. Os dados abaixo revelam como ficou fácil para um ladrão assaltar e difícil para a polícia proteger o cidadão. |
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
O
sucesso da polícia nas operações de combate aos crimes
seria mais eficiente se os órgãos competentes e o Poder Público
Municipal policiasse o comércio clandestino, no qual o ladrão
repassa os objetos roubados ou furtados, que são revendidos para
a comunidade. Assim, a maioria dos ladrões não rouba objetos
para o consumo próprio, mas sim para revendê-lo a algum estabelecimento. Assim acontece quando o ladrão rouba um celular, um carro ou um eletrodoméstico, pois os bens não são para seu uso próprio. O interesse do criminoso é negociar o produto no comércio clandestino, ferros velhos, etc. Se os órgãos fiscalizadores fossem mais rigorosos, dariam uma contribuição, pois dificultariam a desova das mercadorias roubadas. Outra contribuição seria disponibilizar mais mão-de-obra para o serviço burocrático das polícias, liberando os soldados e detetives. Outra alternativa seria a criação de uma guarda municipal, além da instauração de um Conselho Municipal de Segurança Publica. O que não deve ocorrer é a transferência da responsabilidade para os particulares, sugerindo que os bairros criem sua própria segurança particular, ou seja, que se substitua um dever que é do estado. |
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Sempre que as autoridades da Secretaria de Segurança
são convidadas a participar destas reuniões, é mostrado
com todo orgulho o quadro de estatística, onde Lagoa Santa está
classificada como uma cidade tranqüila em relação a Vespasiano,
Ribeirão das Neves e Santa Luzia. Quando se faz a análise em números absolutos, até que dá para convencer. Porém, esquece-se que a nossa população tem características diferentes, que englobam sistema de urbanização, geografia, renda per capita e qualidade de vida, não podendo ser equiparada a cidades que abrigam grandes bolsões de pobreza. |
|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
A participação da sociedade civil, veículos de comunicação, entidades de classe e empresários é muito importante para termos uma cidade mais segura. Somente assim poderemos dizer novamente: "Aqui sim é um bom lugar para se viver". | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
•Polícia investiga homicídio em condomínio de classe média alta em Lagoa Santa (MG) | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
•Imprensa da capital preocupada com a segurança na cidade | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
|
||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Envie sua opinião |